dilma rousseff espionada https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/172962/all pt-br Governo brasileiro cogita levar espionagem norte-americana a foros internacionais de direitos humanos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-02/governo-brasileiro-cogita-levar-espionagem-norte-americana-foros-internacionais-de-direitos-humanos <p>Carolina Sarres e Renata Giraldi<br /> <em>Rep&oacute;rteres da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - O governo brasileiro cogita levar a quest&atilde;o da espionagem de dados por ag&ecirc;ncias norte-americanas a foros internacionais, inclusive aos relativos aos direitos humanos. De acordo com informa&ccedil;&otilde;es concedidas hoje (2) pelos ministros das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e da Justi&ccedil;a, Jos&eacute; Eduardo Cardozo, n&atilde;o se pode aceitar viola&ccedil;&otilde;es de soberania como as que se entendem ter ocorrido nos &uacute;ltimos dois dias, segundo a den&uacute;ncia veiculada pela imprensa de que foram interceptados dados da presidenta Dilma Rousseff e de seus assessores mais pr&oacute;ximos. Al&eacute;m da soberania do pa&iacute;s, o entendimento &eacute; que, caso seja confirmada, a intercepta&ccedil;&atilde;o de dados seja uma viola&ccedil;&atilde;o da privacidade e da presun&ccedil;&atilde;o da inoc&ecirc;ncia - que s&atilde;o considerados direitos humanos.</p> <p> &quot;Deve haver uma governan&ccedil;a internacional que pro&iacute;ba a exposi&ccedil;&atilde;o dos cidad&atilde;os a escutas, viola&ccedil;&atilde;o de dados, de privacidade e ataques cibern&eacute;ticos. A agenda que deve ser adotada na arena internacional &eacute; para regulamentar o uso da internet. N&atilde;o para cercear direitos, mas para proteger direitos&quot;, disse o chanceler Luiz Alberto Figueiredo.</p> <p> Atualmente, n&atilde;o h&aacute; norma internacional espec&iacute;fica sobre seguran&ccedil;a na internet, que tipifique crimes cibern&eacute;ticos ou que verse sobre viola&ccedil;&otilde;es no mundo virtual - especialmente entre pa&iacute;ses, como tem sido o caso das escutas telef&ocirc;nicas e das invas&otilde;es de p&aacute;ginas pessoais e de correio eletr&ocirc;nico. O tema vem sendo estudado por acad&ecirc;micos e especialistas em direito internacional, que acreditam ser um dos mais importantes a ser normatizados pela comunidade internacional.</p> <p> Segundo o ministro da Justi&ccedil;a, Luiz Eduardo Cardozo, o governo brasileiro vai aguardar o posicionamento formal dos Estados Unidos a respeito da quest&atilde;o, que dever&aacute; ser feito ainda nesta semana, para ent&atilde;o tomar as medidas cab&iacute;veis.</p> <p> No Congresso, parlamentares haviam mencionado a possibilidade de levar a quest&atilde;o da espionagem a &oacute;rg&atilde;os internacionais, como a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU). No entanto, hoje foi a primeira vez em que foi citado o acionamento de organismos de direitos humanos - como pode ser feito no &acirc;mbito da Organiza&ccedil;&atilde;o dos Estados Americanos (OEA), por meio da Corte Interamericana de Direitos Humanos.</p> <p> &quot;Precisamos acabar com o ciclo do que est&aacute; acontecendo. Cheguei dos Estados Unidos no final da semana e no domingo j&aacute; tivemos uma nova den&uacute;ncia&quot;, reclamou Jos&eacute; Eduardo Cardozo, sobre uma mat&eacute;ria veiculada ontem (1&ordm;) pelo programa <em>Fant&aacute;stico, </em>da TV Globo, em que foi denunciada a espionagem de dados da presidenta Dilma. O ministro da Justi&ccedil;a se mostrou incomodado com a recorr&ecirc;ncia das den&uacute;ncias e com a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-29/eua-e-brasil-nao-chegam-acordo-sobre-escutas" target="_blank">falta de acordo entre os governos na &uacute;ltima semana</a>.</p> <p> No Brasil, a intercepta&ccedil;&atilde;o de dados telef&ocirc;nicos ou virtuais s&oacute; pode ser feita por meio de autoriza&ccedil;&atilde;o judicial. No caso, se os Estados Unidos quisessem ter acesso a dados do pa&iacute;s - de pessoas, de empresas ou mesmo do governo -, teriam de tomar a via judicial para isso, por meio de tribunais, que poderiam, ou n&atilde;o, acatar o pedido.