ABI https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/117882/all pt-br OAB-RJ quer marcar encontro com Beltrame sobre atuação da polícia em protestos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-07/oab-rj-quer-marcar-encontro-com-beltrame-sobre-atuacao-da-policia-em-protestos <div> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist732297/prev/ABr071013_TNG3349.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Vin&iacute;cius Lisboa</div> <div> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></div> <div> &nbsp;</div> <div> Rio de Janeiro &ndash; A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), a Arquidiocese do Rio e a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI) formaram uma comiss&atilde;o e v&atilde;o tentar marcar um encontro com o secret&aacute;rio estadual de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Jos&eacute; Mariano Beltrame, para pedir o compromisso de que a Pol&iacute;cia Militar (PM) mudar&aacute; a forma de atua&ccedil;&atilde;o nos protestos.</div> <div> &nbsp;</div> <div> A comitiva foi formada hoje (7) em um ato p&uacute;blico na sede da OAB-RJ em rep&uacute;dio aos casos de agress&atilde;o policial contra educadores na semana passada, durante a vota&ccedil;&atilde;o do Plano de Carreira, Cargos e Remunera&ccedil;&otilde;es dos profissionais da educa&ccedil;&atilde;o. Na ocasi&atilde;o, a C&acirc;mara Municipal foi fechada ao p&uacute;blico e cercada por policiais.</div> <div> &nbsp;</div> <div> &quot;O que estamos vendo no Rio de Janeiro &eacute; quase uma pol&iacute;tica de exterm&iacute;nio dos manifestantes, e isso &eacute; inaceit&aacute;vel. Encurralando professores e distribuindo bordoadas de uma forma violenta, colocando em risco a vida de pessoas com o uso indiscriminado de balas de borracha, de <em>spray</em> de pimenta. &Eacute; verdade que, por tr&aacute;s disso, se encontra uma pol&iacute;tica de seguran&ccedil;a, mas &eacute; verdade tamb&eacute;m que temos verdadeiros jagun&ccedil;os nas ruas. E esses jagun&ccedil;os tem que ser punidos tamb&eacute;m&quot;, disse o presidente da Comiss&atilde;o de Direitos Humanos da OAB nacional,Wadih Damous, que defendeu a desmilitariza&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;cia.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Damous tamb&eacute;m defendeu a expuls&atilde;o dos policiais que foram flagrados em um v&iacute;deo mostrado pelo jornal <em>O Globo</em> forjando provas contra um manifestante que chegou a ser algemado e levado para a delegacia. Nas imagens, o policial j&aacute; chega com morteiros na m&atilde;o ao revist&aacute;-lo, joga os artefatos no ch&atilde;o e depois afirma que foram tirados da mochila do rapaz. &quot;Queremos a expuls&atilde;o daqueles dois policiais. Eles n&atilde;o podem estar fardados na Pol&iacute;cia Militar do Rio de Janeiro&quot;.</div> <div> &nbsp;</div> <div> J&aacute; o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, destacou que a pol&iacute;cia est&aacute; despreparada para lidar com protestos. &quot;De tudo o que aconteceu, algo &eacute; fato: o despreparo da pol&iacute;cia&quot;, disse o advogado, que classificou de inconceb&iacute;veis e n&atilde;o-democr&aacute;ticos os protestos violentos e agress&otilde;es &agrave; imprensa.&nbsp;</div> <div> &nbsp;</div> <div> Representando o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educa&ccedil;&atilde;o, Geisa Linhares, criticou o governo por ter ingressado com a&ccedil;&otilde;es judiciais contra o sindicato, com a aplica&ccedil;&atilde;o de multas. &quot;N&atilde;o &eacute; apenas o policial que tem que ser encarado como violento. Est&aacute; na hora de a sociedade definir de que lado est&aacute;&quot;.</div> <div> &nbsp;</div> <div> <div> No ato, professores relataram casos de viol&ecirc;ncia policial ocorridos durante os protestos. Um professor de portugu&ecirc;s disse que, no dia da vota&ccedil;&atilde;o, foi enforcado por policiais at&eacute; desmaiar.&nbsp;</div> </div> <div> &nbsp;</div> <div> O bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, dom Ant&ocirc;nio Augusto Duarte, tamb&eacute;m participou do ato e pediu di&aacute;logo. &quot;Como religioso, tenho que conclamar todos n&oacute;s a n&atilde;o fazermos apenas um ato de rep&uacute;dio &agrave; viol&ecirc;ncia, mas de busca do di&aacute;logo. A viol&ecirc;ncia &eacute; o fracasso do di&aacute;logo&quot;.</div> <div> &nbsp;</div> <div> O senador Lindbergh Farias (PT) participou do ato e defendeu que o partido se retire do governo Cabral. Segundo o senador, o assunto ser&aacute; deliberado pelo diret&oacute;rio estadual do partido at&eacute; o fim desta semana. &quot;Faltou pudor aos vereadores na hora de votar o plano com a C&acirc;mara fechada&quot;, criticou.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Outros parlamentares tamb&eacute;m participaram do ato. O vereador Jefferson Moura (PSOL) tamb&eacute;m criticou a vota&ccedil;&atilde;o do plano, declarando que o modo como ocorreu, com a C&acirc;mara cercada, mostra que a democratiza&ccedil;&atilde;o est&aacute; inconclusa. Ciro Garcia (PSTU) defendeu a desmilitariza&ccedil;&atilde;o e a fus&atilde;o da Pol&iacute;cia Militar com a Pol&iacute;cia Civil.&nbsp;</div> <div> &nbsp;</div> <div> A deputada federal Jandira Feghalli (PCdoB-RJ) disse que a Pol&iacute;cia Militar ainda tem uma vis&atilde;o militarizada de defender o Estado contra o cidad&atilde;o.