transplante de rins https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/156450/all pt-br Milhares de brasileiros precisam fazer hemodiálise enquanto aguardam o transplante de rins https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-14/milhares-de-brasileiros-precisam-fazer-hemodialise-enquanto-aguardam-transplante-de-rins <p> Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo - A enfermeira Viviane Santos da Silva, 29 anos, precisou parar de exercer a profiss&atilde;o porque come&ccedil;ou a fazer hemodi&aacute;lise tr&ecirc;s vezes por semana em 2010. A doen&ccedil;a renal apareceu em decorr&ecirc;ncia do l&uacute;pus, doen&ccedil;a autoimune que pode afetar diversos &oacute;rg&atilde;o, o que a fez perder os dois rins.</p> <p> &ldquo;Eu descobri o l&uacute;pus aos 16 anos e fiz o tratamento durante dez anos, quando comecei a piorar e perdi a fun&ccedil;&atilde;o renal&rdquo;. Viviane faz hemodi&aacute;lise h&aacute; mais de dois anos e disse que no in&iacute;cio foi muito dif&iacute;cil, mas com o tempo acostumou. &ldquo;S&atilde;o quatro horas na cadeira, mas n&atilde;o h&aacute; dor, embora &agrave;s vezes passe mal com press&atilde;o baixa, c&acirc;imbra, dor de cabe&ccedil;a&rdquo;. Ela est&aacute; na fila para receber o transplante de rins.</p> <p> Tamb&eacute;m aguardando por rins novos, o motorista Wanderlei Portela Tavares tem 55 anos e assim como Viviane vive a rotina da hemodi&aacute;lise h&aacute; dois anos e meio. Ele precisou parar de trabalhar para fazer sess&otilde;es a cada dois dias. &ldquo;Comecei a emagrecer r&aacute;pido. Em seis meses passei de 118 para 80 quilos e fazendo os exames descobri a doen&ccedil;a nos rins. Fiquei abalado no come&ccedil;o, mas com o tempo fui acostumando e voltei a engordar&rdquo;.</p> <p> Assim como a Viviane e Wanderlei, milhares de brasileiros fazem hemodi&aacute;lise. As doen&ccedil;as renais atingem 10 milh&otilde;es de brasileiros e 17% desse total precisam de hemodi&aacute;lise. No pa&iacute;s s&atilde;o feitos anualmente cerca de 4,5 mil transplantes, segundo o nefrologista Luiz Antono Miorin, da Santa Casa de S&atilde;o Paulo, que junto com outros colegas, participou hoje (14),&nbsp; Dia&nbsp; Mundial do Rim, da campanha Pare de Agredir Seu Rim. Todas as pessoas que passaram pelo sagu&atilde;o do hospital tiveram acesso a exames que mostraram se tinham algum fator de risco para o desenvolvimento de problemas no &oacute;rg&atilde;o.</p> <p> Os principais fatores de risco s&atilde;o hipertens&atilde;o, diabetes, sobrepeso, idade acima de 50 anos, hist&oacute;rico de doen&ccedil;a renal na fam&iacute;lia, al&eacute;m do exagero no uso de alguns medicamentos. O rim &eacute; respons&aacute;vel pela filtragem do sangue no corpo para eliminar excessos de &aacute;gua, sal, pot&aacute;ssio, entre outras subst&acirc;ncias.</p> <p> Miorin diz que a doen&ccedil;a renal &eacute; silenciosa, por isso &eacute; importante a detec&ccedil;&atilde;o precoce dos fatores de risco. &ldquo;&Eacute; importante postergar a evolu&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a para o est&aacute;gio terminal, quando o paciente vai precisar de transplante ou di&aacute;lise. Muitas vezes o paciente percebe a doen&ccedil;a quando j&aacute; &eacute; tarde&rdquo;.</p> <p> O nefrologista disse que &eacute; preciso tamb&eacute;m ficar atento &agrave; quantidade de &aacute;gua ingerida diariamente que deve ser pelo menos 1,5 litros. Al&eacute;m disso, &eacute; preciso observar a quantidade de vezes em que se urina, pois, ao contr&aacute;rio do que se pensa, o aumento da frequ&ecirc;ncia pode indicar problemas renais s&eacute;rios.</p> <p> &ldquo;Um simples exame de urina, observando a quantidade de creatinina, pode detectar se h&aacute; problemas ou n&atilde;o. Outra maneira &eacute; analisar se aparece prote&iacute;na ou vest&iacute;gios de sangue na urina&rdquo;. O m&eacute;dico informou que a mortalidade durante a di&aacute;lise &eacute; alta, chegando a&nbsp; 17%&nbsp; no Brasil, por isso a necessidade da preven&ccedil;&atilde;o.</p> <p> A aposentada de 63 anos, Regina C&eacute;lia Sim&otilde;es, disse que foi acompanhar a irm&atilde; em uma consulta m&eacute;dica e se animou com a campanha por acreditar na import&acirc;ncia de mobiliza&ccedil;&otilde;es como essa. Por ser diab&eacute;tica, Regina conhece os fatores de risco para as doen&ccedil;as renais e costuma fazer exames preventivos. &ldquo;A preven&ccedil;&atilde;o &eacute; uma grande medida e &eacute; essencial. A grande maioria da popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o conhece os riscos e isso &eacute; uma pena, por isso campanhas s&atilde;o importantes&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil.</strong></em></p> diálise Dia Mundial do Rim hemodiálise lúpus Pare de Agredir Seu Rim. rim rins Saúde transplante de rins Thu, 14 Mar 2013 23:31:19 +0000 fabio.massalli 716032 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/