candidatos negros https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/177417/all pt-br Candidatos negros à carreira diplomática podem se inscrever em seleção de bolsas de estudo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-25/candidatos-negros-carreira-diplomatica-podem-se-inscrever-em-selecao-de-bolsas-de-estudo <p style="margin-bottom: 0cm">Alex Rodrigues<br /> <i>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Os interessados em disputar uma das bolsas de estudo que o Instituto Rio Branco e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient&iacute;fico e Tecnol&oacute;gico (CNPq) concedem anualmente para financiar a prepara&ccedil;&atilde;o de candidatos negros ao concurso p&uacute;blico para ingresso na carreira de diplomata t&ecirc;m at&eacute; o dia 1&ordm; de novembro para fazer a inscri&ccedil;&atilde;o. Est&atilde;o em disputa, este ano, 64 bolsas de R$ 25 mil.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A chamada Bolsa Pr&ecirc;mio de Voca&ccedil;&atilde;o para a Diplomacia ser&aacute; paga em dez parcelas ao longo do pr&oacute;ximo ano para que os benefici&aacute;rios possam custear cursos preparat&oacute;rios, professores particulares e material de estudo. Tamb&eacute;m &eacute; permitido gastar at&eacute; 30% da bolsa, R$ 625 mensais, com despesas de manuten&ccedil;&atilde;o pessoal, como aluguel, alimenta&ccedil;&atilde;o e transporte. A inscri&ccedil;&atilde;o, <a href="http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_13_bolsa/" target="_blank"><span style="text-decoration: none">que pode ser feita pelo </span><i><span style="text-decoration: none">site</span></i><span style="text-decoration: none"> do Cespe/UNB</span></a>, tem taxa de R$ 90.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Realizado anualmente pelo Instituto Rio Branco, o concurso de sele&ccedil;&atilde;o de futuros diplomatas &eacute; um dos mais concorridos do pa&iacute;s. Os 30 candidatos selecionados este ano v&atilde;o ingressar no curso de forma&ccedil;&atilde;o na condi&ccedil;&atilde;o de terceiro-secret&aacute;rio, recebendo um sal&aacute;rio de R$ 13.623,19. O grau de exig&ecirc;ncia das provas &eacute; considerado alto e a concorr&ecirc;ncia acirrada. &Eacute; comum que os interessados se dediquem exclusivamente aos estudos por v&aacute;rios anos, para disputar uma sele&ccedil;&atilde;o que envolve quatro fases distintas.</p> <p> <font color="#000000">Bons cursos preparat&oacute;rios </font><font color="#000000">chegam a custar</font><font color="#000000"> cerca de R$ 2 mil </font><font color="#000000">por</font><font color="#000000"> uma &uacute;nica disciplina, </font><font color="#000000">como ocorre</font><font color="#000000"> </font><font color="#000000">e</font><font color="#000000">m </font><font color="#000000">um </font><font color="#000000">dos estabelecimentos mais procurados, </font><font color="#000000">com unidades em Bras&iacute;lia, S&atilde;o Paulo e Rio de Janeiro. Se o estudante se matricular nas sete disciplinas oferecidas, h&aacute; desconto de 25%. </font></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Por todas essas raz&otilde;es, a carreira diplom&aacute;tica costuma ser apontada como elitista e acusada de n&atilde;o representar a diversidade social e racial do pa&iacute;s. Foi justamente para tentar &ldquo;ampliar as oportunidades de acesso&rdquo; e &ldquo;incentivar e apoiar o ingresso de afrodescendentes&rdquo; que o Itamaraty, em 2002, &uacute;ltimo ano da gest&atilde;o do ent&atilde;o presidente Fernando Henrique Cardoso, instituiu o programa de a&ccedil;&atilde;o afirmativa da carreira e criou as bolsas.