usina Ester https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/149420/all pt-br Justiça suspende decisão para retirada de moradores de assentamento no interior paulista https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-30/justica-suspende-decisao-para-retirada-de-moradores-de-assentamento-no-interior-paulista <p> Marli Moreira<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo - Por decis&atilde;o do Tribunal Regional Federal da 3&ordf; Regi&atilde;o (TRF3), foi suspensa a determina&ccedil;&atilde;o judicial para que 66 fam&iacute;lias desocupassem hoje (30) o Assentamento Milton Santos, uma &aacute;rea rural de cerca de 104 hectares localizada em Americana, no interior paulista.</p> <p> A ju&iacute;za federal Louise Filgueiras deferiu ontem (29) o pedido de liminar protocolado pela Advocacia-Geral da Uni&atilde;o (AGU) e adiou a a&ccedil;&atilde;o de reintegra&ccedil;&atilde;o de posse at&eacute; que a quest&atilde;o seja analisada pelo &oacute;rg&atilde;o colegiado da 5&ordf; Turma do TRF3.</p> <p> Na semana passada, integrantes do Assentamento Milton Santos <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-01-23/assentados-ocupam-sede-do-instituto-lula-para-pressionar-ex-presidente-interceder-contra-acao-de-desp" target="_blank">ocuparam na capital paulista a sede do Instituto Lula</a> e a superintend&ecirc;ncia do Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria (Incra) em protesto contra a reintegra&ccedil;&atilde;o de posse e para pedir a intercess&atilde;o do ex-presidente da Rep&uacute;blica na quest&atilde;o.</p> <p> No final do ano passado, em outra a&ccedil;&atilde;o para garantir a perman&ecirc;ncia dos assentados, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-12-10/manifestantes-ocupam-predio-da-presidencia-em-sao-paulo-para-pedir-desapropriacao-de-assentamento" target="_blank">manifestantes ocuparam o escrit&oacute;rio da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica em S&atilde;o Paulo</a> para pressionar a presidenta Dilma Rousseff a assinar um decreto de desapropria&ccedil;&atilde;o do Assentamento Milton Santos.</p> <p> O conflito pela &aacute;rea teve in&iacute;cio em 1976, quando as terras foram confiscadas pelo governo para pagamento de d&iacute;vida da fam&iacute;lia Abdalla com a Uni&atilde;o. Em 1996, a fam&iacute;lia ganhou na Justi&ccedil;a o direito de retomar a propriedade, mas, segundo o movimento, a matr&iacute;cula foi mantida em nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).</p> <p> No final de 2005, o INSS passou a &aacute;rea para o Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria (Incra), que assentou as fam&iacute;lias h&aacute; seis anos. No entanto, no ano passado, os propriet&aacute;rios da Usina Ester reivindicaram, na Justi&ccedil;a a reintegra&ccedil;&atilde;o de posse na qualidade de arrendat&aacute;rios, conforme contrato que tinham firmado com o Grupo Abdalla, antigos propriet&aacute;rios.</p> <p> Segundo a Advocacia-Geral da Uni&atilde;o, a liminar foi deferida na a&ccedil;&atilde;o de oposi&ccedil;&atilde;o apresentada em defesa do INSS que busca comprovar a titularidade da &aacute;rea. A AGU tamb&eacute;m informa que h&aacute; documentos comprovando, em registros imobili&aacute;rios, que o im&oacute;vel est&aacute; em nome do instituto.</p> <p> Uma das coordenadoras do assentamento, Luciana Henrique da Silva, informou que a suspens&atilde;o da retirada animou os assentados. &ldquo;Existem planos de aumentar e diversificar o plantio que &eacute;, basicamente, de verduras e legumes, e de participar de concorr&ecirc;ncias p&uacute;blicas para fornecer alimentos &agrave;s escolas&rdquo;, contou ela. Segundo ainda relatou, no local vivem em torno de 200 pessoas.