&nbsp;</div> <div> <p>Em nota divulgada no dia da manifesta&ccedil;&atilde;o, a PM disse que o cerco &agrave; C&acirc;mara tinha o objetivo de garantir a realiza&ccedil;&atilde;o da sess&atilde;o, e que manifestantes tentaram entrar &quot;sem autoriza&ccedil;&atilde;o&quot;. Segundo a nota, quatro policiais se feriram e os militares foram atacados com pedras e garrafas de vidro.</p> <p>No &uacute;ltimo dia 5, o secret&aacute;rio Jos&eacute; Mariano Beltrame <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-05/beltrame-reconhece-que-houve-excessos-da-pm-em-manifestacao-de-professores-no-rio" target="_blank">reconheceu que houve excessos por parte da PM na manifesta&ccedil;&atilde;o dos professores</a>. &ldquo;Na minha opini&atilde;o, em alguns casos, principalmente os que est&atilde;o revelados publicamente, houve excessos. Mas tamb&eacute;m tenho que dizer que se houve intransig&ecirc;ncia e excessos dos policiais, isso veio de duas partes, da pol&iacute;cia e de alguns manifestantes&rdquo;, disse.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir a mat&eacute;ria, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> </div> ABI Agência Brasil José Mariano Beltrame manifestação Nacional OAB polícia militar protestos rio de janeiro segurança pública violência policial Mon, 07 Oct 2013 19:14:52 +0000 carolinap 732310 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Defensores da liberdade de imprensa recebem homenagem na ABI https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-20/defensores-da-liberdade-de-imprensa-recebem-homenagem-na-abi <p>Akemi Nitahara<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Personalidades internacionais que denunciaram esc&acirc;ndalos de espionagem e vazamento de informa&ccedil;&otilde;es confidenciais foram homenageadas hoje (20) na Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI). A primeira entrega da Medalha de Direitos Humanos da ABI foi dedicada a Julian Assange, Edward Snowden, Glenn Greenwald, Bradley Manning, Aaron Swartz e Mordechai Vanunu.</p> <p> De acordo com diretor da Comiss&atilde;o de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI, M&aacute;rio Augusto Jakobskind, a homenagem &eacute; uma forma de reconhecer os servi&ccedil;os prestados &agrave; humanidade, ao direito de cidadania e ao direito &agrave; informa&ccedil;&atilde;o.</p> <p> &ldquo;&Eacute; uma lembran&ccedil;a tamb&eacute;m para mostrar para o Brasil que hoje o mundo &eacute; global, n&oacute;s precisamos ter solidariedade a figuras desse porte que sacrificam suas vidas pessoais, inclusive com amea&ccedil;as &agrave; pr&oacute;pria vida, ao direito de ir e vir. Eles precisam ser lembrados, tornados figuras p&uacute;blicas e homenageadas, pois est&atilde;o prestando um servi&ccedil;o de utilidade p&uacute;blica &agrave; comunidade internacional, &agrave; humanidade mesmo&rdquo;.</p> <p> Jakobskind lembra que o direito &agrave; informa&ccedil;&atilde;o est&aacute; relacionado ao pleno exerc&iacute;cio da cidadania, quando &eacute; uma informa&ccedil;&atilde;o &ldquo;sem subterf&uacute;gios e sem manipula&ccedil;&otilde;es&rdquo;. &ldquo;O principal da homenagem &eacute; para que a comunidade internacional tome conhecimento que entidades brasileiras que participam das mobiliza&ccedil;&otilde;es e movimentos sociais est&atilde;o reconhecendo os servi&ccedil;os prestados por esses cidad&atilde;os pelas informa&ccedil;&otilde;es, inclusive relacionados ao Brasil, a espionagem que todos n&oacute;s sabemos, essa ocorr&ecirc;ncia lament&aacute;vel. E gra&ccedil;as a ele [Snowden], na verdade n&oacute;s confirmamos o que j&aacute; sab&iacute;amos, por ind&iacute;cios ou por uma s&eacute;rie de quest&otilde;es, agora &eacute; confirmado&rdquo;.</p> <p> O norte-americano Edward Snowden est&aacute; envolvido na divulga&ccedil;&atilde;o do esc&acirc;ndalo da espionagem feita pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Seguran&ccedil;a (NSA) dos Estados Unidos. Ele tornou p&uacute;blico os detalhes de como &eacute; feita a vigil&acirc;ncia sobre o tr&aacute;fego de informa&ccedil;&otilde;es e foi indicado ao Pr&ecirc;mio Nobel da Paz. Snowden vive em Moscou, na R&uacute;ssia, onde conseguiu asilo pol&iacute;tico depois de passar um m&ecirc;s no aeroporto da cidade.</p> <p> O advogado e escritor Glenn Greenwald divulgou as informa&ccedil;&otilde;es repassadas por Snowden no jornal brit&acirc;nico <em>The Guardian</em>. Seu companheiro, o brasileiro David Miranda, foi detido no Aeroporto de Heathrow, onde passou por interrogat&oacute;rio e teve seus pertences apreendidos. Atualmente, Greenwald mora no Rio de Janeiro.</p> <p> O australiano Julian Paul Assange &eacute; respons&aacute;vel pelo <em>site </em>Wikileaks, que tem publicado uma s&eacute;rie de den&uacute;ncias e informa&ccedil;&otilde;es sigilosas do governo norte-americano, inclusive relacionadas ao tratamento dos prisioneiros de Guant&aacute;namo e o envolvimento dos Estados Unidos nas guerras do Afeganist&atilde;o e Iraque e telegramas secretos da diplomacia. Foi considerado Homem do Ano de 2008 na Franca e entrou na lista dos 100 homens mais influentes do planeta da revista <em>Times </em>em 2011. Assange vive h&aacute; um ano na embaixada do Equador, em Londres.