ameaça de extinção https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/152014/all pt-br Pesquisador alerta para ameaça de extinção de um dos menores golfinhos do mundo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-26/pesquisador-alerta-para-ameaca-de-extincao-de-um-dos-menores-golfinhos-do-mundo <p> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - Cet&aacute;ceo encontrado na Am&eacute;rica do Sul, a toninha est&aacute; em risco de extin&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de bastante amea&ccedil;ada pela pesca de emalhe &ndash; modalidade feita com as chamadas redes de pesca passivas, nas quais os animais ficam presos em suas malhas devido ao seu pr&oacute;prio movimento. O alerta &eacute; do pesquisador do Laborat&oacute;rio de Mam&iacute;feros Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), Emanuel Carvalho Ferreira.</p> <p> &ldquo;A pescaria de emalhe &eacute; o que mais afeta e p&otilde;e em risco esse animal. A toninha &eacute; uma esp&eacute;cie costeira que habita &aacute;guas rasas e, muitas vezes, as &aacute;reas de pesca sobrep&otilde;em com as de ocorr&ecirc;ncia da toninha&rdquo;. O cet&aacute;ceo &eacute; uma das menores esp&eacute;cies de golfinho do mundo e pode ser encontrado em &aacute;guas de at&eacute; cerca de 35 metros de profundidade, da costa do Esp&iacute;rito Santo &agrave; Argentina. O animal tem colora&ccedil;&atilde;o parda-marrom, bico comprido e mede entre 1,30 e 1,70 metro.</p> <p> A pesca de emalhe acaba levando &agrave; captura acidental e &agrave; morte de quase mil toninhas por ano, somente no Rio Grande do Sul, disse o pesquisador &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil. </strong>Ele &eacute; autor da pesquisa A Mortalidade de Toninhas nas Pescarias de Emalhe na Costa Sul do Rio Grande do Sul. O estudo constatou que, se fosse proibida a pesca em &aacute;guas consideradas rasas, a &aacute;rea de prote&ccedil;&atilde;o ambiental poderia diminuir em at&eacute; 75% a captura desses animais. Ferreira explicou que a pescaria de emalhe vai de 5 a 150 metros de profundidade. &ldquo;&Eacute; uma pescaria direcionada para peixes de fundo&rdquo;.</p> <p> A pesca de emalhe &eacute; denominada passiva porque a rede &eacute; deixada na &aacute;gua por algumas horas antes de ser recolhida. &ldquo;Hoje em dia o problema &eacute; com o tamanho das redes&rdquo;, disse o pesquisador. At&eacute; pouco tempo encontravam-se redes com at&eacute; 35 quil&ocirc;metros de extens&atilde;o. &ldquo;Uma rede com 35 quil&ocirc;metros de extens&atilde;o deixada no mar por seis a oito horas, vira uma barreira n&atilde;o s&oacute; para a toninha, mas para qualquer esp&eacute;cie de vida marinha que pode ser capturada pela pesca&rdquo;.</p> <p> Ferreira quer sensibilizar as autoridades governamentais para que delimitem a pesca de emalhe somente para &aacute;guas profundas e que as redes atinjam o tamanho de 7,5 quil&ocirc;metros de extens&atilde;o, fixado como preferencial para essa pr&aacute;tica no Plano Nacional para a Conserva&ccedil;&atilde;o da Toninha, elaborado pelo Minist&eacute;rio do Meio Ambiente e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renov&aacute;veis (Ibama).</p> <p> No ano passado saiu a regulamenta&ccedil;&atilde;o desse tipo de pesca. A norma estabelece o escalonamento do tamanho das redes. Enquanto na costa do Rio Grande do Sul, as embarca&ccedil;&otilde;es grandes n&atilde;o podem levar redes com mais de 16 quil&ocirc;metros, em outros estados, como Esp&iacute;rito Santo, Rio de Janeiro, S&atilde;o Paulo, Paran&aacute; e Santa Catarina, s&atilde;o permitidas redes com at&eacute; 18 quil&ocirc;metros de extens&atilde;o.</p> <p> &ldquo;&Eacute; preciso diminuir mais&rdquo;, disse Ferreira. Para ele, o escalonamento &eacute; um ponto de partida, embora o ideal, preconizado no Plano Nacional para a Conserva&ccedil;&atilde;o da Toninha, sejam redes com at&eacute; 7,5 quil&ocirc;metros. O plano determina que o tamanho das redes diminua de forma gradual ao longo dos anos. Ferreira defende que isso ocorra com urg&ecirc;ncia, uma vez que essa modalidade de pesca n&atilde;o amea&ccedil;a somente a toninha.</p> <p> &ldquo;Atinge esp&eacute;cies de tartarugas, algumas aves e esp&eacute;cies de tubar&otilde;es amea&ccedil;ados de extin&ccedil;&atilde;o, que se reproduzem em regi&otilde;es rasas&rdquo;. &Eacute; o caso do tubar&atilde;o-ca&ccedil;&atilde;o anjo, cuja captura comercial j&aacute; est&aacute; proibida. Se a pesca for proibida nessas regi&otilde;es, o pesquisador acredita que o ecossistema marinho ser&aacute; preservado.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Tereza Barbosa</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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