Hédio da Silva Júnior https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/146439/all pt-br Advogados defendem maior rigor para punição do crime de racismo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-31/advogados-defendem-maior-rigor-para-punicao-do-crime-de-racismo <p align="justify"> Marcos Chagas<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p align="justify"> Bras&iacute;lia &ndash; Advogados dedicados ao combate de crimes raciais entregaram hoje (31) ao presidente da Comiss&atilde;o de Direitos Humanos (CDH), Paulo Paim (PT-RS), tr&ecirc;s propostas de altera&ccedil;&atilde;o no texto em an&aacute;lise pelo Congresso sobre o novo C&oacute;digo Penal. Os profissionais integraram um grupo de trabalho formado pela Secretaria de Pol&iacute;ticas de Promo&ccedil;&atilde;o da Igualdade Racial (Seppir) para avaliar o texto da proposta do novo c&oacute;digo.</p> <p align="justify"> O relator do grupo de trabalho, H&eacute;dio da Silva J&uacute;nior, disse que o anteprojeto da comiss&atilde;o de juristas, respons&aacute;vel pela proposta do novo c&oacute;digo, falha ao aplicar o princ&iacute;pio da insignific&acirc;ncia aos crimes de racismo e inj&uacute;ria racial. Na pr&aacute;tica, pela avalia&ccedil;&atilde;o do advogado, se o texto for aprovado pelos deputados e senadores, haver&aacute; brechas para que ju&iacute;zes n&atilde;o punam ou julguem o crime inexpressivo.</p> <p align="justify"> Ele destacou que o Brasil &eacute; signat&aacute;rio da Conven&ccedil;&atilde;o Internacional sobre a Elimina&ccedil;&atilde;o de Todas as Formas de Discrimina&ccedil;&atilde;o Racial. Pelo acordo, &ldquo;qualquer incitamento &agrave; discrimina&ccedil;&atilde;o racial, assim como quaisquer atos de viol&ecirc;ncia ou provoca&ccedil;&atilde;o a tais atos, dirigidos contra qualquer ra&ccedil;a ou qualquer grupo de pessoas de outra cor ou de outra origem &eacute;tnica&rdquo;. Al&eacute;m disso, H&eacute;dio J&uacute;nior ressaltou que a Constitui&ccedil;&atilde;o de 1988 prev&ecirc; o crime de racismo no cap&iacute;tulo dos Direitos Fundamentais do cidad&atilde;o.</p> <p align="justify"> O ouvidor e representante da Seppir na audi&ecirc;ncia p&uacute;blica da CDH, Carlos Alberto Silva J&uacute;nior, defendeu que os negros, que representam 50% da sociedade brasileira, n&atilde;o podem ser tratados como minoria social. Do ponto de vista da revis&atilde;o do C&oacute;digo Penal, ele disse que &ldquo;n&atilde;o se pode permitir qualquer retrocesso&rdquo;.</p> <p align="justify"> Carlos Alberto citou, especificamente, a flexibiliza&ccedil;&atilde;o do crime de inj&uacute;ria racial que seria previsto apenas em ambientes fechados. Ele disse que as novas m&iacute;dias e o desenvolvimento tecnol&oacute;gico da internet inviabilizam a proposta uma vez que ficariam sem qualquer possibilidade de puni&ccedil;&atilde;o.</p> <p align="justify"> O advogado e militante dos direitos humanos no Esp&iacute;rito Santo, Andr&eacute; Luiz Moreira, se mostrou preocupado com o modelo repressivo adotado pelos juristas no anteprojeto do C&oacute;digo Penal. Para ele, os juristas pecaram ao n&atilde;o responsabilizar criminalmente a pr&aacute;tica de racismo e defendeu que as empresas que demitirem por racismo devem ser proibidas de assinar contratos com o Estado. Se o respons&aacute;vel pela demiss&atilde;o for pessoa f&iacute;sica, n&atilde;o poder&aacute; ocupar cargo p&uacute;blico.</p> <p align="justify"> &nbsp;</p> <p align="justify"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o Beto Coura</em></p> André Luiz Moreira Carlos Alberto Silva Júnior CDH Código Penal Comissão de Direitos Humanos da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial Hédio da Silva Júnior Justiça Paulo Paim PT-RS Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Seppir Wed, 31 Oct 2012 15:53:01 +0000 alberto.coura 706911 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/