</p> <p> O soldado norte-americano Bradley Edward Manning foi preso em 2010 e condenado a 35 anos de pris&atilde;o por acesso e divulga&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es sigilosas. Ele foi acusado de vazar 700 mil documentos para o Wikileaks, mas a acusa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi provada. A ap&oacute;s a divulga&ccedil;&atilde;o da senten&ccedil;a, ele pediu para passar por tratamento hormonal e passou a se chamar Chelsea Elizabeth Manning.</p> <p> Tamb&eacute;m norte-americano, o ativista Aaron Hillel Swartz ajudou a criar a licen&ccedil;a Creative Commons, que possibilitou acesso a milh&otilde;es de arquivos p&uacute;blicos do judici&aacute;rio norte-americano, textos acad&ecirc;micos e bancos de dados. Em 2011 ele foi preso, acusado de compartilhar artigos em dom&iacute;nio p&uacute;blico pagos pela revista cient&iacute;fica JSTOR e de invas&atilde;o de computadores. Ele suicidou-se em janeiro deste ano. Depois da morte, promotoria retirou as acusa&ccedil;&otilde;es contra ele.</p> <p> O &uacute;ltimo homenageado nesta primeira edi&ccedil;&atilde;o da medalha &eacute; Mordechai Vanunu, que nasceu no Marrocos e se tornou t&eacute;cnico nuclear em Israel. Ele revelou informa&ccedil;&otilde;es sobre o programa nuclear israelense, divulgadas pela imprensa brit&acirc;nica em 1986. Vanunu foi sequestrado em Londres pelo servi&ccedil;o secreto israelense e condenado por trai&ccedil;&atilde;o. Ficou 18 anos preso, mais de 11 em cela solit&aacute;ria.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> ABI Associação Brasileira de Imprensa Cidadania homenagem liberdade de imprensa Medalha de Direitos Humanos da ABI Fri, 20 Sep 2013 22:03:22 +0000 fabio.massalli 731164 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Estado continua despreparado para lidar com manifestações, diz representante da ONU https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-21/estado-continua-despreparado-para-lidar-com-manifestacoes-diz-representante-da-onu <p>Vladimir Platonow<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Rio de Janeiro &ndash; Passados quase 30 anos da redemocratiza&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, o Estado continua a imprimir o mesmo tipo de repress&atilde;o &agrave;s manifesta&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas que eram feitas na &eacute;poca da ditadura militar. A avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; da integrante do Subcomit&ecirc; para Preven&ccedil;&atilde;o da Tortura da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) e presidente da Comiss&atilde;o de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio de Janeiro (OAB-RJ), Margarida Pressburger. Ela participou hoje (21) de um debate, na Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI), sobre a viol&ecirc;ncia da pol&iacute;cia contra manifestantes e jornalistas durante os protestos que tomaram as ruas das principais cidades do pa&iacute;s.</p> <p>&ldquo;As manifesta&ccedil;&otilde;es t&ecirc;m sido um levante da juventude, o que &eacute; maravilhoso. Mas o que &eacute; intoler&aacute;vel &eacute; a viol&ecirc;ncia policial que est&aacute; sendo gerada. A pol&iacute;cia tem que ser preparada para defender a popula&ccedil;&atilde;o e o que a gente est&aacute; vendo &eacute; a barb&aacute;rie, com a militariza&ccedil;&atilde;o e o uso de armas n&atilde;o letais, que deixam pessoas cegas e aleijadas. A pol&iacute;cia de hoje usa os mesmos meios [da &eacute;poca da ditadura] que a gente gostaria de ver afastados de nosso pa&iacute;s&rdquo;, disse Margarida.</p> <p>O soci&oacute;logo Paulo Ba&iacute;a, do Instituto de Filosofia e Ci&ecirc;ncias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ), defendeu a desmilitariza&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;cia como forma de garantir a defesa da popula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A viol&ecirc;ncia policial contra os jornalistas &eacute; emblem&aacute;tica, porque atinge todas as formas de liberdade. Toda a organiza&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Militar foi contra o povo, porque ela foi preparada para proteger o Estado e n&atilde;o a popula&ccedil;&atilde;o. &Eacute; preciso uma nova estrutura, porque conv&eacute;m &agrave;s elites ter uma pol&iacute;cia que encare as pessoas como inimigas e por isso enxerga a imprensa e os advogados como inimigos&rdquo;, declarou.</p> <p>A presidenta eleita do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Munic&iacute;pio do Rio de Janeiro, Paula M&aacute;iran, ressaltou que cabe aos policiais e tamb&eacute;m aos manifestantes respeitarem os profissionais de imprensa. &ldquo;N&oacute;s temos uma situa&ccedil;&atilde;o muito grave, que &eacute; os jornalistas estarem sendo atacados tanto pelo Estado como por alguns manifestantes. No caso do Estado, temos v&aacute;rios ataques com <em>spray</em> de pimenta, com balas de borracha, agress&otilde;es f&iacute;sicas e cerceamento ao trabalho. No caso dos manifestantes, percebemos um recha&ccedil;o, com a n&atilde;o aceita&ccedil;&atilde;o e at&eacute; a expuls&atilde;o da presen&ccedil;a dos jornalistas nas manifesta&ccedil;&otilde;es. Em ambos os casos, &eacute; uma grave amea&ccedil;a &agrave; liberdade de imprensa, que &eacute; um dos pilares da democracia&rdquo;, disse.