PUC-MG https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/155294/all pt-br Homens jovens e pobres são os principais suspeitos e vítimas dos homicídios https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-02/homens-jovens-e-pobres-sao-os-principais-suspeitos-e-vitimas-dos-homicidios <p> Renata Giraldi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A viol&ecirc;ncia no Brasil, no que se refere a assassinatos, atinge principalmente homens, pobres e negros, que t&ecirc;m de 15 anos a 24 anos, segundo o estudo Avan&ccedil;o no Socioecon&ocirc;mico, Retrocesso na Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Paradoxo Brasileiro?, do professor doutor Luis Fl&aacute;vio Sapori, coordenador do Centro de Pesquisas de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica da Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica de Minas Gerais (PUC-MG).</p> <p> Sapori explica que os homens jovens, al&eacute;m de acusados pela maior parte dos crimes, tamb&eacute;m s&atilde;o as maiores v&iacute;timas da viol&ecirc;ncia. O pesquisador destacou que foi registrado um aumento no uso de armas de fogo. Em 2010, por exemplo, de cada dez pessoas assassinadas, oito foram mortas com armas de fogo.</p> <p> De acordo com a pesquisa, tr&ecirc;s fatores contribuem para o aumento da viol&ecirc;ncia e dos homic&iacute;dios no pa&iacute;s: a consolida&ccedil;&atilde;o do tr&aacute;fico de drogas, principalmente o consumo de drogas; os elevados n&iacute;veis de impunidade; e a necessidade de ado&ccedil;&atilde;o de medidas mais eficientes para combater os dois aspectos anteriores.</p> <p> Sapori disse ainda que apenas os esfor&ccedil;os para combater a pobreza n&atilde;o asseguram a redu&ccedil;&atilde;o da viol&ecirc;ncia nem a da taxa de homic&iacute;dios no Brasil. &ldquo;&Eacute; preciso desfazer esse senso comum de que combatendo a pobreza quase que de maneira imediata ser&aacute; poss&iacute;vel reduzir a viol&ecirc;ncia e a taxa de homic&iacute;dios no pa&iacute;s&rdquo;, destacou o pesquisador.</p> <p> O estudo usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada (Ipea) e das Na&ccedil;&otilde;es Unidas. &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em><br /> &nbsp;</p> assassinatos homens jovens homicídios Nacional pesquisa pobres e negros políticas públicas PUC-MG redução da violência violência Sat, 02 Mar 2013 15:17:46 +0000 aquintiere 715025 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Norte e Nordeste registram o maior crescimento da taxa de homicídios do país https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-02/norte-e-nordeste-registram-maior-crescimento-da-taxa-de-homicidios-do-pais <p> Renata Giraldi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O maior crescimento das taxas de homic&iacute;dios do pa&iacute;s foi registrado nas regi&otilde;es Norte e Nordeste no per&iacute;odo de 1999 a 2010. Em m&eacute;dia, eram 15 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes em 1999, n&uacute;mero que saltou para 35 assassinatos em 2010. No mesmo per&iacute;odo, foi registrada uma redu&ccedil;&atilde;o dos n&uacute;meros em S&atilde;o Paulo, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.</p> <p> O resultado est&aacute; na pesquisa Avan&ccedil;o no Socioecon&ocirc;mico, Retrocesso na Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Paradoxo Brasileiro?, do professor doutor Luis Fl&aacute;vio Sapori, coordenador do Centro de Pesquisas de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica da Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica de Minas Gerais (PUC-MG). O estudo usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada (Ipea) e das Na&ccedil;&otilde;es Unidas</p> <p> As cidades que registraram maior aumento nas taxas de homic&iacute;dios, conforme a pesquisa, foram Macei&oacute;, Recife, Salvador e Bel&eacute;m. Para Sartori, o que surpreende &eacute; que essas regi&otilde;es receberam investimentos p&uacute;blicos na tentativa de aumentar a inclus&atilde;o social, e, no entanto, registraram &ldquo;aumento expressivo&rdquo; da viol&ecirc;ncia.</p> <p> &ldquo;A criminalidade &eacute; afetada por fatores sociais diversos e complexos, que est&atilde;o al&eacute;m da mera inclus&atilde;o social&rdquo;, disse o pesquisador &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, lembrando que a execu&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas sociais eficientes surtem efeitos expressivos no cotidiano do pa&iacute;s. Como exemplos, citou medidas aplicadas pelos governos estaduais no Rio de Janeiro, em S&atilde;o Paulo, em Minas Gerais e tamb&eacute;m em Pernambuco.