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong></p> Brasil manifesta indignação e cobra explicação dos Estados Unidos dilma rousseff dilma rousseff espionada direitos humanos espionados dos estados unidos espionagem Internacional Mon, 02 Sep 2013 20:44:59 +0000 fabio.massalli 729646 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Brasil manifesta indignação e cobra explicações formais dos EUA sobre espionagem de Dilma e autoridades https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-02/brasil-manifesta-indignacao-e-cobra-explicacoes-formais-dos-eua-sobre-espionagem-de-dilma-e-autoridad <p>Renata Giraldi&nbsp; e Carolina Sarres<br /> <em>Rep&oacute;rteres da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O governo do Brasil reiterou hoje (2) a indigna&ccedil;&atilde;o &agrave;s autoridades dos Estados Unidos em meio &agrave;s den&uacute;ncias de espionagem de ag&ecirc;ncias norte-americanas sobre dados da presidenta Dilma Rousseff e assessores, conforme divulgado ontem (1&ordm;) no programa <em>Fant&aacute;stico,</em> da TV Globo. Os ministros Jos&eacute; Eduardo Cardozo (Justi&ccedil;a) e Luiz Alberto Figueiredo Machado (Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores) reiteraram ser inadmiss&iacute;vel aceitar qualquer tipo de viola&ccedil;&atilde;o, mas evitaram mencionar futuras provid&ecirc;ncias que dever&atilde;o ser tomadas contra os Estados Unidos.</p> <p> Cardozo e Figueiredo cobraram dos Estados Unidos explica&ccedil;&otilde;es, por escrito e formais, sobre as den&uacute;ncias. &ldquo;A viola&ccedil;&atilde;o da soberania n&atilde;o pode acontecer sob nenhum pretexto&quot;, disse Cardozo, lembrando que a indigna&ccedil;&atilde;o foi exposta aos norte-americanos. &ldquo;N&oacute;s confrontamos com aquilo que foi revelado.&rdquo;</p> <p> Em seguida, o ministro da Justi&ccedil;a reiterou que &ldquo;a viola&ccedil;&atilde;o da soberania n&atilde;o pode acontecer sob nenhum pretexto&rdquo;. Segundo ele, a situa&ccedil;&atilde;o se agrava quando a viola&ccedil;&atilde;o ocorre &ldquo;sob o ponto de vista pol&iacute;tico e empresarial&rdquo;. &ldquo;Isso fica, sem sombra de d&uacute;vidas, piorada&rdquo;.</p> <p> Na semana passada, Cardozo esteve em Washington, nos Estados Unidos, para reuni&otilde;es com o vice-presidente Joe Badin, a assessora para Assuntos de Contraterrorismo, Lisa Monaco, e o chefe de Departamento de Justi&ccedil;a, Eric Holder. O ministro disse que apresentou como sugest&atilde;o a ado&ccedil;&atilde;o de protocolo de entendimento entre Estados Unidos e Brasil para a investiga&ccedil;&atilde;o em caso de suspeitas de terrorismo ou atos il&iacute;citos.</p> <p> Cardozo disse que a proposta se baseia na fixa&ccedil;&atilde;o de regras que a intercepta&ccedil;&atilde;o de dados s&oacute; pode ser feita em territ&oacute;rio nacional, com ordem judicial e sob presun&ccedil;&atilde;o de inoc&ecirc;ncia. &ldquo;Diante de ind&iacute;cios, se existirem pr&aacute;ticas, o governo norte-americano poderia solicitar dentro do protocolo um acesso a essas informa&ccedil;&otilde;es&rdquo;, disse. &ldquo;N&oacute;s dissemos que n&atilde;o nos furtar&iacute;amos ao di&aacute;logo, desde que a quest&atilde;o n&atilde;o se colocasse de forma meramente ret&oacute;rica.&rdquo;</p> <p> Figueiredo acrescentou que a viola&ccedil;&atilde;o da privacidade e dados pessoais, sejam de autoridades, como a presidenta da Rep&uacute;blica, e dos cidad&atilde;os em geral &eacute; &ldquo;incompat&iacute;vel&rdquo; com a parceria existente atualmente entre Brasil e Estados Unidos. &ldquo;&Eacute; uma viola&ccedil;&atilde;o inconceb&iacute;vel e inaceit&aacute;vel da soberania brasileira&rdquo;, ressaltou.</p> <p> Pela manh&atilde;, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-02/dilma-convoca-ministros-para-reunioes-de-emergencia" target="_blank">Dilma convocou ministros para duas reuni&otilde;es de emerg&ecirc;ncia</a> no Pal&aacute;cio do Planalto para discutir as den&uacute;ncias de espionagem. As reuni&otilde;es ocorreram em duas etapas: a primeira, que come&ccedil;ou por volta das 10h, teve a presen&ccedil;a dos ministros Cardozo, Jos&eacute; Elito (Gabinete de Seguran&ccedil;a Institucional), e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presid&ecirc;ncia).</p> <p> A segunda reuni&atilde;o, ocorreu logo depois, com Cardozo e os ministros Paulo Bernardo (Comunica&ccedil;&otilde;es), Celso Amorim (Defesa) e Luiz Alberto Figueiredo Machado (Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores). Antes das reuni&otilde;es, Figueiredo convocou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, para prestar esclarecimentos formais ao governo brasileiro e cobrou explica&ccedil;&otilde;es por escrito das autoridades norte-americanas.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong></p> Brasil manifesta indignação e cobra explicação dos Estados Unidos dilma rousseff dilma rousseff espionada espionados dos estados unidos espionagem Internacional Mon, 02 Sep 2013 20:22:24 +0000 fabio.massalli 729643 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/