</p> <p>O presidente da ABI, Maur&iacute;cio Az&ecirc;do, fez um apelo &agrave; diminui&ccedil;&atilde;o de viol&ecirc;ncia de todas as partes. &ldquo;&Eacute; um irracionalismo muito grande. Por parte dos manifestantes, eles n&atilde;o t&ecirc;m clareza dos m&eacute;todos que devem utilizar para fazer valer suas reivindica&ccedil;&otilde;es. Do ponto de vista da repress&atilde;o, h&aacute; uma viol&ecirc;ncia que agride o Estado Democr&aacute;tico de Direito. A tropa &eacute; deseducada e desinformada e n&atilde;o distingue os jornalistas, que est&atilde;o cumprindo uma atividade profissional a fim de informar a sociedade, que &eacute; a principal miss&atilde;o da imprensa&rdquo;, destacou.</p> <p>O debate sobre a atua&ccedil;&atilde;o policial nas manifesta&ccedil;&otilde;es ocorreu na sede da ABI, no centro do Rio, e reuniu jornalistas de v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m de profissionais que v&ecirc;m cobrindo quase diariamente as manifesta&ccedil;&otilde;es nos &uacute;ltimos meses, incluindo representantes do grupo M&iacute;dia Ninja, que transmitiram ao vivo o encontro.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado // A mat&eacute;ria foi alterada &agrave;s 14h09 do dia 27/08/2013 para esclarecer informa&ccedil;&atilde;o.</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> ABI Cidadania debate manifestações violência policial Wed, 21 Aug 2013 23:18:50 +0000 aecioamado 728690 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Semana pode ser decisiva para Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-23/semana-pode-ser-decisiva-para-marco-feliciano-na-comissao-de-direitos-humanos <p align="justify"> Karine Melo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p align="justify"> Bras&iacute;lia &ndash; A perman&ecirc;ncia do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na presid&ecirc;ncia da Comiss&atilde;o de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da C&acirc;mara dos Deputados, deve ser definida at&eacute; a pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira (26). Pastor evang&eacute;lico, ele &eacute; acusado de postar em redes sociais mensagens homof&oacute;bicas e racistas e, por isso, &eacute; alvo de protestos desde que foi indicado para o cargo.</p> <p align="justify"> Na segunda-feira (25), um ato liderado pelo deputado federal Jean Wyllys e pelo estadual Marcelo Freixo, ambos do PSOL-RJ, vai reunir artistas como Caetano Veloso, Leandra Leal, L&aacute;zaro Ramos e lideran&ccedil;as de v&aacute;rias religi&otilde;es na sede da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. &ldquo;Ser&aacute; um ato em defesa da cultura contra o fundamentalismo religioso&rdquo;, adianta Wyllys.</p> <p align="justify"> A pr&oacute;xima reuni&atilde;o da CDH est&aacute; prevista para quarta-feira (27). A<strong> Ag&ecirc;ncia Brasil </strong>tentou falar com o deputado Feliciano, mas o assessor de imprensa dele, Wellington de Oliveira, disse que o pastor n&atilde;o est&aacute; atendendo a jornalistas. Ainda segundo o assessor, o deputado continua firme no prop&oacute;sito de continuar presidindo a comiss&atilde;o e considera as acusa&ccedil;&otilde;es contra ele infundadas. Oficialmente, durante o fim de semana, o deputado n&atilde;o ter&aacute; nenhum encontro com integrantes do PSC e deve se dedicar exclusivamente &agrave; agenda religiosa.</p> <p align="justify"> Apesar disso, a pedido do presidente da C&acirc;mara Henrique, que considera a situa&ccedil;&atilde;o do parlamentar na CDH &ldquo;insustent&aacute;vel&rdquo;, o l&iacute;der do PSC na Casa, Andr&eacute; Mora (SE) pediu que o colega de legenda reavaliasse neste fim de semana sua posi&ccedil;&atilde;o de n&atilde;o deixar a presid&ecirc;ncia da comiss&atilde;o.</p> <p align="justify"> &ldquo;Na conversa que n&oacute;s tivemos com o presidente Henrique Alves, ele apresentou preocupa&ccedil;&atilde;o com andamento dos trabalhos da Comiss&atilde;o e com a C&acirc;mara Federal. Tudo isso n&oacute;s levamos ao pastor Marco Feliciano. Pedimos que ele fizesse uma reflex&atilde;o, e na pr&oacute;xima semana teremos uma reuni&atilde;o, primeiro com ele e, depois, com toda a bancada para discutir o assunto&rdquo;, diz o l&iacute;der do PSC.</p> <p align="justify"> No Congresso Nacional, a defini&ccedil;&atilde;o do comando das comiss&otilde;es respeita a proporcionalidade dos partidos, por isso, mesmo se Feliciano renunciar ao cargo, a vaga continua com o PSC. Os deputados Hugo Leal (RJ) e Ant&ocirc;nia L&uacute;cia (AC), s&atilde;o vistos como nomes que sofreriam menos resist&ecirc;ncias entre diversos movimentos sociais na condu&ccedil;&atilde;o dos trabalhos da Comiss&atilde;o de Direitos Humanos.</p> <p align="justify"> &ldquo;Acho que quem quer que v&aacute; para a presid&ecirc;ncia [da Comiss&atilde;o de Direitos Humanos] vai ter separar dogmas religiosos da condu&ccedil;&atilde;o dos trabalhos. O que daqui pra frente fica claro &eacute; que quem sobe ali, sobe sabendo que a sociedade est&aacute; vigilante&rdquo;, avalia Jean Wyllys.