Ciap https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/137149/all pt-br Juízes do CNJ visitam centro de internação do DF onde adolescente foi morto https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-07-03/juizes-do-cnj-visitam-centro-de-internacao-do-df-onde-adolescente-foi-morto <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/23/gallery_assist698446/prev/Ag%C3%AAncia%20Brasil030712DSC_3887.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: right;" />Carolina Sarres<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Dois ju&iacute;zes do Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ) visitaram hoje (3) o Centro de Interna&ccedil;&atilde;o de Adolescentes de Planaltina (Ciap), no Distrito Federal (DF), para avaliar a situa&ccedil;&atilde;o do local depois da morte de um jovem de 17 anos, enforcado com uma toalha por um companheiro de alojamento, na madrugada de domingo (1&ordm;). A visita foi feita a pedido da corregedora do Conselho, Eliana Calmon, e do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto.</p> <p> De acordo com o juiz auxiliar da presid&ecirc;ncia do CNJ, Luciano Losekann, a situa&ccedil;&atilde;o no local &eacute; est&aacute;vel apesar do ocorrido, considerado um incidente espor&aacute;dico. O Ciap de Planaltina &eacute; tido como um dos melhores centros de deten&ccedil;&atilde;o de menores do DF. Losekann visitou a unidade acompanhado do auxiliar da corregedoria do Conselho, Nicolau Lupinhanhes.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/200x150/gallery_assist/23/gallery_assist698446/prev/Ag%C3%AAncia%20Brasil030712DSC_4148.JPG" style="width: 200px; height: 150px; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: left;" />&ldquo;N&oacute;s vamos a cada uma das celas para falar com os adolescentes. A Pol&iacute;cia Civil do DF est&aacute; investigando o caso, ainda n&atilde;o se sabe se houve a participa&ccedil;&atilde;o de outros internos no crime. O que sabemos &eacute; que n&atilde;o h&aacute; temor de outras ocorr&ecirc;ncias, pois tudo indica que foi um caso excepcional, por conduta de quem morreu ou de quem matou&rdquo;, disse Losekann.</p> <p> A v&iacute;tima foi encontrada por funcion&aacute;rios por volta das 7h da manh&atilde; de domingo, com sinais de estrangulamento, e encaminhada ao Hospital Regional de Planaltina, que constatou a morte. O jovem cumpria pena no Ciap por roubo. O corpo do adolescente foi levado para o Instituto M&eacute;dico-Legal (IML) para per&iacute;cia. O resultado dos exames ainda n&atilde;o t&ecirc;m data para ficar prontos.</p> <p> O autor do crime, que cumpre pena por homic&iacute;dio e porte de drogas, assumiu a culpa e poder&aacute; ser julgado por homic&iacute;dio. De acordo com a delegada-chefe da Delegacia da Crian&ccedil;a e do Adolescente I (DCA), Viviane Bonato, os jovens discutiram na noite de s&aacute;bado (30), durante o jantar. Caso seja condenado, o acusado dever&aacute; cumprir pena socioeducativa, somada &agrave; que cumpre atualmente.</p> <p> O governo do Distrito Federal (GDF) poder&aacute; ser responsabilizado pela morte do jovem morto, que estava sob a cust&oacute;dia do Estado. Os parentes da v&iacute;tima podem entrar com a&ccedil;&atilde;o civil na Justi&ccedil;a por morte por neglig&ecirc;ncia, que, se comprovada, poder&aacute; gerar direito &agrave; indeniza&ccedil;&atilde;o. Segundo Losekann, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico (MP) ou a Defensoria P&uacute;blica tamb&eacute;m podem entrar com processo de responsabiliza&ccedil;&atilde;o contra o GDF. Ele informou, no entanto, que o processo costuma ocorrer por meio das fam&iacute;lias. &nbsp;</p> <p> A madrinha de um interno, Alejandra Pascual, 55 anos, lamentou que os ju&iacute;zes tenham visitado a unidade apenas depois da morte de um interno. Ela acredita que o crime tenha ocorrido por causa de rivalidades externas ao Ciap, decorrente da atua&ccedil;&atilde;o dos jovens na rede de tr&aacute;fico de drogas.</p> <p> &ldquo;Existe uma lei interna do centro, que um jovem de uma gangue nunca pode ficar junto com um de outra. Quando s&atilde;o transferidos de unidade, t&ecirc;m de passar quatro dias isolados para saber para onde poder&atilde;o ser levados. Algo falhou no sistema, porque aqui n&atilde;o &eacute; como o Caje [Centro de Atendimento Juvenil Especializado]&rdquo;, disse Alejandra, em refer&ecirc;ncia &agrave; outra unidade de interna&ccedil;&atilde;o, que vem enfrentando problemas e teve o fechamento recomendado pelo CNJ, em novembro de 2010, por falta de condi&ccedil;&otilde;es de atendimento.</p> <p> Para ela, h&aacute; formas de melhorar as condi&ccedil;&otilde;es dos adolescentes internos, como aprimorar as aulas oferecidas no local, estabelecer conv&ecirc;nios com institui&ccedil;&otilde;es para a profissionaliza&ccedil;&atilde;o dos jovens e melhorar o tratamento dentro da unidade.</p> <p> &ldquo;Eles querem ser tratados com carinho. Eles pedem oportunidades para ter outra chance. Se eles fossem melhor tratados, seriam diferentes, teriam mais chance de n&atilde;o voltar para o crime&rdquo;, disse. Um levantamento feito pela unidade de Planaltina, em 2011, aponta que 40% dos internos s&atilde;o reincidentes e, geralmente, em crimes mais graves.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> &nbsp;</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> Adolescente morto Ciap Cidadania CNJ GDF Nacional Wed, 04 Jul 2012 00:04:58 +0000 aecioamado 698467 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/