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;</em> <em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> assentamento em Americana Assentamento Milton Santos decisão judicial família Abdalla Incra inss Nacional ocupação de prédio da presidência Secretaria-Geral da Presidência TRF3 usina Ester Wed, 30 Jan 2013 17:31:07 +0000 davi.oliveira 712854 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Manifestantes ocupam prédio da Presidência em São Paulo para pedir desapropriação de assentamento https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-12-10/manifestantes-ocupam-predio-da-presidencia-em-sao-paulo-para-pedir-desapropriacao-de-assentamento <p> Elaine Patricia Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo - Moradores do Assentamento Milton Santos, de Americana (SP), que haviam ocupado na manh&atilde; de hoje (10) o pr&eacute;dio da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, na Avenida Paulista, em S&atilde;o Paulo, deixaram o local por volta das 15h10. Os organizadores informaram a presen&ccedil;a de 150 manifestantes, enquanto a Pol&iacute;cia Militar estimou a participa&ccedil;&atilde;o de 70 pessoas.</p> <p> &Eacute; a terceira ocupa&ccedil;&atilde;o feita pelo movimento no local para pressionar o governo federal a dar &ldquo;uma solu&ccedil;&atilde;o definitiva&rdquo; sobre a &aacute;rea assentada. Os assentados pedem agilidade do governo federal para resolver a disputa jur&iacute;dica envolvendo a &aacute;rea que ocupam h&aacute; quase sete anos. Em assembleia ocorrida na tarde de hoje, os assentados decidiram deixar o local, mas devem permanecer em S&atilde;o Paulo, j&aacute; que preparam um novo ato para amanh&atilde; (11), ainda n&atilde;o informado.</p> <p> As fam&iacute;lias t&ecirc;m at&eacute; 15 dias, ap&oacute;s serem notificadas - o que ainda n&atilde;o ocorreu - para sa&iacute;rem do local, j&aacute; que h&aacute; um mandado de reintegra&ccedil;&atilde;o de posse a ser cumprido. Com a ocupa&ccedil;&atilde;o do pr&eacute;dio da Presid&ecirc;ncia, os assentados pretendem pressionar o governo para fazer a desapropria&ccedil;&atilde;o do terreno por interesse social, &uacute;nica medida legal que pode reverter a ordem de despejo.</p> <p> &ldquo;Estamos muito apreensivos. S&atilde;o 68 fam&iacute;lias, mais dez fam&iacute;lias de agregados, que vivem no local. Estamos l&aacute; h&aacute; bastante tempo. J&aacute; temos nossas casas constru&iacute;das. J&aacute; acessamos todos os cr&eacute;ditos, como o Pronaf, e inclusive estamos produzindo&rdquo;, disse Luciana Henrique da Silva, uma das assentadas que esteve hoje em S&atilde;o Paulo.</p> <p> Segundo Luciana, o assentamento existe desde 2006. &ldquo;Era uma &aacute;rea que j&aacute; tinha sido ocupada outras vezes por outras fam&iacute;lias de sem-terra. Est&aacute;vamos acampados em uma outra &aacute;rea e t&iacute;nhamos sido despejados. Esse processo caminhou na Justi&ccedil;a e o Incra [Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria] nos encaminhou para essa &aacute;rea em dezembro de 2005. Mas houve alguma revers&atilde;o na Justi&ccedil;a, que concedeu reintegra&ccedil;&atilde;o de posse para os antigos propriet&aacute;rios&rdquo;, disse Luciana &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> &ldquo;H&aacute; uma liminar de despejo e o governo n&atilde;o toma uma medida efetiva, embora tenhamos conversado bastante [com os &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos]. Estamos muito apreensivos&rdquo;, ressaltou Luciana. Segundo ela, o superintendente do Incra de S&atilde;o Paulo, Wellington Diniz, se comprometeu a visitar o assentamento na pr&oacute;xima quarta-feira.