</p> <p align="justify"> &nbsp;</p> <p align="justify"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura</em></p> <p align="justify"> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>&nbsp;</em></p> ABI André Mora Antônia Lúcia Associação Brasileira de Imprensa CDH Comissão de Direitos Humanos e Minorias Henrique Alves Hugo Leal Jean Wyllys Marcelo Freixo marco feliciano Política Wellington de Oliveira Sat, 23 Mar 2013 20:04:48 +0000 alberto.coura 716741 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ ABI pede apuração de denúncia sobre invasão a jornal sul-mato-grossense https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-09-01/abi-pede-apuracao-de-denuncia-sobre-invasao-jornal-sul-mato-grossense <p> Danilo Macedo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI) enviou telegrama ao ministro da Justi&ccedil;a, Jos&eacute; Eduardo Cardozo, e of&iacute;cio ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) de Mato Grosso do Sul, desembargador Josu&eacute; de Oliveira, pedindo que seja apurada a &ldquo;invas&atilde;o&rdquo; &agrave; sede do jornal <em>Correio do Estado</em>, na noite de quarta-feira (29), por agentes da Pol&iacute;cia Federal. Eles cumpriam determina&ccedil;&atilde;o judicial para impedir a publica&ccedil;&atilde;o de uma pesquisa de inten&ccedil;&atilde;o de voto para a prefeitura da capital, Campo Grande.</p> <p> Segundo o editor de Pol&iacute;tica do <em>Correio do Estado</em>, Adilson Paniago, a pesquisa encomendada s&oacute; seria entregue no dia seguinte, mas um funcion&aacute;rio teve de ligar todos os computadores do setor de pagina&ccedil;&atilde;o para que os agentes verificassem se ela estava na vers&atilde;o que seria impressa. Como n&atilde;o encontraram o que buscavam, os agentes partiram para o parque gr&aacute;fico. &ldquo;Tivemos que parar as rotativas para eles conferirem p&aacute;gina por p&aacute;gina&rdquo;, disse Paniago.</p> <p> O presidente da ABI, Maur&iacute;cio Azedo, considerou a a&ccedil;&atilde;o uma &ldquo;viola&ccedil;&atilde;o grave de disposi&ccedil;&otilde;es constitucionais&rdquo; e pediu, nas mensagens encaminhadas, que o ministro Cardozo e os membros do TRE-MS intervenham de forma a cessar &ldquo;viol&ecirc;ncias com precedentes apenas na ditadura militar&rdquo;. &nbsp;</p> <p> Para o presidente da Seccional de Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), Leonardo Avelino Duarte, decis&otilde;es judiciais devem ser cumpridas, mas n&atilde;o da forma apontada na den&uacute;ncia. &ldquo;Se h&aacute; o descumprimento, responde-se criminalmente. O que chama a aten&ccedil;&atilde;o da OAB &eacute; a forma como supostamente foi feita [a a&ccedil;&atilde;o], com a perman&ecirc;ncia da Pol&iacute;cia Federal [no local] enquanto o jornal estava sendo feito. Isso lembra os tempos da ditadura. Esse acesso pr&eacute;vio &eacute; censura&rdquo;, afirmou.</p> <p> A <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> tentou falar com a Assessoria de Comunica&ccedil;&atilde;o do TRE-MS, mas o atendente do telefone divulgado na p&aacute;gina do tribunal na internet informou que o setor n&atilde;o est&aacute; de plant&atilde;o no fim de semana.</p> <p> O advogado do <em>Correio do Estado</em>, La&eacute;rcio Guilhem, ingressou no tribunal com agravo de instrumento para obter a cassa&ccedil;&atilde;o da liminar, permitindo a divulga&ccedil;&atilde;o da pesquisa conclu&iacute;da na quinta-feira (30). O editor Paniago informou que a pesquisa seria a segunda divulgada neste processo eleitoral e mostraria, al&eacute;m da evolu&ccedil;&atilde;o dos candidatos na campanha para o primeiro turno, a simula&ccedil;&atilde;o de disputas para o segundo turno.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p> &nbsp;</p> ABI censura ditadura militar Justiça mato grosso do sul Ministério da Justiça OAB pesquisa Polícia Federal TRE Sat, 01 Sep 2012 20:08:23 +0000 nfranco 702420 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Entidades do Rio formalizam adesão ao Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-07-20/entidades-do-rio-formalizam-adesao-ao-movimento-nacional-em-defesa-da-saude-publica <p> Isabela Vieira<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - A Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Arquidiocese do Rio anunciaram hoje (20) ades&atilde;o ao Movimento Nacional em Defesa da Sa&uacute;de P&uacute;blica. A campanha quer obrigar a Uni&atilde;o a destinar 10% da sua receita corrente bruta para o setor.</p> <p> Com esse objetivo, cerca de 40 entidades parceiras, entre &oacute;rg&atilde;os de classe, centrais sindicais, al&eacute;m da Uni&atilde;o Nacional dos Estudantes (UNE), organizam um abaixo-assinado. A meta &eacute; coletar 1,5 milh&atilde;o de assinaturas para transformar o documento em um projeto de lei de iniciativa popular. Assim que o n&uacute;mero for atingido, o abaixo-assinado segue para a C&acirc;mara dos Deputados.</p> <p> De acordo com o Cremerj, o abaixo-assinado pretende recompor projeto de lei apresentado no Senado para regulamentar a Emenda Constitucional 29, mas que, por uma manobra do governo, n&atilde;o ampliou os investimentos em sa&uacute;de. Segundo o secret&aacute;rio-geral da entidade, &nbsp;Pablo Vazquez, o pa&iacute;s tem o dever de ampliar os investimentos no setor ao mesmo tempo em que melhora a gest&atilde;o do gasto.</p> <p> &quot;O Brasil destina para sa&uacute;de cerca de 3,5% do PIB [Produto Interno Bruto, somas das riquezas e bens do pa&iacute;s]. J&aacute; o Chile e a Argentina investem 4%. No Uruguai, o valor &eacute; de 9%. Estamos muito defasados em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pr&oacute;pria Am&eacute;rica do Sul&quot;, concluiu Vazquez. A recomenda&ccedil;&atilde;o da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) &eacute; que esse investimento seja de 8%.</p> <p> O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Alo&iacute;sio Tibiri&ccedil;&aacute;, explica que, ao resgatar a proposta de investir 10% dos recursos correntes em sa&uacute;de, o movimento est&aacute; sendo &quot;realista&quot; com a capacidade do governo. &quot;Esse montante equivale a R$ 35 bilh&otilde;es por ano, sendo que para alcan&ccedil;ar o que preconiza a OMS dever&iacute;amos colocar R$ 45 bilh&otilde;es&quot;, informou.