Matogrosso do Sul https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/130232/all pt-br Jornalista é morto a tiros em cidade de Mato Grosso do Sul https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-02-13/jornalista-e-morto-tiros-em-cidade-de-mato-grosso-do-sul <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A Pol&iacute;cia Civil de Ponta Por&atilde; instaurou inqu&eacute;rito para investigar a morte do jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, de 51 anos. Paulo Rocaro, como o jornalista era conhecido, morreu na madrugada de hoje (13), ap&oacute;s ser baleado em plena regi&atilde;o central de Ponta Por&atilde;, em Mato Grosso do Sul, cidade de 61 mil habitantes a 326 quil&ocirc;metros da capital, Campo Grande, e separada por apenas uma rua do munic&iacute;pio paraguaio de Pedro Juan Caballero.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> De acordo com o boletim de ocorr&ecirc;ncia registrado na 1&ordf; Delegacia Policial de Ponta Por&atilde;, Rocaro dirigia seu carro quando, por volta das 23h30 de ontem (12), foi atacado por dois motociclistas que dispararam 12 tiros e fugiram. Atingido por ao menos cinco tiros, o jornalista foi socorrido por homens do Corpo de Bombeiros e levado para o hospital mais pr&oacute;ximo, mas n&atilde;o resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 5h30 desta madrugada. No local do crime, a pol&iacute;cia encontrou v&aacute;rias c&aacute;psulas de proj&eacute;teis de arma de fogo calibre 9 mil&iacute;metros.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Para o delegado Clemir Vieira J&uacute;nior, a morte do jornalista tem claros sinais de ser um crime encomendado. &ldquo;N&atilde;o descartamos nenhuma hip&oacute;tese, mas as caracter&iacute;sticas s&atilde;o de crime de pistolagem. Os motociclistas chegaram atirando e fugiram sem levar nada&rdquo;, disse o delegado &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> A Pol&iacute;cia Civil vai ouvir parentes, amigos e colegas de trabalho de Rocaro para tentar obter informa&ccedil;&otilde;es que ajudem a identificar os respons&aacute;veis pelo crime. Pessoas que presenciaram o atentado disseram n&atilde;o ser capazes de identificar os motociclistas. As imagens de c&acirc;meras de pr&eacute;dios nas imedia&ccedil;&otilde;es do atentado, na Avenida Brasil, tamb&eacute;m n&atilde;o foram reveladoras.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> A presidenta do Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados, Karine Segatto, declarou n&atilde;o ter d&uacute;vidas de crime encomendado, embora n&atilde;o ter ideia da motiva&ccedil;&atilde;o. &quot;N&atilde;o havia raz&atilde;o para algu&eacute;m querer se vingar dele por causa de mat&eacute;rias publicadas. At&eacute; onde sabemos, ele jamais foi amea&ccedil;ado de morte. Como estamos em uma regi&atilde;o de fronteira, onde h&aacute; muitos interesses em jogo, chegamos a cogitar que o real objetivo [de quem planejou a morte] seja mandar um recado a algu&eacute;m&quot;.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor) manifestou pesar pela morte de Rocaro e cobrou rapidez no esclarecimento do crime e na puni&ccedil;&atilde;o dos culpados. Em nota, a entidade diz que a v&iacute;tima era conhecida pelos colegas como um defensor da categoria que sempre esteve preocupado com quest&otilde;es como qualidade do trabalho jornal&iacute;stico, seguran&ccedil;a dos profissionais, capacita&ccedil;&atilde;o e condi&ccedil;&otilde;es de trabalho. A Subse&ccedil;&atilde;o da Ordem dos Advogados (OAB) no estado informou que ir&aacute; acompanhar o caso, mas s&oacute; vai se manifestar ap&oacute;s os esclarecimentos dos motivos do crime.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Al&eacute;m de fundador do <em>site</em> Mercosulnews, Rocaro era editor chefe do <em>Jornal da Pra&ccedil;a</em>, onde trabalhava h&aacute; quase 30 anos. Segundo documentos da Vara do Trabalho de Ponta Por&atilde; e da Justi&ccedil;a Federal, at&eacute; recentemente o empres&aacute;rio Fahd Jamil estava entre os acionistas do jornal.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Conhecido como o Rei da Fronteira, em 2005 Jamil foi condenado, &agrave; revelia, a 20 anos de pris&atilde;o por tr&aacute;fico internacional de drogas. Desde ent&atilde;o, est&aacute; foragido. O que n&atilde;o impediu a 3&ordf; Vara Federal Criminal de Campo Grande a conden&aacute;-lo,em 2007, a mais de 12 anos e seis meses de pris&atilde;o, em regime fechado, por sonega&ccedil;&atilde;o fiscal.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Em 2009, Jamil foi inocentado da acusa&ccedil;&atilde;o de tr&aacute;fico de drogas. Em maio de 2011, o Tribunal Regional Federal da 3&ordf; Regi&atilde;o reviu a pena de mais de 12 anos por crime contra o sistema financeiro para dez anos e seis meses. O paradeiro do empres&aacute;rio, contudo, ainda &eacute; ignorado. Em junho de 2011, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou <em>habeas corpus</em> para que ele aguardasse, em liberdade, o julgamento de seu recurso contra a condena&ccedil;&atilde;o pelo crime de evas&atilde;o de divisas.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> A reportagem da <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong>tentou contato telef&ocirc;nico com os respons&aacute;veis do <em>Jornal da Pra&ccedil;a</em>, mas sem sucesso. No Mercosulnews, a pessoa que atendeu informou que os parentes n&atilde;o tinham condi&ccedil;&otilde;es de falar naquele momento.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> &nbsp;</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> <em>Ampliada &agrave;s 19h50 para acr&eacute;scimo de informa&ccedil;&atilde;o</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> Jornalista morto Matogrosso do Sul Nacional Mon, 13 Feb 2012 21:20:28 +0000 aecioamado 688875 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/