texto detalhado https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/175735/all pt-br Elaboração da Carta de 1988 teve o ser humano como referência, diz relator da Constituinte https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-04/elaboracao-da-carta-de-1988-teve-ser-humano-como-referencia-diz-relator-da-constituinte <p style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/Infograficos/2013/25 anos Constituinte/25anosConstituinteBanner1.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Iolando Louren&ccedil;o e Ivan Richard<br /> <i>Rep&oacute;rteres da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Com 347 artigos, incluindo os 97 das Disposi&ccedil;&otilde;es Transit&oacute;rias, a Constitui&ccedil;&atilde;o de 1988 teve como ess&ecirc;ncia filos&oacute;fica o ser humano e a consagra&ccedil;&atilde;o das garantias e direitos individuais durante sua elabora&ccedil;&atilde;o, disse &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b> o relator da Assembleia Nacional Constituinte, o ent&atilde;o deputado federal Bernardo Cabral, eleito pelo Amazonas. Vinte e cinco anos depois da promulga&ccedil;&atilde;o, Cabral critica alguns pontos, mas considera a Carta Magna um &ldquo;diploma exemplar, &agrave; altura de qualquer outra constitui&ccedil;&atilde;o do mundo&rdquo;.</p> <p> &ldquo;A nossa Constitui&ccedil;&atilde;o tem o melhor cap&iacute;tulo de direitos e garantias fundamentais [do mundo] porque o seu fio condutor filos&oacute;fico foi o homem, o ser humano. A Constitui&ccedil;&atilde;o de 1988 abre o seu p&oacute;rtico logo com o ser humano. As constitui&ccedil;&otilde;es brasileiras anteriores, todas, cuidavam primeiro do Estado para cuidar depois do homem. Por isso, ela foi considerada Constitui&ccedil;&atilde;o Cidad&atilde;, acertadamente, por Ulysses [Guimar&atilde;es, presidente da Constituinte], argumentou Cabral.</p> <p> Para ele, apesar das cr&iacute;ticas quanto ao detalhamento do texto constitucional, a Constitui&ccedil;&atilde;o de 1988 se mostrou eficiente e capaz de &ldquo;soterrar, de uma vez por todas, a &eacute;poca do obscurantismo&rdquo;, vivido pelo Brasil durante o regime militar. &ldquo;Temos hoje a expressa consagra&ccedil;&atilde;o dos direitos humanos, isso representa os princ&iacute;pios fundamentais. Voc&ecirc; tem o alargamento das garantias fundamentais. Uma das coisas mais fant&aacute;sticas foi a garantia do devir do processo legal&rdquo;, disse Cabral.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Cabral avaliou que o &ldquo;detalhismo&rdquo; &eacute; &ldquo;conden&aacute;vel&rdquo;, mas, segundo ele, &eacute; consequ&ecirc;ncia do momento hist&oacute;rico vivido pelo Brasil. &ldquo;As pessoas dizem que &eacute; uma Constitui&ccedil;&atilde;o muito longa, exaustiva, e &eacute; verdade. Mas temos que reconhecer o tempo hist&oacute;rico em que ela foi feita. A Assembleia Constituinte desenvolveu seus trabalhos com pol&iacute;ticos cassados, guerrilheiros, revanchistas, aposentados com a puni&ccedil;&atilde;o dos atos institucionais. Ent&atilde;o, claro que esse detalhismo &eacute; conden&aacute;vel, mas se algu&eacute;m for ler a Constitui&ccedil;&atilde;o, sem nenhuma paix&atilde;o e preconceito, vai reconhecer que ela &eacute; um diploma exemplar, &agrave; altura de qualquer outra constitui&ccedil;&atilde;o [do mundo]&rdquo;, avaliou.</p> <p> Al&eacute;m das garantias individuais e prote&ccedil;&atilde;o aos direitos humanos, Bernardo Cabral ressalta, como avan&ccedil;os marcantes da Constitui&ccedil;&atilde;o, a concess&atilde;o do direito de investiga&ccedil;&atilde;o ao Parlamento, nas comiss&otilde;es parlamentares de Inqu&eacute;rito (CPIs), o fortalecimento do Minist&eacute;rio P&uacute;blico e a prote&ccedil;&atilde;o ao meio ambiente. &ldquo;Uma coisa que pouca gente fala, mas h&aacute; 25 anos conseguimos colocar na Constitui&ccedil;&atilde;o o meio ambiente. Hoje se fala muito do meio ambiente, mas a nossa Constitui&ccedil;&atilde;o foi pioneira nisso&rdquo;, pontou.</p> <p> A liberdade de express&atilde;o e o sigilo da fonte para os jornalistas tamb&eacute;m representam grandes conquistas da Constitui&ccedil;&atilde;o Cidad&atilde;, na avalia&ccedil;&atilde;o do relator da Constituinte. &ldquo;Temos a liberdade de express&atilde;o no cap&iacute;tulo inovador de ci&ecirc;ncia e tecnologia. Conseguimos colocar no texto a liberdade de express&atilde;o, de comunica&ccedil;&atilde;o e o acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o. Uma das coisas que quem trabalha em jornal sabe, &eacute; que antigamente n&atilde;o existia o sigilo da fonte. Nos governos ditatoriais, quando se publicava uma mat&eacute;ria e n&atilde;o dizia onde conseguiu a informa&ccedil;&atilde;o, o jornalista era preso e torturado. Hoje, a Constitui&ccedil;&atilde;o respeita o sigilo da fonte, e mais, decretou o fim da censura&rdquo;.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&nbsp;</p> <p><iframe frameborder="0" height="650" src="http://embed.verite.co/timeline/?source=0AjFDwEyBC-_DdGREOTNCR2VEQ2dXNEI0YkdDVS0tNEE&amp;font=Bevan-PotanoSans&amp;maptype=toner&amp;lang=pt-br&amp;width=730&amp;height=650" width="730"></iframe></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>E</em><em>di&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><em><span style="font-style: normal"><b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b></span></em></p> 25 anos aniversário Bernardo Cabral Carta Magna comemorações como foi comparação Constituição do Brasil Constituinte explicação opinião Política texto detalhado Fri, 04 Oct 2013 16:54:37 +0000 davi.oliveira 732154 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/