</p> <p> Para facilitar a coleta de assinaturas, a OAB no Rio vai pedir assinaturas em seu <em>site</em> e nos ve&iacute;culos de comunica&ccedil;&atilde;o pr&oacute;prios. A ideia &eacute; chegar a 150 mil subscri&ccedil;&otilde;es entre seu p&uacute;blico, segundo o representante na a&ccedil;&atilde;o, Felipe Santa Cruz. &quot;Entendemos que nossa fun&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; apenas atuar na &aacute;rea jur&iacute;dica, mas de cidadania, priorizando a sa&uacute;de e a educa&ccedil;&atilde;o&quot;, disse o advogado, durante o an&uacute;ncio da ades&atilde;o.</p> <p> No Rio, onde o movimento conta ainda com o Conselho de Secretarias Municipais de Sa&uacute;de do Estado do Rio (Cosems-RJ), o &nbsp;Cremerj alerta para a necessidade de se ampliar a rede pensando nos atendimentos que ser&atilde;o feitos durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimp&iacute;adas de 2016. &quot;Assim como o setor de transporte e infraestrutura, temos que estar preparados [na &aacute;rea de sa&uacute;de]&quot;, acrescentou Vazquez.</p> <p> Lan&ccedil;ado em Bras&iacute;lia em mar&ccedil;o deste ano, o movimento recolheu em todo o pa&iacute;s, at&eacute; o momento, cerca de 400 mil assinaturas. N&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o para se alcan&ccedil;ar a meta de 1,5 milh&atilde;o de apoios, n&uacute;mero m&iacute;nimo para que a proposta seja apresentada em forma de projeto de lei de origem popular.</p> <p> A aplica&ccedil;&atilde;o do percentual de 10% sobre a receita corrente bruta da Uni&atilde;o proposta pelo movimento inclui no c&aacute;lculo os valores das transfer&ecirc;ncias constitucionais e legais para estados e munic&iacute;pios, al&eacute;m das contribui&ccedil;&otilde;es previdenci&aacute;rias e do PIS-Pasep pagas pelos servidores.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> ABI Arquidiocese do Rio Cremerj defesa da saúde pública Emenda 29 Nacional OAB-RJ percentual mínimo de gasto projeto de lei de origem popular Saúde UNE Fri, 20 Jul 2012 18:58:31 +0000 davi.oliveira 699454 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ SDH e representantes de jornalistas discutem medidas para inibir violência contra profissionais da comunicação https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-05-03/sdh-e-representantes-de-jornalistas-discutem-medidas-para-inibir-violencia-contra-profissionais-da-co <p> <em>Da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Representantes de associa&ccedil;&otilde;es e sindicatos de jornalistas se reuniram nesta quinta-feira (03) com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Ros&aacute;rio, para discutir a&ccedil;&otilde;es que combatam o aumento da viol&ecirc;ncia contra jornalistas e profissionais da comunica&ccedil;&atilde;o. Dentre as a&ccedil;&otilde;es acertadas pelo grupo est&aacute; a cria&ccedil;&atilde;o de um comit&ecirc; para acompanhar as investiga&ccedil;&otilde;es de crimes cometidos contra jornalistas.<br /> &nbsp;<br /> Segundo o presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI), Maur&iacute;cio Azedo, a aus&ecirc;ncia de responsabiliza&ccedil;&atilde;o penal dos autores desses crimes tem contribu&iacute;do para o aumento da viol&ecirc;ncia. &ldquo;A reuni&atilde;o de hoje abriu o caminho para defini&ccedil;&atilde;o de medidas que menos exposta a risco a atividade profissional do jornalista&rdquo;, disse.</p> <p> Para Azedo, raros s&atilde;o os casos de identifica&ccedil;&atilde;o e responsabiliza&ccedil;&atilde;o dos mandantes de crimes contra profissionais da comunica&ccedil;&atilde;o. &ldquo;N&atilde;o temos registro de casos em que os autores tenham sido responsabilizados&rdquo;, disse.</p> <p> A ministra Maria do Ros&aacute;rio afirmou que vai pedir um maior esfor&ccedil;o dos governadores estaduais para que as investiga&ccedil;&otilde;es sejam aprofundadas e, dessa forma, criem condi&ccedil;&otilde;es para a descoberta dos respons&aacute;veis pelos crimes.</p> <p> O presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunica&ccedil;&atilde;o (Altercom), Renato Rovai, comentou os riscos a que est&atilde;o submetidos os comunicadores que atuam em blogs. Segundo ele, esses profissionais est&atilde;o mais vulner&aacute;veis porque n&atilde;o desfrutam de estrutura legal de uma empresa de comunica&ccedil;&atilde;o. &ldquo;O blogueiro muitas vezes trabalha sozinho, em um canto, brigando contra o poder. A coisa fica mais dif&iacute;cil para ele&rdquo;, disse.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Jos&eacute; Romildo.&nbsp;</em><br /> &nbsp;</p> ABI Cidadania imprensa jornalistas Nacional Fri, 04 May 2012 00:09:39 +0000 jose.romildo 694231 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Movimento anticorrupção veio para ficar, diz Pedro Simon https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-09-06/movimento-anticorrupcao-veio-para-ficar-diz-pedro-simon <p> Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; &Agrave;s v&eacute;speras da Marcha contra a Corrup&ccedil;&atilde;o, marcada para amanh&atilde; (7), em Bras&iacute;lia, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) garantiu que o movimento n&atilde;o vai se perder no tempo, como aconteceu com outras mobiliza&ccedil;&otilde;es sociais como a dos &ldquo;caras pintadas&rdquo;. Em encontro com integrantes da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI), hoje (6), no Rio de Janeiro, o parlamentar explicou que a Frente Suprapartid&aacute;ria Anticorrup&ccedil;&atilde;o, criada por nove senadores, organizou uma lista de projetos priorit&aacute;rios apoiados pela sociedade.