hip-hop https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/121053/all pt-br Rappers se reúnem em Brasília para discutir crack, violência e ressocialização https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-06-11/rappers-se-reunem-em-brasilia-para-discutir-crack-violencia-e-ressocializacao <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/24/gallery_assist672580/prev/11062011FP7630.jpg" style="width: 300px; height: 225px; float: right;" />Louren&ccedil;o Melo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - A cria&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas de natureza educativa e assistencial &nbsp;na &aacute;rea de sa&uacute;de foi o tema das discuss&otilde;es no encontro Crack, Viol&ecirc;ncia e Ressocializa&ccedil;&atilde;o por Meio da Cultura Hip-Hop, realizado hoje (11) no Museu da Rep&uacute;blica, em Bras&iacute;lia. A deputada &Eacute;rica Kokay (PT-DF), que participa de comiss&atilde;o especial criada no Congresso Nacional para discutir o apoio aos dependentes de <em>crack</em>, disse que pretende realizar uma audi&ecirc;ncia p&uacute;blica para colher opini&otilde;es da sociedade que contribuam para a solu&ccedil;&atilde;o do problema em n&iacute;vel nacional.</p> <p> &quot;O apelo ao consumismo &eacute; uma das causas que leva o jovem &agrave; delinqu&ecirc;ncia, pois ele s&oacute; &eacute; respeitado se consumir&quot;, disse a deputada. Esse modelo segundo ela, &quot;&eacute; induzido &nbsp;pela televis&atilde;o, que motiva o cidad&atilde;o a trocar de celular a toda hora e tamb&eacute;m de autom&oacute;vel, ou a usar roupas de marca&quot;.</p> <p> Para &Eacute;rica Kokay, a frustra&ccedil;&atilde;o de &nbsp;ficar &agrave; margem desse processo leva os filhos de fam&iacute;lias pobres &quot;a se embrenharem no v&iacute;cio, pois v&ecirc;m de um modelo educacional prec&aacute;rio&quot;.&nbsp; De acordo com a parlamentar, 74% dos que morrem em consequ&ecirc;ncia do uso de drogas s&atilde;o negros e os menores detentos no Distrito Federal tamb&eacute;m s&atilde;o negros, em sua maioria. &quot;A pol&iacute;cia n&atilde;o os protege dos traficantes&quot;, afirmou.</p> <p> O secret&aacute;rio da Juventude do Distrito Federal, Fernando Nascimento, afirmou que o <em>rap</em> (discurso r&iacute;tmico com rimas e poesias que surgiu entre as comunidades negras dos EUA; &eacute; um dos pilares da cultura <em>hip-hop</em>)&nbsp;&quot;est&aacute; sendo o caminho que leva &agrave; cultura popular, pois emana do povo&quot;. O caminho para coibir o uso de drogas como o <em>crack</em>, segundo ele, &eacute; mostrar aos jovens um caminho melhor. &nbsp;</p> <p> As drogas &quot;est&atilde;o dizimando muitas fam&iacute;lias e os jovens que se expressam pelo <em>rap</em> como estilo musical falam o que n&oacute;s, muitas vezes, gostar&iacute;amos de falar e n&atilde;o temos coragem&quot;, disse a pastora evang&eacute;lica Marli Assis. &quot;&Eacute; a sua forma de desabafo, numa linguagem f&aacute;cil de entender. A ci&ecirc;ncia n&atilde;o acredita na recupera&ccedil;&atilde;o, mas n&oacute;s da sociedade civil sim&quot;, acrescentou. &nbsp;</p> <p> Diversos <em>rappers</em> participaram do encontro. O <em>rap</em> Gog, de Bras&iacute;lia, disse que j&aacute; houve muito preconceito contra essa forma de express&atilde;o, que vem da periferia, &nbsp;mostrando que o brasileiro quer manter a &nbsp;ess&ecirc;ncia de se expressar&quot;. Para Gog, a coca&iacute;na &quot;por s&iacute; s&oacute; j&aacute; &eacute; complicada. O <em>crack</em> ent&atilde;o &eacute; 50 vezes mais perigoso, por isso o <em>hip-hop</em> precisa assumir &nbsp;o papel de quebrar esse ciclo&quot;. &nbsp;</p> <p> O <em>rapper</em> Mano Brown, de S&atilde;o Paulo afirmou que &quot;o <em>crack</em> &eacute; uma forma eficaz de matar, ao mesmo tempo em que tudo conspira contra os pobres. Eles s&atilde;o v&iacute;timas nos hospitais, nas ruas, quando est&atilde;o na moto. A exclus&atilde;o &eacute; um genoc&iacute;dio silencioso e o jovem pobre sofre a press&atilde;o da frustra&ccedil;&atilde;o emocional familiar, social e ancestral&quot;.<br /> &nbsp;</p> crack Cultura hip-hop Nacional rap Rappers ressocialização Saúde violência Sat, 11 Jun 2011 21:50:51 +0000 gracaadjuto 672585 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/