</p> <p> Da sua cria&ccedil;&atilde;o at&eacute; 2012, o programa destinou R$ 10,975 milh&otilde;es para custear os estudos de 319 benefici&aacute;rios da bolsa &ndash; valor que n&atilde;o inclui gastos com passagens a&eacute;reas e hospedagem pagas a candidatos de outras localidades aprovados para a segunda fase do processo de sele&ccedil;&atilde;o, que ocorre somente em Bras&iacute;lia. O valor da bolsa n&atilde;o &eacute; reajustado desde 2003.</p> <p> Muitos dos 319 benefici&aacute;rios foram contemplados em mais de uma edi&ccedil;&atilde;o do programa, o que explica o total de 530 bolsas concedidas entre 2002 e 2012. Ainda assim, no per&iacute;odo, apenas 19 bolsistas foram admitidos no Instituto Rio Branco. Questionado pela reportagem, o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores n&atilde;o soube informar o total de diplomatas negros em atividade.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Na avalia&ccedil;&atilde;o do Itamaraty,<a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-25/itamaraty-diz-que-programa-de-bolsas-para-candidatos-diplomata-tem-resultado-positivo" target="_blank"> os resultados do programa s&atilde;o positivos</a> e diz que os n&uacute;meros devem ser avaliados quando o desempenho de bolsistas &eacute; comparado aos resultados obtidos por outros candidatos. Al&eacute;m de custear os estudos dos beneficiados pela bolsa, o Instituto Rio Branco reserva aos candidatos negros 10% das vagas&nbsp; na primeira fase do concurso de admiss&atilde;o &agrave; carreira de diplomata, que tem quatro etapas, no total.</p> <p> A partir de 2011, o Instituto Rio Branco estabeleceu regras condicionando a renova&ccedil;&atilde;o da bolsa ao desempenho no concurso de sele&ccedil;&atilde;o para diplomatas. A primeira renova&ccedil;&atilde;o do benef&iacute;cio &eacute; permitida a qualquer um, desde que novamente aprovado no processo seletivo para concess&atilde;o das bolsas. A partir da segunda renova&ccedil;&atilde;o, o candidato tem que ter chegado at&eacute; determinada fase do concurso de admiss&atilde;o de diplomatas.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A bolsa pode ser renovada at&eacute; quatro vezes. O que significa dizer que um candidato pode receber, ao longo de cinco anos, em valores atuais, R$ 125 mil. O recurso s&oacute; precisa ser devolvido se o benefici&aacute;rio n&atilde;o se inscrever para participar do concurso de admiss&atilde;o de diplomatas no ano em que tenha recebido a bolsa. Cada candidato tamb&eacute;m tem que prestar contas de seus gastos, sem o que, a libera&ccedil;&atilde;o do benef&iacute;cio &eacute; suspensa at&eacute; que a situa&ccedil;&atilde;o seja regularizada.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> candidatos afrodescendentes candidatos negros carreira diplomática itamaraty Nacional Programa Bolsa Prêmio de Vocação para a Diplomacia Fri, 25 Oct 2013 19:11:38 +0000 davi.oliveira 733737 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Itamaraty diz que programa de bolsas para candidatos a diplomata tem resultado positivo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-25/itamaraty-diz-que-programa-de-bolsas-para-candidatos-diplomata-tem-resultado-positivo <p style="margin-bottom: 0cm">Alex Rodrigues<br /> <i>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> Bras&iacute;lia - Para o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, o fato de apenas 19 dos 319 benefici&aacute;rios das 530 bolsas de estudo concedidas ao longo de 11 anos terem sido aprovados no concurso de sele&ccedil;&atilde;o para a carreira diplom&aacute;tica n&atilde;o coloca em quest&atilde;o a efici&ecirc;ncia do programa de a&ccedil;&atilde;o afirmativa do Instituto Rio Branco, que busca ampliar a diversidade &eacute;tnica da carreira diplom&aacute;tica brasileira. Na avalia&ccedil;&atilde;o do Itamaraty, os resultados do programa s&atilde;o mais evidentes quando o desempenho de bolsistas &eacute; comparado aos resultados obtidos por outros candidatos.