Fida https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/142086/all pt-br ONU alerta para risco de crise alimentar mundial se preços não baixarem https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-09-04/onu-alerta-para-risco-de-crise-alimentar-mundial-se-precos-nao-baixarem <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O mundo pode viver uma crise alimentar global, como as de 2007 e 2008, caso os governos n&atilde;o adotem medidas urgentes para reverter a alta dos pre&ccedil;os. O alerta foi publicado hoje (4) por tr&ecirc;s ag&ecirc;ncias da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU), com sede em Roma.</p> <p> A crise &eacute; motivada pela quebra de safra das principais regi&otilde;es produtoras do mundo, o que tem pressionado os pre&ccedil;os no mercado mundial. &ldquo;Somos vulner&aacute;veis porque, mesmo em um bom ano, a produ&ccedil;&atilde;o mundial de cereais &eacute; apenas o suficiente para atender a crescente demanda por alimentos, ra&ccedil;&atilde;o e combust&iacute;vel. Em um mundo onde h&aacute; 80 milh&otilde;es a mais de bocas para alimentar a cada ano,&nbsp; n&oacute;s estamos em perigo, j&aacute; que apenas um punhado de pa&iacute;ses s&atilde;o grandes produtores de alimentos b&aacute;sicos&rdquo;, destacou o comunicado conjunto assinado por representantes da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Agricultura e Alimenta&ccedil;&atilde;o (FAO), do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agr&iacute;cola (Fida) e do Programa Alimentar Mundial (PAM).</p> <p> Os produtores de milho, trigo e soja de v&aacute;rias regi&otilde;es do mundo t&ecirc;m registrado preju&iacute;zos hist&oacute;ricos em fun&ccedil;&atilde;o da forte seca. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde o cultivo de milho j&aacute; apresentou saldos decrescentes no ano passado, os agricultores estimam perdas em torno de 20% a 30% com a estiagem deste ano. Os preju&iacute;zos podem ultrapassar a marca das 130 milh&otilde;es de toneladas, se somadas as lavouras de soja e milho.</p> <p> As lideran&ccedil;as das tr&ecirc;s ag&ecirc;ncias da ONU defendem uma a&ccedil;&atilde;o internacional conjunta para reverter o cen&aacute;rio. &ldquo;H&aacute; duas quest&otilde;es interligadas que devem ser abordadas: a quest&atilde;o imediata dos altos pre&ccedil;os de alguns alimentos, que podem afetar significativamente os pa&iacute;ses dependentes da importa&ccedil;&atilde;o de alimentos e as pessoas mais pobres, e o problema a longo prazo de como produzir, comercializar e consumir alimentos em um momento de crescimento da popula&ccedil;&atilde;o, da demanda e de mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.&rdquo;</p> <p> Os dirigentes da FAO, Fida e PAM destacaram que o impacto da alta dos alimentos recai de formas diversas sobre diferentes economias e apontaram estrat&eacute;gias de solu&ccedil;&atilde;o, como o maior investimento no segmento de pequenos produtores de alimentos para que possam aumentar a produtividade, acesso aos mercados e reduzir a exposi&ccedil;&atilde;o ao risco. &nbsp;</p> <p> &ldquo;Adotamos uma abordagem de duas vias que apoia investimentos de longo prazo na agricultura, principalmente dos pequenos produtores, assegurando que as redes de seguran&ccedil;a [alimentar] est&atilde;o no local para ajudar os consumidores e produtores de alimentos pobres e evitar a fome, perda de bens e a armadilha da pobreza no curto prazo&rdquo;, destacam.</p> <p> Apesar da refer&ecirc;ncia &agrave; crise de 2007, quando os n&iacute;veis de produ&ccedil;&atilde;o e estoque baixaram drasticamente levando v&aacute;rios pa&iacute;ses a restringirem o consumo e adotarem pol&iacute;ticas de subs&iacute;dio e est&iacute;mulo &agrave; exporta&ccedil;&atilde;o para solucionar o problema, os organismos das Na&ccedil;&otilde;es Unidas reconhecem que o mundo est&aacute; mais preparado do que h&aacute; cinco anos.</p> <p> A institui&ccedil;&atilde;o do Grupo de Trabalho sobre Seguran&ccedil;a Alimentar Alto N&iacute;vel Mundial e de Informa&ccedil;&atilde;o de Mercado Agr&iacute;cola Sistema G20 (Amis, na sigla em ingl&ecirc;s), foram apontados como exemplos desse avan&ccedil;o.</p> <p> Apesar do tom de alerta, as ag&ecirc;ncias da ONU acrescentaram que, neste cen&aacute;rio, &ldquo;as coisas que devem ser evitadas s&atilde;o t&atilde;o importantes quanto aquelas que devem ser adotadas&rdquo;. O comunicado ressalta que os pa&iacute;ses devem evitar compras motivadas pelo p&acirc;nico e se abster de impor restri&ccedil;&otilde;es &agrave; exporta&ccedil;&atilde;o que, embora temporariamente ajude alguns consumidores no mercado interno, s&atilde;o geralmente ineficazes.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> alta dos preços crise alimentar global Economia fao Fida onu Organização das Nações Unidas PAM quebra de safra Tue, 04 Sep 2012 15:09:08 +0000 carolinap 702543 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/