</p> <p> &ldquo;A diferen&ccedil;a &eacute; que, desta vez, vamos trabalhar com fatos concretos, com uma s&eacute;rie de leis importantes para, por exemplo, terminar com a impunidade e a verba p&uacute;blica de campanha e criar a fidelidade partid&aacute;ria. A sociedade organizada vai lutar e cobrar a aprova&ccedil;&atilde;o desses projetos&rdquo;, disse Simon, para quem o Legislativo trabalha sob press&atilde;o.</p> <p> &ldquo;Uma coisa &eacute; deixar o Congresso [Nacional] falar. Outra coisa &eacute; o povo na rua se movimentando. Ficha Limpa passou por que? Foram 1,5 milh&atilde;o de assinaturas de populares, num projeto de iniciativa popular e, depois, mais 4 milh&otilde;es assinaram em solidariedade&rdquo;.</p> <p> O senador ga&uacute;cho considera o fim da impunidade um dos pleitos mais importantes do movimento. &ldquo;O Brasil n&atilde;o pode ser o pa&iacute;s da impunidade onde s&oacute; ladr&atilde;o de galinha vai para a cadeia. Como em todos os lugares do mundo, corrup&ccedil;&atilde;o existe, mas pode ser um grande pol&iacute;tico, um milion&aacute;rio, que pega cadeia&rdquo;, disse.</p> <p> Ele lembrou que, na Justi&ccedil;a, h&aacute; a possibilidade de in&uacute;meros recursos e que isso, algumas vezes, impede a conclus&atilde;o de um julgamento. &ldquo;No Brasil, o cara &eacute; processado, &eacute; condenado, recorre, s&atilde;o cinco a seis recursos, leva n&atilde;o sei quantos anos e ele &eacute; absolvido porque o prazo passou e ele n&atilde;o foi condenado em definitivo&rdquo;.</p> <p> Segundo Simon, mais de 20 mil pessoas confirmaram presen&ccedil;a na marcha de amanh&atilde;. No mesmo dia, est&atilde;o agendadas manifesta&ccedil;&otilde;es em Porto Alegre, Cuiab&aacute; e S&atilde;o Paulo. E, no pr&oacute;ximo dia 20, no Rio de Janeiro, haver&aacute; uma manifesta&ccedil;&atilde;o envolvendo sociedade e empres&aacute;rios, na Cinel&acirc;ndia, no centro da capital fluminense.</p> <p> &ldquo;Esse &eacute; o momento ideal para tentar combater a corrup&ccedil;&atilde;o no Brasil. Ao contr&aacute;rio dos governos anteriores, onde os fatos aconteciam e os governos n&atilde;o faziam nada, a presidenta Dilma [Rousseff] foi muito objetiva e clara. Demitiu o chefe da Casa Civil, o ministro do Transporte e est&aacute; deixando claro que n&atilde;o vai aceitar corrup&ccedil;&atilde;o no governo. Esse movimento visa a dar cobertura &agrave; presidente. N&atilde;o &eacute; a favor, nem contra, mas achamos que temos que dar for&ccedil;a.&rdquo;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> ABI caras pintadas Ficha Limpa iniciativa popular Legislativo manifestação Marcha contra a Corrupção Nacional Pedro Simon senador Tue, 06 Sep 2011 17:37:59 +0000 lana 678497 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Peru autoriza Forças Armadas a desbloquear estrada que liga o país à Bolívia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-05-23/peru-autoriza-forcas-armadas-desbloquear-estrada-que-liga-pais-bolivia <p> Renata Giraldi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O presidente do Peru, Alan Garc&iacute;a, determinou hoje (23) a interven&ccedil;&atilde;o militar, por meio das For&ccedil;as Armadas, na principal estrada que liga o pa&iacute;s &agrave; Bol&iacute;via. H&aacute; 13 dias, moradores impedem a passagem de caminh&otilde;es pela estrada em protesto contra as atividades de uma mineradora de origem canadense. Os militares devem desbloquear a &aacute;rea ainda hoje.</p> <p> As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da ag&ecirc;ncia p&uacute;blica de not&iacute;cias da Bol&iacute;via, a ABI. De acordo com a ordem de Garc&iacute;a, as For&ccedil;as Armadas podem atuar excepcionalmente em apoio &agrave; Pol&iacute;cia Nacional do Peru para proteger as instala&ccedil;&otilde;es estrat&eacute;gicas do pa&iacute;s e os servi&ccedil;os p&uacute;blicos essenciais. Pela decis&atilde;o, a autoriza&ccedil;&atilde;o de interven&ccedil;&atilde;o vale para o per&iacute;odo de 23 de maio a 11 de junho.</p> <p> Os moradores alegam que a mineradora prejudicar&aacute; o meio ambiente, poluindo o Rio Desaguadero e o Lago Titicaca, e causar&aacute; danos &agrave; sa&uacute;de de quem vive na regi&atilde;o. O bloqueio, segundo autoridades peruanas e bolivianas, prejudica o com&eacute;rcio entre os dois pa&iacute;ses.</p> <p> De acordo com o governo boliviano, cerca de 700 caminh&otilde;es de transporte pesados est&atilde;o retidos na fronteira. A C&acirc;mara de Exportadores da Departamento de Santa Cruz, na Bol&iacute;via, informou que as perdas j&aacute; atingem US$ 5 milh&otilde;es de d&oacute;lares.</p> <p> O protesto re&uacute;ne mais de 100 moradores da regi&atilde;o desde o &uacute;ltimo dia 10 maio. Os manifestantes bloquearam a estrada que liga as cidades de Desaguadero e Puno e a ponte internacional que liga a Bol&iacute;via ao Peru, com destino ao Porto de Ilo.