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">O Programa Bolsa Pr&ecirc;mio de Voca&ccedil;&atilde;o para a Diplomacia do governo federal &eacute; dirigido a candidatos negros e oferece ajuda financeira para custear os estudos de prepara&ccedil;&atilde;o para o concurso de sele&ccedil;&atilde;o de diplomatas do pa&iacute;s. O Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores informou n&atilde;o ter estat&iacute;stica quanto ao atual n&uacute;mero de diplomatas afrodescendentes.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;O percentual de aprova&ccedil;&atilde;o de ex-bolsistas no concurso de admiss&atilde;o &agrave; carreira diplom&aacute;tica &eacute; v&aacute;rias vezes superior ao percentual de aprovados no conjunto dos candidatos. Dos 319 bolsistas [beneficiados entre 2002 e 2012], 19 foram aprovados no concurso de admiss&atilde;o. Isso corresponde a 6% do total. Um n&iacute;vel elevado de aproveitamento se considerarmos que [no geral] o percentual de aprovados tem oscilado entre menos de 0,5 % e cerca de 1,6% do total geral&rdquo;, argumenta o Itamaraty, em nota.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">As inscri&ccedil;&otilde;es para a sele&ccedil;&atilde;o da bolsa est&atilde;o abertas e <a href="http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_13_bolsa/" target="_blank"><span style="text-decoration: none">pode</span><span style="text-decoration: none">m </span><span style="text-decoration: none">ser feita</span><span style="text-decoration: none">s </span><span style="text-decoration: none">pel</span><span style="text-decoration: none">a internet</span></a><span style="text-decoration: none">. </span><span style="text-decoration: none">A bolsa oferece</span> R$ 25 mil para que os candidatos negros selecionados paguem cursos preparat&oacute;rios, professores particulares e material de estudo necess&aacute;rio para se preparar para a prova do Instituto Rio Branco. O benef&iacute;cio pode ser renovado at&eacute; quatro vezes &ndash; desde que o candidato passe na sele&ccedil;&atilde;o da bolsa em cada uma das renova&ccedil;&otilde;es - totalizando um valor que pode chegar a R$ 125 mil por pessoa, em valores atuais.</p> <p> &ldquo;A concess&atilde;o de bolsas pr&ecirc;mio tem melhorado, de forma concreta e decisiva, as condi&ccedil;&otilde;es de prepara&ccedil;&atilde;o para o concurso de admiss&atilde;o &agrave; carreira diplom&aacute;tica. Devido &agrave;s limita&ccedil;&otilde;es financeiras, os candidatos n&atilde;o teriam como se dedicar adequadamente &agrave; prepara&ccedil;&atilde;o para o concurso&rdquo;, argumenta o Itamaraty, em nota enviada por sua assessoria de imprensa.</p> <p> O Itamaraty ainda defende outro reflexo positivo das bolsas, al&eacute;m da forma&ccedil;&atilde;o de novos diplomatas afrodescendentes. &ldquo;A bolsa pr&ecirc;mio tem servido de fator de aprimoramento intelectual e profissional para um conjunto significativo de jovens, melhorando sua inser&ccedil;&atilde;o acad&ecirc;mica e profissional. &Eacute; sabido que diversos ex-bolsistas t&ecirc;m obtido sucesso em concursos para outras carreiras da administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, sendo esse um efeito secund&aacute;rio n&atilde;o negligenci&aacute;vel&rdquo;.