Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/144041/all pt-br Conhecimento da relação entre oceano e continente facilitará previsão de desastres, diz cientista https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-02/conhecimento-da-relacao-entre-oceano-e-continente-facilitara-previsao-de-desastres-diz-cientista <p> <font face="Verdana, sans-serif"><font size="2">Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></font></font></p> <p> Rio de Janeiro - A cria&ccedil;&atilde;o do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanogr&aacute;ficas (Inpo) ser&aacute; muito importante para o entendimento das rela&ccedil;&otilde;es existentes entre o oceano e o continente, destacou, em entrevista &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, o cientista Luiz Drude de Lacerda. Ele coordena o Simp&oacute;sio Inter-Rela&ccedil;&otilde;es Oceano-Continente no Cen&aacute;rio das Mudan&ccedil;as Globais, que a Academia Brasileira de Ci&ecirc;ncias (ABC) promove a partir de hoje (2), no Rio de Janeiro.</p> <p> O an&uacute;ncio da cria&ccedil;&atilde;o do instituto foi feito pelo como ministro da Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o, Marco Antonio Raupp. Coordenador acad&ecirc;mico do Instituto de Ci&ecirc;ncias do Mar da Universidade Federal do Cear&aacute; (UFCE) e professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF), Lacerda disse que o Brasil ainda depende quase exclusivamente das universidades para gerar conhecimento nessa &aacute;rea. &ldquo;O pa&iacute;s fica restrito &agrave; pesquisa feita nas universidades e ao apoio que a Marinha d&aacute;.&rdquo;</p> <p> D<font face="Verdana, sans-serif"><font size="2">e acordo com o especialista,&nbsp;a&nbsp;comunidade cient&iacute;fica vem defendendo a cria&ccedil;&atilde;o do Inpo h&aacute; muito tempo. Ele comparou a nova unidade ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que &ldquo;fez diferen&ccedil;a para o Brasil, se voc&ecirc; pensar que hoje o mundo todo depende de informa&ccedil;&otilde;es por sat&eacute;lite&rdquo;.</font></font></p> <p> Segundo Lacerda,&nbsp;o Brasil n&atilde;o disp&otilde;e de nenhum navio oceanogr&aacute;fico civil que possa ficar no mar a maior parte do tempo. As embarca&ccedil;&otilde;es existentes s&atilde;o operadas pela Marinha. Nesse sentido, o cientista ressaltou a import&acirc;ncia da cria&ccedil;&atilde;o do Inpo. &ldquo;Seria o primeiro instituto civil de pesquisa oceanogr&aacute;fica&rdquo;.</p> <p> O coordenador&nbsp;destacou que pesquisas nessa &aacute;rea s&atilde;o muito caras, por exigirem monitoramento e manuten&ccedil;&atilde;o de longo prazo e equipamentos de custo elevado, como boias para coleta de dados, cujo valor estimado &eacute; cerca de US$ 2 milh&otilde;es cada. As boias ter&atilde;o de ficar permanentemente no oceano. &ldquo;S&atilde;o fundamentais para a previs&atilde;o do clima&rdquo;, explicou. Por isso, o Brasil ainda depende da coopera&ccedil;&atilde;o internacional. &ldquo;Mas se o MCTI [Minist&eacute;rio da Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o] criar esse instituto, a coisa realmente vai andar bem mais r&aacute;pido&rdquo;, disse.</p> <p> O especialista ressaltou que, com o maior entendimento do mar profundo, &eacute; poss&iacute;vel criar cen&aacute;rios de previs&atilde;o do que pode ocorrer nos continentes. &ldquo;As mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas est&atilde;o acontecendo no mundo todo, inclusive no Brasil&rdquo;, ressaltou. Ele citou o caso dos furac&otilde;es que assolaram Santa Catarina, a partir de 2005, que nunca tinham acontecido na parte sul do Oceano Atl&acirc;ntico. &ldquo;[&Eacute;] fundamental para fazer um bom cen&aacute;rio de previs&atilde;o de desastres naturais saber o que acontece no oceano aberto.&rdquo;</p> <p> O cientista destacou que n&atilde;o &eacute; s&oacute; a opini&atilde;o p&uacute;blica que n&atilde;o percebe essa interliga&ccedil;&atilde;o entre o oceano e o continente. &ldquo;Mesmo a comunidade cient&iacute;fica tem uma certa dificuldade de entender essa inter-rela&ccedil;&atilde;o entre o oceano e o que ocorre no continente&rdquo;. Simp&oacute;sios como o que come&ccedil;a hoje no Rio, acrescentou, ajudam no entendimento do que pode ocorrer em consequ&ecirc;ncia das mudan&ccedil;as globais, mas &eacute; preciso tentar traduzir isso para uma linguagem que a popula&ccedil;&atilde;o consiga compreender.</p> <p> Para ele, as pesquisas oceanogr&aacute;ficas no pa&iacute;s s&atilde;o importantes para a hegemonia brasileira no Atl&acirc;ntico Sul. &ldquo;O Brasil tem que ser soberano nessa regi&atilde;o. &Eacute; como voc&ecirc; ter um quintal e n&atilde;o ter ningu&eacute;m para tomar conta&rdquo;. Ao se referir &agrave; explora&ccedil;&atilde;o do petr&oacute;leo na camada pr&eacute;-sal, ele ressaltou que o Brasil &ldquo;tem que conhecer a &aacute;rea para poder proteg&ecirc;-la&rdquo;.</p> <p> O simp&oacute;sio continua amanh&atilde; (3). Um dos destaques da programa&ccedil;&atilde;o ser&aacute; a palestra do diplomata Milton Rond&oacute; Filho, do Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, sobre a coopera&ccedil;&atilde;o internacional para a redu&ccedil;&atilde;o de riscos de desastres. </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em><font face="Verdana, sans-serif"><font size="2">Edi&ccedil;&atilde;o: Juliana Andrade</font></font></em></p> conhecimento governo Inpo Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas mar Marinha Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação navios oceanos Pesquisa e Inovação pesquisas rio de janeiro simpósio universidades Tue, 02 Oct 2012 13:00:02 +0000 julianas 704391 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/