Casa do Pesquisador Brasileiro em Moçambique https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/149761/all pt-br Pesquisadores brasileiros terão casa de apoio em Moçambique https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-12-15/pesquisadores-brasileiros-terao-casa-de-apoio-em-mocambique <p> Akemi Nitahara<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> </em></p> <p> <br /> Rio de Janeiro &ndash; Para intensificar a coopera&ccedil;&atilde;o entre Brasil e Mo&ccedil;ambique, uma parceria vai permitir a cria&ccedil;&atilde;o, na prov&iacute;ncia de Niassa, no Norte do pa&iacute;s africano, da Casa do Pesquisador Brasileiro em Mo&ccedil;ambique. A informa&ccedil;&atilde;o &eacute; do professor Rodrigo Medeiros, que coordena o curso de mestrado em pr&aacute;ticas em desenvolvimento sustent&aacute;vel da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).</p> <p> A primeira turma da p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o passou duas semanas em Mo&ccedil;ambique no m&ecirc;s passado, acompanhando projetos de desenvolvimento local. De acordo com Medeiros, a ideia &eacute; ter uma estrutura fixa para receber miss&otilde;es e pesquisadores brasileiros, j&aacute; que a coopera&ccedil;&atilde;o entre os dois pa&iacute;ses est&aacute; aumentando. Atualmente, a Ag&ecirc;ncia Brasileira de Coopera&ccedil;&atilde;o (ABC), do Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, atua em 97 projetos de coopera&ccedil;&atilde;o Sul-Sul com Mo&ccedil;ambique.</p> <p> &ldquo;Com essa coopera&ccedil;&atilde;o, a tend&ecirc;ncia &eacute; que aumente a frequ&ecirc;ncia de miss&otilde;es brasileiras, seja da nossa universidade ou de outras institui&ccedil;&otilde;es que est&atilde;o trabalhando naquela regi&atilde;o. A gente desenhou a proposta de uma sede fixa, uma casa que possa receber e hospedar as pessoas das miss&otilde;es, com estrutura de sala de trabalho, escrit&oacute;rio, sala de reuni&atilde;o. Um espa&ccedil;o simb&oacute;lico, mas concreto, dessa coopera&ccedil;&atilde;o Brasil-Mo&ccedil;ambique&rdquo;, diz o professor.</p> <p> Medeiros diz que a proposta, em conjunto com a Universidade L&uacute;rio, foi bem aceita pelo governo local, que se comprometeu a encontrar o espa&ccedil;o para que a casa seja montada. &ldquo;Como contrapartida, a gente viabilizaria os equipamentos, a reforma e a adequa&ccedil;&atilde;o da casa, para come&ccedil;ar a funcionar j&aacute; no primeiro semestre do ano que vem.&rdquo;</p> <p> Al&eacute;m de servir como hospedagem e local de trabalho, a ideia &eacute; que tamb&eacute;m sejam desenvolvidas na casa atividades como palestras, cursos de extens&atilde;o e atra&ccedil;&otilde;es culturais para a comunidade.</p> <p> A miss&atilde;o da UFRRJ levou <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-05/brasileiros-levam-projetos-de-desenvolvimento-sustentavel-mocambique">17 estudantes da p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o a Mo&ccedil;ambique</a>. Para Medeiros, al&eacute;m de participar de um pequeno projeto, adaptado a uma realidade de desenvolvimento diferente da brasileira, o treinamento de campo &ldquo;permite que o aluno possa desenvolver uma vis&atilde;o cr&iacute;tica sobre toda essa quest&atilde;o da agenda do desenvolvimento, os desafios em uma situa&ccedil;&atilde;o de vulnerabilidade total como a que a gente encontrou na regi&atilde;o de Mo&ccedil;ambique&rdquo;.</p> <p> Integrante da miss&atilde;o, o economista Jadiel Guerra de Moura elogiou a experi&ecirc;ncia na cidade mo&ccedil;ambicana de Lichinga, onde participou de um projeto de agricultura familiar. Segundo ele, foi &ldquo;maravilhoso&rdquo; conviver com realidades parecidas com a brasileira e ter a oportunidade de desenvolver um projeto que contribui para a redu&ccedil;&atilde;o da pobreza e melhoria das condi&ccedil;&otilde;es de vida da popula&ccedil;&atilde;o local.</p> <p> &ldquo;Como a profiss&atilde;o de economista &eacute; muito abrangente, nesse trabalho tivemos a oportunidade de conviver com microrrealidades de pobreza, de car&ecirc;ncia alimentar, o que nos permitiu apresentar alguma coisa concreta e solu&ccedil;&otilde;es de problema.&rdquo;</p> <p> Para ele, esse trabalho precisa ter um car&aacute;ter profissional de gest&atilde;o e pode ser replicado em toda a &Aacute;frica, assim como e em algumas regi&otilde;es do Brasil, &ldquo;onde as pessoas podem e devem aproveitar campos e &aacute;reas para plantar o milho, o feij&atilde;o, a mandioca e, assim, com a agricultura campesina, produzir a pr&oacute;pria comida, ampliar e resolver problemas de fome que tamb&eacute;m assolam o nosso pa&iacute;s. A agricultura familiar, a agricultura agroecol&oacute;gica &eacute; a solu&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p> De acordo com o professor Medeiros, a partir de 2013, a Universidade L&uacute;rio tamb&eacute;m vai oferecer o programa de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o para atender estudantes de Mo&ccedil;ambique, passando a integrar a Associa&ccedil;&atilde;o Internacional de Mestrados em Pr&aacute;ticas em Desenvolvimento Sustent&aacute;vel (GlobalMDP). &ldquo;Eles ter&atilde;o a mesma grade e a mesma l&oacute;gica de treinamento de campo, mas como n&oacute;s levamos os alunos para Mo&ccedil;ambique para ter essa vis&atilde;o diferenciada da realidade, os mestrandos da Unil&uacute;rio v&atilde;o poder desenvolver o treinamento de campo no Brasil para ter essa experi&ecirc;ncia internacional.&rdquo;</p> <p> &nbsp;</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: L&iacute;lian Beraldo</em></p> brasil Casa do Pesquisador Brasileiro em Moçambique desenvolvimento sustentável Moçambique Pesquisa e Inovação pós-graduação UFRRJ Universidade Lúrio Sat, 15 Dec 2012 19:44:25 +0000 lilian.beraldo 710188 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/