micronutrientes https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/175240/all pt-br Rede BioFORT se expande no Brasil para combater deficiência de micronutrientes https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-28/rede-biofort-se-expande-no-brasil-para-combater-deficiencia-de-micronutrientes <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/25/gallery_assist675563/prev/28072011MCA0073.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - Mag&eacute; e Pinheiral s&atilde;o os novos munic&iacute;pios fluminenses que aderiram &agrave; Rede BioFORT, liderada pela Embrapa Agroind&uacute;stria de Alimentos, para implementar a&ccedil;&otilde;es de biofortifica&ccedil;&atilde;o de alimentos no estado. A Rede BioFORT existe no Brasil desde 2003 e envolve cerca de 150 pesquisadores de v&aacute;rias unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu&aacute;ria (Embrapa), institutos de pesquisa estaduais e federais e universidades. A Embrapa Agroind&uacute;stria de Alimentos &nbsp;est&aacute; sediada no Rio.</p> <p> O projeto piloto no estado come&ccedil;ou no munic&iacute;pio de Itagua&iacute; e a ideia &eacute; avan&ccedil;ar pelo interior. &nbsp;Ainda este ano, a &nbsp;cidade de Rio das Ostras dever&aacute; se tornar tamb&eacute;m parceira do programa. &nbsp;</p> <p> O vice-coordenador da Rede BioFORT, Jos&eacute; Luiz Viana de Carvalho, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp; </strong>que um acordo que ser&aacute; firmado com a Empresa de Assist&ecirc;ncia T&eacute;cnica e Extens&atilde;o Rural do Rio de Janeiro (Emater/RJ) permitir&aacute; expandir o projeto para outros munic&iacute;pios. &ldquo;Porque o que falta para a gente &eacute; ter sempre terra. A gente precisa de parceria para trazer o munic&iacute;pio interessado para dentro do projeto e conseguir manejar isso de forma mais profissional&rdquo;, acrescentou.</p> <p> Utilizando a t&eacute;cnica de melhoramento gen&eacute;tico convencional, ou seja, o cruzamento de plantas da mesma esp&eacute;cie, os pesquisadores conseguem obter cultivares com maiores teores de zinco, ferro e pr&oacute;-vitamina A, que combatem a defici&ecirc;ncia de micronutrientes no organismo. Em Mag&eacute; e Pinheiral, o projeto est&aacute; sendo iniciado com cultivares de feij&atilde;o e batata-doce.</p> <p> O pesquisador da Embrapa informou que um dos principais objetivos do projeto &eacute; fortalecer tanto a merenda escolar quanto a agricultura familiar. De acordo com &nbsp;a regra em vigor, as prefeituras devem adquirir &nbsp;30% dos alimentos destinados &agrave; merenda escolar da agricultura familiar. Para isso, &eacute; preciso que esses agricultores tenham uma produ&ccedil;&atilde;o constante, o que ainda n&atilde;o ocorre. &ldquo;&Eacute; um passo de cada vez que a gente vai dando&rdquo;, disse Carvalho. &ldquo;Por isso &eacute; que a gente tem que estar sempre com um parceiro que possa suprir essa quest&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o do material. Tem que ter algu&eacute;m para a produ&ccedil;&atilde;o da semente, para que ela possa virar gr&atilde;o&rdquo;.</p> <p> Em Pinheiral, por exemplo, ser&atilde;o distribu&iacute;das ramas de batata-doce, para que a prefeitura &nbsp;fa&ccedil;a uma unidade de multiplica&ccedil;&atilde;o, a fim de suprir os produtores locais para que deem seguimento ao projeto. A Embrapa faz o acompanhamento de todo o processo, inclusive medindo o interesse e a satisfa&ccedil;&atilde;o dos pr&oacute;prios agricultores diante dos resultados obtidos. &ldquo;Porque, por mais nutri&ccedil;&atilde;o que tenha esse produto, o agricultor n&atilde;o vende zinco, nem ferro. Ele vende quilo por hectare&rdquo;, ressaltou. O que a Embrapa faz &eacute; acrescentar ao produto a parte nutricional.</p> <p> Itagua&iacute;, por exemplo, j&aacute; tem, desde 2010, &nbsp;uma Unidade Demonstrativa de Cultivos Biofortificados instalada na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca. Juntamente com as escolas municipais parceiras da Rede BioFORT, essa unidade j&aacute; atende a cerca de 20 mil crian&ccedil;as da regi&atilde;o, informou a assessoria de imprensa da Embrapa.</p> <p> A defici&ecirc;ncia de micronutrientes, conhecida como &ldquo;fome oculta&rdquo;, afeta uma em cada tr&ecirc;s pessoas no mundo. Dados da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Alimenta&ccedil;&atilde;o e a Agricultura (FAO) revelam que somente a defici&ecirc;ncia de vitamina A atinge 30% da popula&ccedil;&atilde;o infantil global. No Brasil, esse n&uacute;mero &eacute; 13%. Jos&eacute; Luiz Viana de Carvalho &nbsp;informou que o maior problema no Brasil, entretanto, &eacute; representado pelo baixo teor de ferro e zinco. &nbsp;</p> <p> Ele estimou que pelo menos 30% dos brasileiros t&ecirc;m algum tipo de defici&ecirc;ncia nutricional. &ldquo;De alguma forma, a gente ainda tem problema de anemia, at&eacute; por alimenta&ccedil;&atilde;o errada&rdquo;. Carvalho criticou &nbsp;o v&iacute;cio do lanche r&aacute;pido, em substitui&ccedil;&atilde;o ao tradicional jantar, entre as fam&iacute;lias. &ldquo;&Eacute; aquela <em>pizza</em>, aquele cachorro-quente&rdquo;.</p> <p> A escolha de cultivares com maiores teores de ferro, zinco e pr&oacute;-vitamina A se deu porque, segundo Carvalho, &ldquo;essas s&atilde;o as maiores car&ecirc;ncias mundiais em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; fome oculta&rdquo;. Outra seria a car&ecirc;ncia de iodo, &ldquo;mas esta j&aacute; est&aacute; sendo bem atendida pelo programa do sal, que deu muito certo no mundo&rdquo;, lembrou o pesquisador.</p> <p> No Brasil, os estados que apresentam maior car&ecirc;ncia nutricional s&atilde;o o Maranh&atilde;o e Sergipe. Por isso, eles foram os primeiros a receber os projetos de alimentos da Rede BioFORT. As a&ccedil;&otilde;es j&aacute; se expandiram &nbsp;para o Piau&iacute;, Minas Gerais e o Rio de Janeiro e come&ccedil;am a entrar tamb&eacute;m no Esp&iacute;rito Santo. &ldquo;Vamos montando parcerias e vamos abrindo (o leque)&rdquo;, explicou Carvalho. A RedeBioFORT est&aacute; presente ainda em cerca de 40 pa&iacute;ses da Am&eacute;rica Latina, do Caribe, da &Aacute;frica e &Aacute;sia. &ldquo;&Eacute; uma grande alian&ccedil;a mundial&rdquo;, disse.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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