</p> <p> Em 2011, o Instituto Rio Branco estabeleceu regras condicionando a renova&ccedil;&atilde;o da bolsa ao desempenho no concurso de sele&ccedil;&atilde;o para diplomatas. A primeira renova&ccedil;&atilde;o do benef&iacute;cio &eacute; permitida a qualquer um, desde que novamente aprovado no processo seletivo para concess&atilde;o das bolsas. A partir da segunda renova&ccedil;&atilde;o, o candidato tem que ter chegado at&eacute; determinada fase do concurso de admiss&atilde;o de diplomatas.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Perguntado se o limite de quatro renova&ccedil;&otilde;es da bolsa n&atilde;o limitaria o n&uacute;mero de benefici&aacute;rios, o Itamaraty respondeu que qualquer mudan&ccedil;a no programa tem que ser discutida com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient&iacute;fico e Tecnol&oacute;gico (CNPq), com a Secretaria de Pol&iacute;ticas de Promo&ccedil;&atilde;o da Igualdade Racial (Seppir) e com a Funda&ccedil;&atilde;o Palmares, parceiros da iniciativa.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> candidatos afrodescendentes candidatos negros carreira diplomática itamaraty Nacional Programa Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia Fri, 25 Oct 2013 19:11:34 +0000 davi.oliveira 733736 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Ex-bolsistas defendem cotas para negros na carreira diplomática brasileira https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-25/ex-bolsistas-defendem-cotas-para-negros-na-carreira-diplomatica-brasileira <p style="margin-bottom: 0cm">Alex Rodrigues<br /> <i>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> Bras&iacute;lia - Ex-benefici&aacute;rios das bolsas de estudo de R$ 25 mil concedidas pelo Instituto Rio Branco e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient&iacute;fico e Tecnol&oacute;gico (CNPq) a candidatos negros interessados em ingressar Itamaraty destacaram a import&acirc;ncia de iniciativas que ajudem a ampliar o n&uacute;mero de afrodescendentes na carreira diplom&aacute;tica. No entanto, eles defendem mudan&ccedil;as na pol&iacute;tica, para que os resultados sejam mais expressivos.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Ouvidos pela <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>, eles lamentaram os resultados obtidos pelo Programa Bolsa Pr&ecirc;mio de Voca&ccedil;&atilde;o para a Diplomacia &ndash; aprova&ccedil;&atilde;o de 19 dos 319 benefici&aacute;rios de 530 bolsas de estudo concedidas ao longo de 11 anos - e defenderam que o instituto estabele&ccedil;a um m&iacute;nimo de vagas a serem preenchidas por candidatos negros que atinjam um resultado satisfat&oacute;rio no exame de admiss&atilde;o &agrave; carreira diplom&aacute;tica, a exemplo das cotas que o instituto destina anualmente a pessoas com defici&ecirc;ncia.</p> <p> Desde que foi criado em 2002, at&eacute; 2012, o programa destinou R$ 10,975 milh&otilde;es para custear os estudos de 319 benefici&aacute;rios. O total de bolsas chega a 530 porque v&aacute;rios benefici&aacute;rios foram contemplados mais de uma vez, o que &eacute; permitido pelo regulamento. O recurso permite gastos em cursos preparat&oacute;rios, professores particulares e material de estudo dos benefici&aacute;rios.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"> &ldquo;Qualquer cidad&atilde;o vai reconhecer que os atuais resultados do programa s&atilde;o rid&iacute;culos. Acho que, se a sociedade souber disso, ou vai exigir que o governo acabe com o programa, ou que o aperfei&ccedil;oe&rdquo;, comentou o f&iacute;sico Ernesto Batista Man&eacute; J&uacute;nior, confrontando o valor do investimento em bolsas concedidas entre 2002 e 2012, quase R$ 11 milh&otilde;es, com o n&uacute;mero de aprovados na carreira diplom&aacute;tica.