Centrel Lumina https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/148065/all pt-br Rhodia diz que lixo tóxico depositado em São Vicente terá destino diferente https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-24/rhodia-diz-que-lixo-toxico-depositado-em-sao-vicente-tera-destino-diferente <p> Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; A empresa Rhodia n&atilde;o planeja dar a mesma destina&ccedil;&atilde;o do lixo t&oacute;xico armazenado na antiga f&aacute;brica de Cubat&atilde;o aos res&iacute;duos que est&atilde;o concentrados em um terreno de S&atilde;o Vicente, munic&iacute;pio do litoral paulista, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> o diretor industrial da institui&ccedil;&atilde;o, Gerson Oliveira.</p> <p> &ldquo;N&atilde;o &eacute; uma opera&ccedil;&atilde;o retida pela organiza&ccedil;&atilde;o neste momento. Estamos buscando alternativas&rdquo;, declarou. Ele aponta que o confinamento a que o material est&aacute; sujeito no local &eacute; uma boa solu&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica, pois n&atilde;o oferece risco &agrave;s pessoas, nem ao meio ambiente.</p> <p> De acordo com a Rhodia, cerca de 3 mil toneladas de lixo t&oacute;xico, que resultou do processo de produ&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria em Cubat&atilde;o, na Baixada Santista, ser&atilde;o transportados para Cama&ccedil;ari, regi&atilde;o metropolitana de Salvador (BA), para ser incinerado pela empresa de solu&ccedil;&otilde;es ambientais Cetrel Lumina. O material &eacute; comprovadamente cancer&iacute;geno.</p> <p> A a&ccedil;&atilde;o, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-20/rhodia-obtem-autorizacao-para-incinerar-em-municipio-baiano-lixo-toxico-armazenado-na-baixada-santist" target="_blank">conforme divulgado com exclusividade</a> pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (20), foi autorizada pelos &oacute;rg&atilde;os ambientais dos dois estados: Instituto de Meio Ambiente e Recursos H&iacute;dricos (Inema) da Bahia e Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) de S&atilde;o Paulo, que informou autoriza&ccedil;&atilde;o para o transporte de 5 mil toneladas de res&iacute;duo.</p> <p> De acordo com o Oliveira, uma das raz&otilde;es para dar destinos diferentes aos materiais t&oacute;xicos de Cubat&atilde;o e S&atilde;o Vicente &eacute; o volume de lixo armazenado nesses locais. Ele informou que a quantidade de res&iacute;duos &eacute; pelos menos dez vezes maior no terreno vicentino, com cerca de 30 mil toneladas.</p> <p> A &aacute;rea, chamada de Esta&ccedil;&atilde;o de Espera, aglutina res&iacute;duos de pelo menos outros seis terrenos da Baixada Santista que tamb&eacute;m receberam descarte de material. A &aacute;rea fica localizada &agrave;s margens da Rodovia Padre Manoel da N&oacute;brega (SP-055).</p> <p> Oliveira explicou ainda que as duas &aacute;reas t&ecirc;m caracter&iacute;sticas de armazenamento diferentes, o que torna mais urgente a queima do material presente na antiga f&aacute;brica. &ldquo;Os res&iacute;duos que eu tenho em Cubat&atilde;o est&atilde;o em um armaz&eacute;m e os outros [de S&atilde;o Vicente] est&atilde;o em um confinamento. Esses outros, entre as aspas, j&aacute; t&ecirc;m uma solu&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o eu tenho que partir para algo que seja melhor do que isso. S&atilde;o abordagens distintas&rdquo;, defendeu.</p> <p> A tentativa de transportar o material contaminado por compostos organoclorados, como o p&oacute; da china (pentaclorofenato de s&oacute;dio) e o hexaclorobenzeno, de S&atilde;o Vicente, j&aacute; havia sido feita pela Rhodia em 2004. A iniciativa foi suspensa por defini&ccedil;&atilde;o do juiz Ricardo D&#39;&Aacute;vila, da 5&ordf; Vara da Fazenda P&uacute;blica da Bahia.