Corregedoria da PM https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/166036/all pt-br ONG vai denunciar à OEA major do Bope que comandou ação no Complexo da Maré https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-06-27/ong-vai-denunciar-oea-major-do-bope-que-comandou-acao-no-complexo-da-mare <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Rio de Janeiro - A organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental (ONG) Justi&ccedil;a Global anunciou hoje (27) que vai denunciar &agrave; Comiss&atilde;o Interamericana de Direitos Humanos, entidade da Organiza&ccedil;&atilde;o dos Estados Americanos (OEA), o subcomandante do Batalh&atilde;o de Opera&ccedil;&otilde;es Especiais (Bope) da Pol&iacute;cia Militar do Rio de Janeiro, major Jo&atilde;o Jacques Busnello, respons&aacute;vel pela opera&ccedil;&atilde;o na favela Nova Holanda, no Complexo da Mar&eacute;, que <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-06-26/sobe-para-dez-numero-de-mortos-na-acao-do-bope-na-favela-nova-holanda" target="_blank"><span style="text-decoration: none">resultou na morte de dez pessoas</span></a>.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A Pol&iacute;cia Militar entrou na comunidade, no fim da tarde de segunda-feira (24), em busca de homens que aproveitaram uma manifesta&ccedil;&atilde;o nas proximidades para promover arrast&atilde;o, roubando mercadorias de lojas e assaltando motoristas que passavam pela Avenida Brasil. Entre os mortos est&atilde;o um policial do Bope e dois moradores que n&atilde;o tinham antecedentes criminais.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">De acordo com a diretora executiva da ONG, Sandra Carvalho, de 1998 at&eacute; agora, esta &eacute; a quarta vez que o major Busnello participa de uma opera&ccedil;&atilde;o classificada por ela como controversa.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&quot;&Eacute; preciso haver apura&ccedil;&otilde;es mais rigorosas quando ocorrem epis&oacute;dios como esse da Mar&eacute;. Busnello est&aacute; constantemente envolvido nessas situa&ccedil;&otilde;es em que morrem pessoas inocentes, e as investiga&ccedil;&otilde;es sempre resultam em nada. A pol&iacute;cia opera de maneira completamente desorganizada, e a popula&ccedil;&atilde;o infelizmente fica ref&eacute;m desse despreparo e tamb&eacute;m da omiss&atilde;o dos &oacute;rg&atilde;os respons&aacute;veis pelas investiga&ccedil;&otilde;es&quot;, disse Sandra.</p> <p> A Anistia Internacional tamb&eacute;m criticou a a&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Militar do Rio de Janeiro durante a opera&ccedil;&atilde;o na favela Nova Holanda. Segundo o assessor de Direitos Humanos da entidade, Maur&iacute;cio Santoro, a pol&iacute;cia agiu totalmente fora dos padr&otilde;es do Estado de Direito. Ele acredita que os policiais tenham sido movidos por um sentimento de revide por causa da morte do companheiro.</p> <p> &quot;N&oacute;s entendemos o lado da corpora&ccedil;&atilde;o. &Eacute; um pai de fam&iacute;lia que infelizmente foi morto diante de um processo social extremamente injusto. No entanto, n&oacute;s n&atilde;o podemos aceitar que a pol&iacute;cia atue dentro de uma l&oacute;gica de guerra, colocando em risco a vida de outras pessoas que n&atilde;o t&ecirc;m nada a ver com o ocorrido&quot;, disse Santoro, acrescentando que o di&aacute;logo &eacute; o &uacute;nico meio capaz de diminuir a viol&ecirc;ncia policial nas favelas.</p> <p> &quot;&Eacute; muito oportuno levantarmos a discuss&atilde;o neste momento de manifesta&ccedil;&otilde;es. Temos que juntar cada vez mais as pessoas da dita classe m&eacute;dia que agora est&aacute; debatendo essa quest&atilde;o por conta de repress&atilde;o policial nas manifesta&ccedil;&otilde;es e os cidad&atilde;os das favelas, que convivem com essa realidade violenta no seu cotidiano&quot;, disse.</p> <p> Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Seguran&ccedil;a do Rio informou que n&atilde;o vai se pronunciar sobre o assunto porque, at&eacute; o momento, n&atilde;o foi procurada oficialmente pela ONG Justi&ccedil;a Global.</p> <p> A Corregedoria Interna da PM abriu ontem (26) um inqu&eacute;rito para apurar a conduta dos policiais do Bope. Segundo a PM, o prazo do inqu&eacute;rito &eacute; 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. De acordo com o laudo do Instituto M&eacute;dico-Legal (IML), todos os corpos tinham marcas de tiro. As armas dos policiais foram apreendidas e ser&atilde;o analisadas pela per&iacute;cia.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> ação da polícia Anistia Internacional Bope Complexo da Maré Corregedoria da PM investigação policial Justiça Global major Busnello Nacional polícia militar rio de janeiro Thu, 27 Jun 2013 19:57:07 +0000 davi.oliveira 724271 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/