Claudio Maretti https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/153072/all pt-br Área na Amazônia boliviana entra na lista de prioridades internacionais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-02-06/area-na-amazonia-boliviana-entra-na-lista-de-prioridades-internacionais <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/Palma%20real%2C%20Lago%20Rogaguado%2C%20Beni%2C%20Omar%20Rocha%20O%20media.jpg" style="width: 300px; height: 225px; float: right;" />Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> </em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Llanos de Moxos, na Amaz&ocirc;nia boliviana, considerada a maior &aacute;rea &uacute;mida do mundo, foi inclu&iacute;da na lista de &aacute;reas priorit&aacute;rias pela comunidade internacional que recomenda medidas de conserva&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea. A decis&atilde;o foi anunciada pelo grupo de mais de 150 pa&iacute;ses signat&aacute;rios da Conven&ccedil;&atilde;o sobre &Aacute;reas &Uacute;midas de Import&acirc;ncia Internacional, assinada em 1971, no Ir&atilde;.</p> <p> Com essa esp&eacute;cie de &ldquo;tombamento da regi&atilde;o&rdquo;, que ocupa quase 7 milh&otilde;es de hectares, os pa&iacute;ses pretendem afastar amea&ccedil;as que poderiam impactar outros territ&oacute;rios, como desvio de fluxos de &aacute;gua em fun&ccedil;&atilde;o de constru&ccedil;&otilde;es de estradas ou da pecu&aacute;ria extensiva e planta&ccedil;&otilde;es de soja, por exemplo.</p> <p> Especialistas defendem que &aacute;reas como Llanos de Moxos s&atilde;o capazes de evitar inunda&ccedil;&otilde;es, manter vaz&otilde;es m&iacute;nimas nos rios durante a esta&ccedil;&atilde;o seca e regular o ciclo hidrol&oacute;gico da regi&atilde;o. L&iacute;der da Iniciativa Amaz&ocirc;nia Viva da Rede WWF, Claudio Maretti, engrossa o coro do grupo que garante que a conserva&ccedil;&atilde;o das &aacute;reas asseguram o bom funcionamento de todo o bioma amaz&ocirc;nico, que abrange nove pa&iacute;ses.</p> <p> &ldquo;S&atilde;o &aacute;reas &uacute;midas da Amaz&ocirc;nia, como minipantanais, e essas &aacute;guas escoam para o Brasil tamb&eacute;m. A sanidade desses cursos da &aacute;gua e dos servi&ccedil;os ecol&oacute;gicos que oferecem, como o retardo de cheias, beneficia as &aacute;reas brasileiras em termos de produtividade pesqueira e estabilidade de ecossistemas e at&eacute; da produ&ccedil;&atilde;o hidrel&eacute;trica&rdquo;, explicou Maretti.</p> <p> Outra bandeira levantada pelos que defendem a implanta&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas de uso sustent&aacute;vel nessas &aacute;reas &eacute; a de que, com a articula&ccedil;&atilde;o de medidas de conserva&ccedil;&atilde;o com atividades econ&ocirc;micas, as unidades s&atilde;o capazes de regular, inclusive, o clima. &ldquo;Funciona como uma esp&eacute;cie de ar-condicionado, resfriando o clima pela umidade que faz circular, gerando chuvas no centro-sul da Am&eacute;rica do Sul, como na regi&atilde;o do bioma Cerrado, S&atilde;o Paulo e mesmo de outros pa&iacute;ses como o Paraguai&rdquo;, disse.</p> <p> A decis&atilde;o, entretanto, n&atilde;o cria obriga&ccedil;&otilde;es administrativas para os pa&iacute;ses ou, especificamente, para o governo boliviano.</p> <p> &ldquo;A conven&ccedil;&atilde;o tem uma influ&ecirc;ncia limitada no n&iacute;vel nacional. O pa&iacute;s que apresenta uma &aacute;rea candidata ao s&iacute;tio da conven&ccedil;&atilde;o se compromete com algumas diretrizes, mas n&atilde;o &eacute;, necessariamente, uma cria&ccedil;&atilde;o de &aacute;rea protegida e, sim, o reconhecimento internacional que aquela &aacute;rea merece estar na lista&rdquo;, explicou Maretti. &ldquo;A Bol&iacute;via ofereceu a &aacute;rea para candidatura depois de um estudo que apresentou conclus&otilde;es sobre o potencial da &aacute;rea e aceitou regras de conserva&ccedil;&atilde;o&rdquo;, acrescentou.</p> <p> A expectativa &eacute; que o governo boliviano implemente pol&iacute;ticas de uso sustent&aacute;vel que garantam a conserva&ccedil;&atilde;o dos recursos h&iacute;dricos e servi&ccedil;os ecol&oacute;gicos, sem excluir as atividades econ&ocirc;micas que j&aacute; s&atilde;o desenvolvidas na regi&atilde;o.</p> <p> Os compromissos volunt&aacute;rios podem ser adotados por qualquer representante da conven&ccedil;&atilde;o. De acordo com a organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental WWF, os levantamentos feitos na &aacute;rea apontaram que Llanos de Moxos concentra 131 esp&eacute;cies de mam&iacute;feros, 568 diferentes aves, 102 de r&eacute;pteis, 62 de anf&iacute;bios, 625 de peixes e pelo menos mil esp&eacute;cies de plantas.</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: L&iacute;lian Beraldo</em></p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> Amazônia boliviana áreas úmidas Bolívia Claudio Maretti Llanos de Moxos Meio Ambiente uso sustentável WWF Wed, 06 Feb 2013 11:01:06 +0000 lilian.beraldo 713323 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/