ITC https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/152787/all pt-br Especialistas alertam sobre risco do uso de analgésicos para aliviar dor nas costas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-02-02/especialistas-alertam-sobre-risco-do-uso-de-analgesicos-para-aliviar-dor-nas-costas <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/24/gallery_assist713091/prev/AgenciaBrasil020213FRP-DSC_0048.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: left;" />Pedro Peduzzi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Usar relaxantes musculares ou analg&eacute;sicos para aliviar aquela dorzinha que de vez em quando aparece nas costas &eacute; uma estrat&eacute;gia desaconselh&aacute;vel e pode resultar em dano maior &agrave; coluna vertebral. Para informar as pessoas sobre as principais medidas de preven&ccedil;&atilde;o e os riscos que algumas atividades podem trazer &agrave; coluna, diversos fisioterapeutas, especialistas em tratamentos para a coluna, lan&ccedil;aram hoje (2), de forma simult&acirc;nea, em 30 cidades, a Campanha Nacional Alerta para Preven&ccedil;&atilde;o de Dores nas Costas.</p> <p> Em Bras&iacute;lia, fisioterapeutas foram ao Parque da Cidade para alertar os frequentadores do local. &ldquo;Nosso foco &eacute; a preven&ccedil;&atilde;o desses problemas e chamar a aten&ccedil;&atilde;o para a necessidade de um diagn&oacute;stico precoce, al&eacute;m de contribuir para que as pessoas tomem a decis&atilde;o de melhorar a postura para proteger a coluna&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> a diretora do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC), &Acirc;ngela Lepesqueur.</p> <p> Segundo a fisioterapeuta, as pessoas precisam ficar atentas a quaisquer dores irradiadas (aquelas que percorrem um caminho ao longo do corpo, em geral associadas aos nervos comprometidos), formigamentos e dorm&ecirc;ncia em membros, falta de for&ccedil;a, dores espont&acirc;neas que surgem sem motivo aparente, al&eacute;m de contraturas musculares nas regi&otilde;es lombar e cervical e dores locais ou decorrentes de posturas mantidas.</p> <p> &ldquo;O maior problema &eacute; quando a pessoa resolve o inc&ocirc;modo tomando analg&eacute;sicos, porque deixa de investigar a causa e, com isso, o problema fica maior&rdquo;, ressalta &Acirc;ngela.</p> <p> Foi o que aconteceu com o lanterneiro (funileiro) Revanildo Rodrigues, 38, morador da Estrutural. &ldquo;Eles me alertaram que &eacute; importante eu estar sempre atento &agrave; minha postura e que tenho de reeducar meu corpo&rdquo;, disse. O trabalho de Revanildo requer muito esfor&ccedil;o f&iacute;sico, e a dor o acompanha h&aacute; mais de oito anos.</p> <p> &ldquo;Minha regi&atilde;o lombar d&oacute;i a toda hora, todo dia e a todo minuto, mas nunca fiz nenhum tipo de tratamento. Soube que ia ter essa campanha aqui no parque e resolvi vir. Eu n&atilde;o associava essas dores &agrave; minha postura. Tomava ent&atilde;o relaxantes musculares e achava que estava pronto para o dia seguinte&rdquo;, disse o lanterneiro.</p> <p> O problema de sa&uacute;de ent&atilde;o come&ccedil;ou a se transformar em problema financeiro. &ldquo;Era comum eu ficar dois ou tr&ecirc;s dias sem trabalhar. Como sou aut&ocirc;nomo, ganho pelo servi&ccedil;o. As repeti&ccedil;&otilde;es [das crises de dor] acabaram comprometendo entre 30% e 40% dos meus ganhos mensais&rdquo;.</p> <p> A conversa com os fisioterapeutas ajudou Revanildo a se convencer de que precisa consultar especialistas no problema. &ldquo;Na segunda-feira vou ao fisioterapeuta ver qual &eacute; o exerc&iacute;cio ideal para ajudar a reeducar minha postura. Do jeito que est&aacute;, n&atilde;o tem como. E a tend&ecirc;ncia &eacute; piorar&rdquo;, concluiu.