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Vinicius Doria</em></p> ABI Bolívia estrada Internacional peru Mon, 23 May 2011 19:35:27 +0000 vinicius.doria 671006 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Ministro da Justiça pede perdão a vítimas da ditadura e estima aprovação da Comissão da Verdade para este ano https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-04-30/ministro-da-justica-pede-perdao-vitimas-da-ditadura-e-estima-aprovacao-da-comissao-da-verdade-para-es <p> Vladimir Platonow<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; A Comiss&atilde;o da Verdade, proposta encaminhada ao Congresso Nacional durante o governo do ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, visando a apurar os crimes cometidos no per&iacute;odo da ditadura militar (1964-1985), deve ser aprovada ainda este ano.</p> <p> A expectativa &eacute; do ministro da Justi&ccedil;a, Jos&eacute; Eduardo Cardozo, que usou um jarg&atilde;o militar para se referir ao tema: &ldquo;Em busca da verdade, senta a pua. H&aacute; uma sensibilidade hoje dos l&iacute;deres na C&acirc;mara [dos Deputados] em aprovar o projeto [da Comiss&atilde;o da Verdade] e acho que &eacute; muito importante que a sociedade brasileira tenha essa comiss&atilde;o, para saber a verdade daquele per&iacute;odo triste da nossa hist&oacute;ria. Vamos aprov&aacute;-la este ano, em um curto espa&ccedil;o de tempo&rdquo;, previu.</p> <p> Senta a pua, a express&atilde;o citada pelo ministro, tem suas origens da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). &Eacute; o grito de guerra do 1&ordm; Grupo de Avia&ccedil;&atilde;o de Ca&ccedil;a da For&ccedil;a A&eacute;rea Brasileira (FAB), que tem o sentido de cumprir a miss&atilde;o, com coragem e bravura.</p> <p> O ministro participou hoje (30) da 49&ordf; Caravana da Anistia, da Comiss&atilde;o de Anistia do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, que julga processos de ex-perseguidos pol&iacute;ticos e determina repara&ccedil;&otilde;es financeiras &agrave;s v&iacute;timas.</p> <p> Cardoso discursou emocionado para os participantes da caravana, que lotaram o hist&oacute;rico audit&oacute;rio da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Imprensa (ABI), palco das primeiras manifesta&ccedil;&otilde;es contr&aacute;rias ao regime militar e alvo de um atentado &agrave; bomba em suas instala&ccedil;&otilde;es, em 1976, conforme lembrou o presidente da entidade, jornalista Maur&iacute;cio Azedo.</p> <p> Em nome do Estado brasileiro, o ministro pediu perd&atilde;o &agrave;s v&iacute;timas da ditadura. &ldquo;N&oacute;s temos que reparar os danos que o Estado brasileiro fez no per&iacute;odo da ditadura militar. Isso n&atilde;o implica s&oacute; em uma indeniza&ccedil;&atilde;o, mas tamb&eacute;m na repara&ccedil;&atilde;o moral daqueles que foram atingidos. Cabe a mim pedir perd&atilde;o em nome do Estado brasileiro.&rdquo;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> ABI câmara dos deputados Comissão da Verdade Comissão de Anistia Congresso Nacional ditadura militar fab Nacional regime militar reparações financeiras Sat, 30 Apr 2011 21:42:12 +0000 lana 669442 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Evo Morales enfrenta a pior crise desde que assumiu o governo da Bolívia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-04-14/evo-morales-enfrenta-pior-crise-desde-que-assumiu-governo-da-bolivia <p> Renata Giraldi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; H&aacute; uma semana, o presidente da Bol&iacute;via, Evo Morales, enfrenta a mais aguda das crises j&aacute; registradas durante seu governo. V&aacute;rias categorias profissionais, lideradas por professores e aposentados da zona rural, comandam protestos em La Paz reivindicando reajuste m&eacute;dio de 15% nos sal&aacute;rios e benef&iacute;cios. Os protestos geraram embates entre manifestantes e policiais.</p> <p> Em rea&ccedil;&atilde;o aos protestos, o governo convocou reuni&otilde;es extraordin&aacute;rias e chamou os manifestantes para o di&aacute;logo. Paralelamente, o ministro da Casa Civil da Presid&ecirc;ncia, Oscar Coca, assegurou hoje (14) que os manifestantes n&atilde;o correm risco de perder os empregos. Por&eacute;m, Coca cobrou deles o fim das paralisa&ccedil;&otilde;es e o retorno ao trabalho.</p> <p> As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da ag&ecirc;ncia estatal de not&iacute;cias a ABI &ndash; Ag&ecirc;ncia Boliviana de Informa&ccedil;&otilde;es. H&aacute; sete dias, professores, aposentados da zona rural, motoristas de transportes p&uacute;blicos e de caminh&otilde;es, assim como funcion&aacute;rios do Conselho Nacional de Sa&uacute;de, protestam na Bol&iacute;via.</p> <p> Para o ministro, alguns setores s&atilde;o essenciais e n&atilde;o podem aderir &agrave; greve. Segundo ele, o foco est&aacute; nas reivindica&ccedil;&otilde;es dos professores e dos funcion&aacute;rios da &aacute;rea de sa&uacute;de. De acordo com Coca, os trabalhadores da ind&uacute;stria e da minera&ccedil;&atilde;o retornaram ao trabalho.</p> <p> Ainda hoje, Coca se re&uacute;ne com dirigentes da Central Obrera Boliviana (COB) &ndash; a central sindical de trabalhadores da Bol&iacute;via &ndash; para avaliar as reivindica&ccedil;&otilde;es e buscar um acordo.&quot;O governo enviou nota para os dirigentes do COB para retomar o di&aacute;logo&quot;, disse o ministro.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Vinicius Doria</em></p> ABI Bolívia COB crise Internacional Morales protestos Thu, 14 Apr 2011 19:01:21 +0000 vinicius.doria 668336 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/