</p> <p> O advogado Vandr&eacute; Paladini Ferreira, que defende os assentados, disse que j&aacute; foram feitas v&aacute;rias reuni&otilde;es com membros do governo e do Incra, mas sem sucesso. &ldquo;Ali &eacute; um pr&eacute;-assentamento. H&aacute; seis anos, o Incra reivindicou a &aacute;rea porque &eacute; propriedade do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. O Incra foi l&aacute;, fez o assentamento, colocou as fam&iacute;lias l&aacute; dentro - que j&aacute; estavam cadastradas no programa de reforma agr&aacute;ria - e garantiu que elas ficariam ali&rdquo;, explicou o advogado.</p> <p> &ldquo;Nesse decorrer do tempo, o governo federal investiu muito para as fam&iacute;lias come&ccedil;arem a produzir e construir suas casas. O assentamento hoje &eacute; totalmente produtivo. Eles fornecem para toda a rede municipal de escolas da regi&atilde;o&rdquo;, disse o advogado.</p> <p> As fam&iacute;lias foram informadas sobre a exist&ecirc;ncia de uma ordem de despejo em julho deste ano. A fam&iacute;lia Abdalla, antiga propriet&aacute;ria da &aacute;rea, solicitou a reintegra&ccedil;&atilde;o de posse, concedida depois pela Justi&ccedil;a Federal. O Incra foi ent&atilde;o intimado a cumprir a decis&atilde;o dentro do prazo de 30 dias, que foi prorrogado por 120 dias, sob pena de multa de R$ 5 mil.</p> <p> &ldquo;Essa fam&iacute;lia Abdalla tinha perdido a &aacute;rea para o INSS por conta de d&iacute;vidas. Mas, entraram com uma a&ccedil;&atilde;o judicial questionando a expropria&ccedil;&atilde;o pelo INSS e ganharam a decis&atilde;o em primeira inst&acirc;ncia. O INSS recorreu e esse processo continua em tr&acirc;mite e n&atilde;o tem uma defini&ccedil;&atilde;o ainda&rdquo;, disse Vandr&eacute; Ferreira.</p> <p> Al&eacute;m disso, segundo ele, h&aacute; a outra a&ccedil;&atilde;o judicial, de reintegra&ccedil;&atilde;o de posse. &ldquo;H&aacute; seis anos, o Incra entrou [com um processo] contra a Usina Ester [que tinha arrendado a &aacute;rea da fam&iacute;lia Abdalla] e ganhou. Foi quando o Incra chamou as fam&iacute;lias para irem para l&aacute;. Agora, sete anos depois, a Usina Ester conseguiu a revers&atilde;o da liminar em seu favor, exigindo que o Incra retire aquelas fam&iacute;lias&rdquo;, explicou o advogado.</p> <p> Os manifestantes chegaram &agrave; sede da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica por volta das 10h da manh&atilde;. Segundo a pol&iacute;cia e os manifestantes, a ocupa&ccedil;&atilde;o se deu de forma pac&iacute;fica. Ainda pela manh&atilde;, uma comiss&atilde;o composta por cerca de 18 representantes do assentamento foi recebida pelo secret&aacute;rio executivo da Secretaria-Geral da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, Rog&eacute;rio Sottili.</p> <p> Procurada pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, a Secretaria-Geral da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica respondeu que a ocupa&ccedil;&atilde;o do pr&eacute;dio foi pac&iacute;fica, sem tumultos, e confirmou a participa&ccedil;&atilde;o de Rog&eacute;rio Sottili na reuni&atilde;o ocorrida na manh&atilde; de hoje (10). A secretaria disse ter conversado com o governo de S&atilde;o Paulo, que se comprometeu a n&atilde;o fazer a retirada das fam&iacute;lias at&eacute; que a quest&atilde;o seja resolvida.</p> <p> Segundo a secretaria, o governo federal n&atilde;o tem ainda uma posi&ccedil;&atilde;o oficial sobre o pedido dos manifestantes, mas reconhece que n&atilde;o h&aacute; sentido em se fazer a retirada das fam&iacute;lias da &aacute;rea. O Incra, por sua vez, respondeu que &ldquo;o entendimento &eacute; que a regi&atilde;o &eacute; um assentamento&rdquo;. Al&eacute;m disso. O &oacute;rg&atilde;o respeita as decis&otilde;es judiciais e se reserva o direito de usar instrumentos jur&iacute;dicos para question&aacute;-los&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> Assentamento Milton Santos família Abdalla Incra inss Nacional ocupação de prédio da presidência Secretaria-Geral da Presidência usina Ester Mon, 10 Dec 2012 19:35:34 +0000 davi.oliveira 709806 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/