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/24/gallery_assist713091/prev/AgenciaBrasil020213FRPDSC_0052.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Outras pessoas precisam de tratamento para lidar com problemas cong&ecirc;nitos. &ldquo;Nasci com uma v&eacute;rtebra a mais do que o normal&rdquo;, explica a farmac&ecirc;utica D&eacute;bora Souza, 46, moradora do bairro Sudoeste. &ldquo;Isso resulta em uma compress&atilde;o da v&eacute;rtebra sobre as outras, o que me causa dores desde os 30 anos&rdquo;, acrescentou.</p> <p> Por causa do problema, D&eacute;bora teve de abandonar diversas atividades f&iacute;sicas que tinha como <em>hobby</em>. &ldquo;Eu gostava de <em>trekking</em> [caminhada em trilhas], bicicleta, v&ocirc;lei. Tive de abandonar tudo por causa da dor. Para piorar, fiquei traumatizada com o ortopedista que me orientou a fazer muscula&ccedil;&atilde;o e pilates. Como a orienta&ccedil;&atilde;o da academia n&atilde;o era espec&iacute;fica para o meu problema, acabei for&ccedil;ando [de forma inadequada] a minha coluna. O resultado foi que as dores aumentaram ainda mais&rdquo;, disse a farmac&ecirc;utica.</p> <p> &ldquo;Um m&eacute;dico chegou ao c&uacute;mulo de recomendar que eu fosse a um psiquiatra por achar que a origem do problema era de fundo psicol&oacute;gico&rdquo;, acrescentou. A solu&ccedil;&atilde;o foi apresentada por um fisioterapeuta: duas sess&otilde;es semanais de fisioterapia e pilates leve e direcionado ao problema. Com o tempo, a musculatura fortaleceu e hoje a farmac&ecirc;utica j&aacute; pode fazer exerc&iacute;cios de maior intensidade.</p> <p> Depois de descobrir que tinha tr&ecirc;s h&eacute;rnias de disco na coluna lombar e de sentir muita dor, a engenheira mec&acirc;nica Juliana Mol, 35, moradora do Sudoeste, ouviu de seu m&eacute;dico a recomenda&ccedil;&atilde;o de que fizesse hidroterapia. Infelizmente, as dores continuaram. O m&eacute;dico sugeriu, ent&atilde;o, que ela fizesse uma cirurgia.</p> <p> &ldquo;O problema &eacute; que ele n&atilde;o garantiu que a cirurgia aliviaria minha dor. Em meio a essa incerteza, optei por um tratamento conservador. Foram cinco meses de fisioterapia para introduzir os exerc&iacute;cios ideais. Sentia que a dor ia e voltava, e, gradativamente, a dor virou desconforto para, depois, desaparecer&rdquo;, disse a engenheira, que faz fisioterapia h&aacute; dois anos.</p> <p> Professor de educa&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica, Andrett adverte: exerc&iacute;cios sem orienta&ccedil;&atilde;o profissional podem resultar em danos &agrave; sa&uacute;de. Nesse sentido, o acesso a equipamentos p&uacute;blicos de muscula&ccedil;&atilde;o representa um risco maior aos praticantes. &ldquo;A gente sabe que muitos n&atilde;o t&ecirc;m acesso a profissionais para orientar as atividades f&iacute;sicas. O que indicamos para esses casos &eacute; que eles pratiquem a atividade de forma mais moderada e com maior amplitude [maior n&uacute;mero de repeti&ccedil;&otilde;es do exerc&iacute;cio, mas com uma carga mais leve], sempre lembrando que a dor &eacute; o limite de qualquer movimento&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> alerta analgésicos campanha coluna vertebral dor nas costas especialistas fisioterapeutas ITC prevenção relaxantes musculares risco riscos Saúde tratamentos uso Sat, 02 Feb 2013 16:55:24 +0000 gracaadjuto 713100 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/