</p> <p> Formado h&aacute; quase dez anos pela Universidade Federal da Para&iacute;ba, J&uacute;nior fez doutorado em f&iacute;sica na Inglaterra. Em 2011, foi selecionado pela primeira vez para receber a bolsa de R$ 25 mil, gra&ccedil;as &agrave; qual se mudou para Bras&iacute;lia, onde funcionam alguns dos cursos preparat&oacute;rios mais procurados pelos candidatos ao Rio Branco. No fim de 2012, mesmo n&atilde;o tendo sido aprovado no concurso do ano anterior, conseguiu a renova&ccedil;&atilde;o do benef&iacute;cio ao ser aprovado em nova sele&ccedil;&atilde;o da bolsa, recebendo mais R$ 25 mil.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;Mas n&atilde;o sou uma exce&ccedil;&atilde;o [entre os que solicitam a bolsa]. E &eacute; justo, j&aacute; que a maioria das pessoas que passam no concurso do Rio Branco vem de fam&iacute;lia com boas condi&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas. S&atilde;o pessoas que podem se dedicar exclusivamente aos estudos por v&aacute;rios anos&rdquo;, declarou o f&iacute;sico, ao ser questionado se n&atilde;o teria condi&ccedil;&otilde;es de competir sem a bolsa.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Para ele, a bolsa n&atilde;o &eacute; suficiente para garantir a aprova&ccedil;&atilde;o dos benefici&aacute;rios no curso de forma&ccedil;&atilde;o do Rio Branco, mas d&aacute; condi&ccedil;&otilde;es aos candidatos afrodescendentes de se prepararem melhor. Por isso defende q<font color="#000000">ue o Itamaraty implement</font><font color="#000000">e</font><font color="#000000"> o sistema de cotas </font><font color="#000000">sem acabar com as bolsas de estudo</font><font color="#000000">.</font></p> <p> &ldquo;A cota n&atilde;o exclui a concess&atilde;o da bolsa, que &eacute; muito importante para qualificar recursos humanos. Agora, &eacute; fato que, se a cota de 10% de candidatos negros fixada para a primeira fase fosse estendida para o concurso como um todo, ter&iacute;amos, anualmente, mais aprovados que atualmente&rdquo;.</p> <p> Bolsista em 2010 e 2011, Neylor Caldas Monteiro, 28 anos, elogia a pol&iacute;tica de a&ccedil;&atilde;o afirmativa do Instituto Rio Branco e refor&ccedil;a a import&acirc;ncia de o Brasil ter mais negros na carreira diplom&aacute;tica, mas faz algumas sugest&otilde;es de aperfei&ccedil;oamento da iniciativa.</p> <p> &ldquo;Junto com o aspecto racial, o instituto deveria levar em conta a necessidade econ&ocirc;mica do candidato &agrave; bolsa. Seria importante estabelecer cotas para o ingresso de negros [na carreira diplom&aacute;tica], como j&aacute; ocorre com pessoas com defici&ecirc;ncia. Al&eacute;m disso, entrevista [para a bolsa de estudos] tem que ter crit&eacute;rios mais objetivos, j&aacute; que &eacute; complicado avaliar um candidato com base na reda&ccedil;&atilde;o e nas respostas sobre a experi&ecirc;ncia como afrodescendente&rdquo;, comentou Monteiro. Para ele, as restri&ccedil;&otilde;es &agrave; renova&ccedil;&atilde;o do benef&iacute;cio estabelecidas em 2011 ajudam a ampliar o n&uacute;mero de benefici&aacute;rios.</p> <p> &ldquo;Acho justo que, depois do segundo ano recebendo a bolsa, o candidato que n&atilde;o conseguiu passar na primeira fase do concurso d&ecirc; a vez para outro. At&eacute; porque, ele j&aacute; acumulou conhecimento e material para seguir estudando sozinho. Isso evita que o candidato se acomode. Eu mesmo, quando fui renovar minha bolsa, conhecia quase todos os outros candidatos que tamb&eacute;m tentavam a renova&ccedil;&atilde;o&rdquo;, acrescentou Monteiro.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> candidatos afrodescendentes candidatos negros carreira diplomática itamaraty Nacional Programa Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia Fri, 25 Oct 2013 19:11:15 +0000 davi.oliveira 733735 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/