</p> <p> Apesar de estudar outras formas tecnol&oacute;gicas para destrui&ccedil;&atilde;o dos res&iacute;duos de S&atilde;o Vicente, o diretor industrial defendeu a opera&ccedil;&atilde;o de transporte e incinera&ccedil;&atilde;o na Bahia e destacou que a empresa est&aacute; confiante no procedimento.</p> <p> &ldquo;&Eacute; extremamente seguro. Temos tido um cuidado extremo, seja do ponto de vista t&eacute;cnico, seja do administrativo. &Eacute; um incinerador que tem tecnologia apropriada para esse tipo de destrui&ccedil;&atilde;o e que &eacute; todo monitorado por dentro. Tivemos pr&eacute;-testes e testes para assegurar toda essa opera&ccedil;&atilde;o exemplar em termos de destrui&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica por incinera&ccedil;&atilde;o&rdquo;, declarou.</p> <p> Para &oacute;rg&atilde;os ambientais paulistas, a incinera&ccedil;&atilde;o a ser feita pela Cetrel servir&aacute; de modelo para uma futura decis&atilde;o sobre o caso de S&atilde;o Vicente. O secret&aacute;rio municipal de Meio Ambiente, Alexandre Casasco, disse na &uacute;ltima quinta-feira (22) &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> que <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-22/sao-vicente-aguarda-resultado-da-queima-de-material-toxico-de-cubatao" target="_blank">poder&aacute; exigir o mesmo procedimento caso o processo de queima do material seja positivo</a>.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> Camaçari Centrel Lumina Cetesb Cubatão Inema lixo tóxico material contaminado Meio Ambiente Nacional Rhodia Sat, 24 Nov 2012 12:55:30 +0000 davi.oliveira 708567 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ São Vicente aguarda resultado da queima de material tóxico de Cubatão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-22/sao-vicente-aguarda-resultado-da-queima-de-material-toxico-de-cubatao <p> Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de S&atilde;o Vicente, no litoral paulista, pretende aguardar por um resultado positivo da queima do material contaminado por res&iacute;duos industriais t&oacute;xicos que vai ser transportado de Cubat&atilde;o para Cama&ccedil;ari, na Bahia, antes de exigir que a empresa Rhodia d&ecirc; a mesma destina&ccedil;&atilde;o &agrave;s cerca de 33 mil toneladas de material semelhante que, h&aacute; d&eacute;cadas, est&atilde;o armazenadas em um terreno vicentino, &agrave; espera de destina&ccedil;&atilde;o adequada.</p> <p> Segundo o secret&aacute;rio municipal de Meio Ambiente de S&atilde;o Vicente, Alexandre Casasco, a exist&ecirc;ncia de quatro terrenos contaminados em meio a uma regi&atilde;o densamente habitada &eacute;, para o munic&iacute;pio, uma &ldquo;ferida que uma hora vai ter que ser curada&rdquo;, ainda que a multinacional mantenha hoje as &aacute;reas sob controle, de forma a n&atilde;o oferecerem riscos &agrave; popula&ccedil;&atilde;o ou ao meio ambiente, conforme atesta a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).</p> <p> Como a <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong><a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-20/rhodia-obtem-autorizacao-para-incinerar-em-municipio-baiano-lixo-toxico-armazenado-na-baixada-santista" target="_blank">divulgou</a>&nbsp; nesta ter&ccedil;a-feira (20), com exclusividade, o Instituto de Meio Ambiente e Recursos H&iacute;dricos (Inema) da Bahia e a Cetesb, de S&atilde;o Paulo, autorizaram o envio de toneladas de material contaminado por subst&acirc;ncias organocloradas, armazenadas em Cubat&atilde;o, para serem incineradas pela empresa de solu&ccedil;&otilde;es ambientais Cetrel Lumina, no Polo Industrial de Cama&ccedil;ari, na regi&atilde;o metropolitana de Salvador (BA). A partir da publica&ccedil;&atilde;o da reportagem, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-22/parlamentares-e-populacao-baiana-reagem-contra-envio-de-material-toxico-de-cubatao-para-camacari " target="_blank">manifesta&ccedil;&otilde;es de rep&uacute;dio</a> &agrave; opera&ccedil;&atilde;o v&ecirc;m se espalhando entre cidad&atilde;os e parlamentares baianos.