estratégia energética https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/175932/all pt-br Construção de usinas térmicas é estratégia energética a longo prazo, diz ministério https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-07/construcao-de-usinas-termicas-e-estrategia-energetica-longo-prazo-diz-ministerio <p>Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - A constru&ccedil;&atilde;o de mais usinas t&eacute;rmicas&nbsp; no Brasil, englobando unidades nucleares e a carv&atilde;o, &eacute; uma estrat&eacute;gia de longo prazo do governo federal, disse hoje (7) o secret&aacute;rio&nbsp; de Planejamento e Desenvolvimento Energ&eacute;tico do Minist&eacute;rio de Minas e Energia, Altino Ventura. Ele participou do semin&aacute;rio Desafios da Energia no Brasil, promovido pelo Grupo de Economia da Energia (GEE),&nbsp; da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Centro de Conven&ccedil;&otilde;es da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.</p> <p> &ldquo;O sistema hidrot&eacute;rmico brasileiro vai evoluir no sentido de n&oacute;s completarmos o aproveitamento das usinas hidrel&eacute;tricas&rdquo;, disse. Ventura estimou que&nbsp; isso ocorrer&aacute;&nbsp; entre 2025 e 2030, &ldquo;mais ou menos&rdquo;.&nbsp; Haver&aacute;, segundo o secret&aacute;rio, um intervalo de mais 15 anos, em que a hidrel&eacute;trica funcionar&aacute; como fonte principal do sistema el&eacute;trico nacional, embora simultaneamente&nbsp; acompanhada por outras fontes&nbsp; alternativas.</p> <p> At&eacute; 2030, quando for conclu&iacute;do o aproveitamento do&nbsp; potencial do recurso hidrel&eacute;trico, do ponto de vista ambiental,&nbsp; Ventura&nbsp; frisou que ser&aacute; necess&aacute;rio expandir o sistema&nbsp; com outras fontes de gera&ccedil;&atilde;o.&nbsp; Ele disse que todas as demais fontes renov&aacute;veis t&ecirc;m um papel importante e complementar a cumprir.</p> <p> &ldquo;N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel&nbsp; atender a um pa&iacute;s que cresce 4 mil megawatts [MW] ou 5 mil MW por ano, e&nbsp; isso crescente ao longo do tempo, em fun&ccedil;&atilde;o do nosso&nbsp; n&iacute;vel de consumo de energia el&eacute;trica,&nbsp; somente com essas fontes. &Eacute; necess&aacute;rio ter outra fonte&nbsp; que a gente chama que vai ser o carro-chefe da expans&atilde;o e vai se responsabilizar por 40%, 50%, 60% do incremento do mercado&rdquo;.</p> <p> Essas ser&atilde;o fontes t&eacute;rmicas,&nbsp; indicou o secret&aacute;rio.&nbsp; Entre as fontes t&eacute;rmicas existentes&nbsp; hoje, ele destacou a fonte nuclear, a fonte a carv&atilde;o e a g&aacute;s natural. &ldquo;Como&nbsp; o sistema hidrot&eacute;rmico do Brasil precisa de&nbsp; usinas de base, que operam de janeiro a dezembro, as t&eacute;rmicas adequadas a esse&nbsp; sistema&nbsp; n&atilde;o s&atilde;o as t&eacute;rmicas que t&ecirc;m combust&iacute;vel de custo elevado,&nbsp; derivadas do petr&oacute;leo. S&atilde;o as t&eacute;rmicas que t&ecirc;m um custo do combust&iacute;vel baixo e que operam permanentemente durante os 12 meses do ano&rdquo;.</p> <p> Nesse sentido, Ventura salientou&nbsp; entre as menor custo de combust&iacute;vel a nuclear, seguida do carv&atilde;o mineral e do g&aacute;s natural, &ldquo;dependendo de ter oferta de g&aacute;s a um pre&ccedil;o que permita que seja competitiva a gera&ccedil;&atilde;o [de energia]&rdquo;.</p> <p> O secret&aacute;rio disse que no planejamento de longo prazo, at&eacute; 2030, est&aacute; prevista a constru&ccedil;&atilde;o de mais quatro usinas nucleares no pa&iacute;s. Esse programa, conforme destacou, se encontra em fase de estudo, &ldquo;n&atilde;o de decis&atilde;o&rdquo;, em complemento &agrave; Usina Angra 3, atualmente em constru&ccedil;&atilde;o na Central Nuclear Almirante &Aacute;lvaro Alberto, no munic&iacute;pio fluminense de Angra dos Reis. &ldquo;Essa vis&atilde;o de longo prazo est&aacute; sendo revista neste momento, estendendo o horizonte de 2030 para 2050, onde a op&ccedil;&atilde;o nuclear ser&aacute; reavaliada&rdquo;.&nbsp; Ele defendeu a continuidade do programa nuclear brasileiro. As quatro usinas nucleares previstas no planejamento &ldquo;continuam v&aacute;lidas&rdquo;.</p> <p> O aspecto da comercializa&ccedil;&atilde;o da energia est&aacute; sendo considerado na an&aacute;lise das usinas nucleares. Ventura disse que a escolha permanece pela constru&ccedil;&atilde;o das novas unidades nas regi&otilde;es Nordeste e Sudeste pelo fato de as duas regi&otilde;es n&atilde;o apresentarem outros recursos energ&eacute;ticos suficientes para&nbsp; expandir a sua oferta de gera&ccedil;&atilde;o.&nbsp;&nbsp; &ldquo;O pa&iacute;s est&aacute; se preparando para ter os elementos que permitam caracterizar a viabilidade t&eacute;cnica, econ&ocirc;mica e ambiental de&nbsp; novas nucleares&rdquo;.</p> <p> Embora a Constitui&ccedil;&atilde;o brasileira n&atilde;o permita a&nbsp; participa&ccedil;&atilde;o do capital privado nos leil&otilde;es de usinas nucleares, Altino Ventura manifestou que existe a necessidade de abertura no setor. &ldquo;N&atilde;o entendemos&nbsp; que o programa nuclear seria puramente estatal. Com a experi&ecirc;ncia que n&oacute;s estamos tendo nas sociedades de prop&oacute;sito espec&iacute;fico [SPEs] no parque de gera&ccedil;&atilde;o e transmiss&atilde;o, muito bem sucedida, &eacute; desej&aacute;vel que essa experi&ecirc;ncia seja estendida&nbsp; para a nuclear no que diz respeito &agrave; parte convencional da usina&rdquo;.</p> <p> Ventura observou que a evolu&ccedil;&atilde;o da tecnologia de captura de carbono ser&aacute; essencial para a utiliza&ccedil;&atilde;o de carv&atilde;o mineral como combust&iacute;vel para as usinas t&eacute;rmicas, tendo em vista as implica&ccedil;&otilde;es ambientais e as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas. A an&aacute;lise dos custos desse processo tamb&eacute;m poder&aacute; determinar&nbsp; uma gera&ccedil;&atilde;o competitiva e um papel relevante do carv&atilde;o mineral.</p> <p> <em>&nbsp;Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> angra dos reis Economia energia estratégia energética ministério de minas e energia usina a carvão Usina Angra usinas nucleares usinas térmicas Mon, 07 Oct 2013 21:06:44 +0000 fabio.massalli 732323 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/