</p> <p> Sapori elogiou a instala&ccedil;&atilde;o de medidas como a Unidade de Pol&iacute;cia Pacificadora <strong>(UPP), </strong>controlada pelo governo estadual para desarticular os grupos organizados de contrabando de drogas e armas no Rio de Janeiro. Mas Sapori alertou que a medida &quot;n&atilde;o vai acabar com o tr&aacute;fico de drogas&rdquo;, por&eacute;m &eacute; uma a&ccedil;&atilde;o que &ldquo;pode evitar que esse com&eacute;rcio seja realizado com base na coer&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica e psicol&oacute;gica&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> assassinatos brasil combate à pobreza criminalidade estudo Nacional Nordeste Norte políticas públicas PUC-MG redução da violência taxa de homicídio violência Sat, 02 Mar 2013 14:51:43 +0000 aquintiere 715023 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Pobreza e aumento do número de assassinatos estão dissociados, aponta pesquisa https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-02/pobreza-e-aumento-do-numero-de-assassinatos-estao-dissociados-aponta-pesquisa <p> Renata Giraldi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O combate &agrave; pobreza n&atilde;o assegura a redu&ccedil;&atilde;o da viol&ecirc;ncia nem a da taxa de homic&iacute;dios no Brasil, conforme informa&ccedil;&atilde;o do estudo Avan&ccedil;o no Socioecon&ocirc;mico, Retrocesso na Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Paradoxo Brasileiro?, do professor doutor Luis Fl&aacute;vio Sapori, coordenador do Centro de Pesquisas de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica da Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica de Minas Gerais (PUC-MG). O estudo usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada (Ipea) e das Na&ccedil;&otilde;es Unidas. &nbsp;</p> <p> Para Sapori, &eacute; fundamental as autoridades observarem tr&ecirc;s fatores que levam &agrave; viol&ecirc;ncia e que n&atilde;o t&ecirc;m rela&ccedil;&atilde;o direta com a pobreza. &ldquo;&Eacute; preciso desfazer esse senso comum de que combatendo a pobreza quase que de maneira imediata ser&aacute; poss&iacute;vel reduzir a viol&ecirc;ncia e a taxa de homic&iacute;dios no pa&iacute;s&rdquo;, destacou o pesquisador &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> &ldquo;N&atilde;o &eacute; assim que funciona&rdquo;, acrescentou. &ldquo;A consolida&ccedil;&atilde;o das nossas institui&ccedil;&otilde;es democr&aacute;ticas e de uma efetiva justi&ccedil;a social dependem da nossa capacidade de controlar a criminalidade que vitimiza amplos segmentos da popula&ccedil;&atilde;o, em especial os mais pobres.&rdquo;</p> <p> Os fatores que contribuem para o aumento da viol&ecirc;ncia e, consequentemente, para a eleva&ccedil;&atilde;o da taxa de homic&iacute;dios, mencionados na pesquisa de Sapori, s&atilde;o a consolida&ccedil;&atilde;o do tr&aacute;fico de drogas, principalmente o consumo de drogas, os elevados n&iacute;veis de impunidade e a necessidade de ado&ccedil;&atilde;o de medidas mais eficientes para combater os dois aspectos anteriores.</p> <p> &ldquo;O que preocupa &eacute; como o governo trata a quest&atilde;o da viol&ecirc;ncia e a quest&atilde;o da pobreza e da mis&eacute;ria&rdquo;, ressaltou Sapori, que dever&aacute; publicar o estudo na revista <em>Desigualdade e Diversidade</em>, da PUC-MG. &ldquo;&Eacute; preciso repensar o que tem sido feito e como agir. A pesquisa mostra que, apesar dos ganhos sociais, a viol&ecirc;ncia aumenta.&rdquo;</p> <p> Pelos dados da pesquisa, h&aacute; um aumento cont&iacute;nuo e gradual na taxa de viol&ecirc;ncia no per&iacute;odo de 1999 a 2010. O n&uacute;mero saltou de 21 homic&iacute;dios para cada grupo de 100 mil habitantes para 31 homic&iacute;dios (para o mesmo n&uacute;mero de habitantes). A taxa &eacute; considerada elevada, segundo Sapori, e pode ser comparada a alguns pa&iacute;ses africanos apontados como os mais violentos do mundo.</p> <p> &ldquo;N&atilde;o h&aacute; qualidade de vida em uma sociedade que todos os anos coleciona mais de 50 mil v&iacute;timas de assassinatos&rdquo;, ressalta o estudo, referindo-se &agrave; m&eacute;dia de 50 assassinatos para cada 100 mil habitantes, registrada em alguns pa&iacute;ses africanos. Pela pesquisa, os pa&iacute;ses da Europa, da &Aacute;sia e da Oceania registram, em m&eacute;dia, os &iacute;ndices mais baixos de homic&iacute;dios, com cerca de tr&ecirc;s assassinatos para cada 100 mil habitantes.</p> <p> Nas Am&eacute;ricas, o Brasil &eacute; apontado entre os pa&iacute;ses mais violentos, ao lado do Paraguai, da Guatemala e de El Salvador, com base em dados da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU). Na &Aacute;frica, os mais violentos s&atilde;o &Aacute;frica do Sul, Uganda, Angola e Nig&eacute;ria. &nbsp; &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em><br /> &nbsp;</p> América do Sul assassinatos brasil combate à pobreza criminalidade estudo homicídios Nacional onu pobreza políticas públicas PUC-MG redução da violência violência Sat, 02 Mar 2013 14:12:13 +0000 aquintiere 715021 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/