</p> <p> A autoriza&ccedil;&atilde;o j&aacute; concedida pelos &oacute;rg&atilde;os ambientais paulista e baiano para a Rhodia e a Cetrel Lumina se aplica exclusivamente &agrave;s cerca de&nbsp;5 mil toneladas de material contaminado, armazenadas no terreno de Cubat&atilde;o onde, at&eacute; 1993, funcionou uma das f&aacute;bricas da antiga estatal francesa, que hoje pertence ao grupo belga Solvay. O Certificado de Movimenta&ccedil;&atilde;o de Res&iacute;duos de Interesse Ambiental (Cadri) expedido pela ag&ecirc;ncia da Cetesb de Cubat&atilde;o em dezembro de 2011 prev&ecirc; o transporte e a queima de 760 toneladas por ano de material contaminado de Cubat&atilde;o para Cama&ccedil;ari.</p> <p> Para o envio das 33 mil toneladas de lixo t&oacute;xico armazenadas em S&atilde;o Vicente, a Rhodia ter&aacute; que obter uma outra autoriza&ccedil;&atilde;o dos &oacute;rg&atilde;os ambientais. Acondicionado e tratado em um terreno da &aacute;rea continental de S&atilde;o Vicente, &agrave; margem da Rodovia Padre Manoel da N&oacute;brega (SP-055), o material foi recolhido de cinco terrenos de S&atilde;o Vicente e de tr&ecirc;s terrenos de Itanha&eacute;m, cidade do litoral paulista a mais de 80 quil&ocirc;metros da antiga f&aacute;brica de Cubat&atilde;o.</p> <p> Segundo o gerente da ag&ecirc;ncia da Cetesb em Santos, C&eacute;sar Valente, o armazenamento do material da Rhodia no terreno vicentino era, inicialmente, uma solu&ccedil;&atilde;o tempor&aacute;ria, tanto que at&eacute; hoje o terreno &eacute; chamado de Esta&ccedil;&atilde;o de Espera.</p> <p> &ldquo;[O armazenamento em um &uacute;nico local] N&atilde;o era para ter sido perene. Aquilo era para ser apenas uma &aacute;rea de transfer&ecirc;ncia, de onde todo o material seria levado depois. Acabou perenizado por problemas que, no passado, impediram a incinera&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse Valente &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil, adiantando que tamb&eacute;m pretende aguardar pelos resultados do processo de destina&ccedil;&atilde;o do material de Cubat&atilde;o, para conversar com a empresa sobre o caso de S&atilde;o Vicente.</p> <p> &ldquo;Por enquanto, n&atilde;o vamos provocar a empresa. Embora desejemos uma solu&ccedil;&atilde;o definitiva para o problema, ainda n&atilde;o me parece razo&aacute;vel mexer naquilo, pois os resultados [de controle ambiental] que temos obtido l&aacute; s&atilde;o extremamente satisfat&oacute;rios, n&atilde;o oferecendo maiores riscos &agrave; popula&ccedil;&atilde;o ou ao meio ambiente. Temos que refletir sobre qual seria o impacto de reabrir a esta&ccedil;&atilde;o onde h&aacute; res&iacute;duos armazenados h&aacute; mais de 20 anos&rdquo;, ponderou Valente.</p> <p> Procurada, a Rhodia informou &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong>que est&aacute; &ldquo;focada no trabalho&rdquo; relacionado ao envio e &agrave; queima do material de Cubat&atilde;o, conforme j&aacute; autorizado, e que &ldquo;eventuais opera&ccedil;&otilde;es futuras ser&atilde;o avaliadas no momento oportuno&rdquo;. A empresa destacou ainda que todas as &aacute;reas contaminadas na Baixada Santista sob sua responsabilidade permanecer&atilde;o sob controle, cercadas e monitoradas, e alvo de projetos de recupera&ccedil;&atilde;o ambiental, que j&aacute; vem sendo desenvolvidos com a aprova&ccedil;&atilde;o dos &oacute;rg&atilde;os competentes.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Denise Griesinger</em></p> Camaçari Centrel Lumina Cetesb Cubatão Inema lixo tóxico material contaminado Meio Ambiente Nacional Rhodia Thu, 22 Nov 2012 16:07:33 +0000 deniseg 708434 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/