primeiro-ministro giulio andreotti https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/160999/all pt-br Giulio Andreotti estabeleceu forma de fazer política na Itália do pós-guerra https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-06/giulio-andreotti-estabeleceu-forma-de-fazer-politica-na-italia-do-pos-guerra <p><em>Da Ag&ecirc;ncia Lusa</em></p> <p> Roma &ndash; O ex-primeiro-ministro italiano Giulio Andreotti, que morreu hoje (6) aos 94 anos, era o &uacute;ltimo sobrevivente da Democracia Crist&atilde; que governou a It&aacute;lia do p&oacute;s-guerra e devolveu ao pa&iacute;s o seu estatuto europeu, garantido por delicados compromissos pol&iacute;ticos. &ldquo;Com ele desaparece um ator do primeiro plano da vida p&uacute;blica nacional durante mais de 60 anos&rdquo;, disse Enrico Letta, chefe do atual governo de coliga&ccedil;&atilde;o.</p> <p> O presidente Giorgio Napolitano saudou o homem de Estado &ldquo;que desempenhou um papel de grande import&acirc;ncia para as institui&ccedil;&otilde;es e representou a It&aacute;lia, com uma excecional continuidade, nas rela&ccedil;&otilde;es internacionais e na constru&ccedil;&atilde;o europeia&rdquo;.</p> <p> O romano Andreotti, que frequentava diariamente a missa e conhecia numerosos prelados no Vaticano, era uma figura incontorn&aacute;vel, brilhante e controversa, associada a um aspeto f&iacute;sico peculiar que rendeu os apelidos de &ldquo;Maquiavel&rdquo; ou &ldquo;velha raposa&rdquo;.</p> <p> Eleito deputado em 1945, senador vital&iacute;cio desde 1991, ainda recentemente participou nos trabalhos da C&acirc;mara Alta. O &ldquo;andreotismo&rdquo; passou a designar uma forma de fazer pol&iacute;tica. Sete vezes primeiro-ministro, Andreotti, da ala direita da Democracia Crist&atilde; (DC) foi designado oito vezes para a pasta da Defesa, cinco para os Neg&oacute;cios Estrangeiros, e passou duas vezes pelas Finan&ccedil;as, Or&ccedil;amento, Ind&uacute;stria, e uma no Tesouro, Interior, Bens Culturais e Pol&iacute;ticas Comunit&aacute;rias.</p> <p> Chamado ao governo pela primeira vez em 1972, Andreotti guardou at&eacute; ao fim da vida muitos dos segredos da It&aacute;lia da Guerra Fria e dos &ldquo;anos de chumbo&rdquo;, em particular as suas rela&ccedil;&otilde;es com o Vaticano. Os seus arquivos, apenas acess&iacute;veis a investigadores com autoriza&ccedil;&atilde;o, s&atilde;o muito aguardados, mas tamb&eacute;m temidos. &ldquo;Ele conhecia toda a engrenagem do poder (&hellip;) e n&atilde;o hesitou em utilizar todos os meios&rdquo;, disse Marco Tarchi, professor de ci&ecirc;ncias pol&iacute;ticas na Universidade de Floren&ccedil;a.</p> <p> A opini&atilde;o p&uacute;blica censurou-lhe a intransig&ecirc;ncia no caso do sequestro em 1978 do l&iacute;der da DC, Aldo Moro, encontrado assassinado. Na ocasi&atilde;o chefe do governo, Andreotti recusou qualquer negocia&ccedil;&atilde;o com as Brigadas Vermelhas.</p> <p> As suas supostas rela&ccedil;&otilde;es pr&oacute;ximas com a M&aacute;fia &eacute; outro assunto pol&ecirc;mico, mas Andreotti sempre se declarou inocente e guardou uma profunda m&aacute;goa pelas acusa&ccedil;&otilde;es. No chamado &ldquo;processo do s&eacute;culo&rdquo; em Palermo, Andreotti foi acusado de ter se beneficiado do apoio da M&aacute;fia para favorecer a Democracia Crist&atilde; na Sic&iacute;lia e de liga&ccedil;&otilde;es com a Cosa Nostra.</p> <p> O famoso &quot;beijo&quot; que teria trocado em uma casa em Palermo com o padrinho Salvatore &ldquo;Tot&ograve;&rdquo; Riina, na pris&atilde;o desde 1993, nunca foi provado. Em 2003, um tribunal da capital siciliana absolveu-o de todas as acusa&ccedil;&otilde;es ap&oacute;s a prescri&ccedil;&atilde;o do caso.</p> <p> Na pol&iacute;tica internacional, empenhou-se em uma diplomacia focada no di&aacute;logo Leste-Oeste e na abertura do ocidente ao mundo &aacute;rabe, nem sempre do agrado de Washington. Por indica&ccedil;&atilde;o dos parentes, Andreotti ter&aacute; um funeral privado.<br /> &nbsp;</p> giulio andreotti Internacional italia máfia máfia italiana primeiro-ministro giulio andreotti primeiro-ministro italiano Mon, 06 May 2013 22:36:05 +0000 fabio.massalli 720053 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Ex-primeiro-ministro Giulio Andreotti morre aos 94 anos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-06/ex-primeiro-ministro-giulio-andreotti-morre-aos-94-anos <p><em>Da Ag&ecirc;ncia Lusa</em></p> <p> Roma - Giulio Andreotti, sete vezes primeiro-ministro da It&aacute;lia e figura emblem&aacute;tica do partido Democracia Crist&atilde;, morreu hoje aos 94 anos, anunciou a imprensa italiana. Andreotti, um dos pilares da pol&iacute;tica italiana do p&oacute;s-guerra, nasceu em Roma no dia 14 de janeiro de 1919. Nos &uacute;ltimos meses, ele teve v&aacute;rios problemas de sa&uacute;de e em agosto de 2012 esteve hospitalizado v&aacute;rios dias com arritmia card&iacute;aca.</p> <p> H&aacute; alguns meses que o antigo l&iacute;der da Democracia Crist&atilde; italiana e senador vital&iacute;cio se encontrava retirado da vida p&uacute;blica e n&atilde;o foi ao parlamento para votar nas elei&ccedil;&otilde;es do presidente da Rep&uacute;blica nem para a escolha do novo Governo, uma aus&ecirc;ncia que os observadores consideraram como um sinal do agravamento de seu estado de sa&uacute;de.</p> giulio andreotti Internacional italia primeiro-ministro giulio andreotti primeiro-ministro italiano Mon, 06 May 2013 22:18:34 +0000 fabio.massalli 720050 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/