lista nacional de transplantes de fígado https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/168173/all pt-br Justiça Federal condena médicos por desvio de órgãos para transplante https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-07-16/justica-federal-condena-medicos-por-desvio-de-orgaos-para-transplante <p>Fl&aacute;via Villela<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; A Justi&ccedil;a Federal no Rio de Janeiro condenou por improbidade administrativa os m&eacute;dicos Joaquim Ribeiro Filho e Eduardo de Souza Martins Fernandes, acusados de desviar &oacute;rg&atilde;os e ignorar a ordem de pacientes na lista nacional de transplantes de f&iacute;gado. De acordo com a senten&ccedil;a, os r&eacute;us ter&atilde;o que pagar multa de R$ 100 mil cada um e est&atilde;o proibidos de exercer cargo ou emprego p&uacute;blico, contratar com o Poder P&uacute;blico ou receber benef&iacute;cios e incentivos fiscais por cinco anos. Ainda cabe recurso da decis&atilde;o.</p> <p>O crime foi cometido em 2007 no Hospital Universit&aacute;rio Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fund&atilde;o, na zona norte, onde os r&eacute;us trabalhavam. A senten&ccedil;a saiu cerca de quatro anos depois de o Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF) entrar com a&ccedil;&atilde;o civil p&uacute;blica que acusou os m&eacute;dicos de usarem de influ&ecirc;ncia e prest&iacute;gio para ludibriar os &oacute;rg&atilde;os de controle do Sistema Nacional de Transplantes e burlar a lista &uacute;nica de receptores.</p> <p> O hospital <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2008-08-19/hospital-do-fundao-reinicia-programa-de-transplantes-de-figado)">chegou a ser fechado</a> em 2008, ap&oacute;s a opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal, conhecida como Fura-Fila, que desbaratou o <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2008-07-30/rio-vai-adotar-sistema-de-transplantes-de-sao-paulo-para-evitar-fraudes)">esquema de desvio de &oacute;rg&atilde;os</a>. Depois do epis&oacute;dio, o sistema de transplante de f&iacute;gado no Rio foi <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2008-08-06/pacientes-que-aguardam-transplante-de-figado-ganham-0800-para-marcar-exames-no-rio">modificado</a>.</p> <p> Segundo o MP, em julho de 2007, Joaquim Ribeiro, que era coordenador da equipe m&eacute;dico-cir&uacute;rgica do Hospital do Fund&atilde;o, prestou falsas informa&ccedil;&otilde;es sobre as condi&ccedil;&otilde;es patol&oacute;gicas de um receptor, inscrevendo o paciente irregularmente na lista para receber qualquer &oacute;rg&atilde;o dispon&iacute;vel em territ&oacute;rio nacional. O m&eacute;dico entrou em contato com a Central de Notifica&ccedil;&atilde;o e Capta&ccedil;&atilde;o e Distribui&ccedil;&atilde;o de &Oacute;rg&atilde;os do Estado do Rio de Janeiro para receber um &oacute;rg&atilde;o como coordenador de transplante de f&iacute;gado do hospital para uma paciente inscrita na 38&ordf; posi&ccedil;&atilde;o da lista nacional de transplantes. Entretanto, o &oacute;rg&atilde;o foi captado em Minas Gerais por Eduardo de Souza Martins Fernandes, m&eacute;dico da equipe cir&uacute;rgica do Hospital do Fund&atilde;o, e transplantado para o receptor inclu&iacute;do irregularmente na lista nacional.</p> <p> Outra m&aacute; conduta apontada pela a&ccedil;&atilde;o &eacute; a que os r&eacute;us informaram &agrave; central que um f&iacute;gado dispon&iacute;vel para transplante era &oacute;rg&atilde;o marginal ou lim&iacute;trofe (em m&aacute;s condi&ccedil;&otilde;es ou com excesso de gordura), embora tenham oferecido o mesmo &oacute;rg&atilde;o para um paciente como f&iacute;gado em &quot;bom estado&quot;, ocultando o nome do paciente para a central. A centrais do Rio de Janeiro e de Bras&iacute;lia n&atilde;o autorizaram o implante. Na &eacute;poca, 530 pacientes aguardavam doa&ccedil;&atilde;o e o receptor n&atilde;o estava entre eles.</p> <p> A advogada dos m&eacute;dicos, Rafaella Marcolini, informou que a senten&ccedil;a tem inconsist&ecirc;ncias e que vai recorrer. &ldquo;A senten&ccedil;a foi muito sucinta e n&atilde;o faz refer&ecirc;ncia a uma s&eacute;rie de fatos importantes e pontos discutidos ao longo desses quatro anos. Pontos e testemunhos que fortalecem a tese da defesa de que n&atilde;o houve improbidade e de que todos os atos foram leg&iacute;timos. Houve, sim, inconsist&ecirc;ncia e recorreremos em breve&rdquo;, informou. Os m&eacute;dicos ainda respondem a processo criminal por peculato na 3&ordf; Vara Criminal Federal, ainda pendente de senten&ccedil;a.</p> <p> &nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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