Programa Espcacial Brasileiro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/115728/all pt-br Mercadante: acordo com EUA para uso do Centro de Lançamento de Alcântara pode ser restabelecido https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-03-21/mercadante-acordo-com-eua-para-uso-do-centro-de-lancamento-de-alcantara-pode-ser-restabelecido <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist666325/prev/21032011MCA000.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin-left: 10px; margin-right: 10px; float: right;" />Gilberto Costa<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O Brasil poder&aacute; ter um novo acordo de salvaguarda tecnol&oacute;gica com os Estados Unidos para prestar servi&ccedil;os para o lan&ccedil;amento de sat&eacute;lites. A possibilidade foi admitida hoje (21) pelo ministro da Ci&ecirc;ncia e Tecnologia, Aloizio Mercadante, na cerim&ocirc;nia de posse do novo presidente da Ag&ecirc;ncia Espacial Brasileira (AEB), o f&iacute;sico Marco Antonio Raupp.</p> <p> No governo Fernando Henrique, Mercadante se op&ocirc;s ao acordo de salvaguarda, por entender &agrave; &eacute;poca que o pa&iacute;s estaria &ldquo;alugando&rdquo; o Centro de Lan&ccedil;amento de Alc&acirc;ntara (CLA), no Maranh&atilde;o. O acordo foi assinado em abril de 2000 pelos dois pa&iacute;ses, mas n&atilde;o foi ratificado pelo Congresso Nacional. O projeto chegou a ser examinado em tr&ecirc;s comiss&otilde;es da C&acirc;mara dos Deputados, mas n&atilde;o foi a plen&aacute;rio.</p> <p> A elabora&ccedil;&atilde;o de um novo acordo for&ccedil;ar&aacute; o governo a retirar do Congresso Nacional a proposta de 2000 e o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores ter&aacute; que costurar um novo acordo com Washington. No novo termo, a reda&ccedil;&atilde;o dever&aacute; ser alterada, provavelmente para excluir pontos pol&ecirc;micos que feriam, segundo os cr&iacute;ticos, a &ldquo;soberania nacional&rdquo;. Entre esse pontos, estariam: a proibi&ccedil;&atilde;o de usar recursos arrecadados para o lan&ccedil;amento de foguetes pr&oacute;prios; a restri&ccedil;&atilde;o ao uso do CLA por pa&iacute;ses classificados pelos americanos como &ldquo;terroristas&rdquo;; ou a permiss&atilde;o para assinatura de outros acordos de salvaguarda apenas com as 36 na&ccedil;&otilde;es que participam do regime de controle de tecnologia de m&iacute;sseis.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s estamos em novo momento da rela&ccedil;&atilde;o bilateral. N&atilde;o sinto hoje que a exig&ecirc;ncia americana seria a exclusividade de lan&ccedil;amento, para n&oacute;s abdicarmos da parceria com a China, com a Ucr&acirc;nia e com outros pa&iacute;ses&rdquo;, disse Mercadante. No &uacute;ltimo s&aacute;bado, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinaram, em Bras&iacute;lia, um acordo-quadro (guarda-chuva) para identificar &aacute;reas de interesse m&uacute;tuo para desenvolver programas ou projetos de coopera&ccedil;&atilde;o para a explora&ccedil;&atilde;o e os usos pac&iacute;ficos do espa&ccedil;o.</p> <p> Os americanos s&atilde;o respons&aacute;veis pela fabrica&ccedil;&atilde;o de 82% de equipamentos inteiros ou de componentes de sat&eacute;lites, sondas e naves lan&ccedil;ados em todo o mundo. Segundo Mercadante, a explora&ccedil;&atilde;o espacial e o lan&ccedil;amento de sat&eacute;lites movimenta US$ 206 bilh&otilde;es anuais na economia internacional.</p> <p> Para o novo presidente da AEB, parece ser &ldquo;&oacute;bvio&rdquo; que o Brasil precise de um acordo de salvaguarda com os americanos. Raupp, que, h&aacute; mais de 20 anos, trabalhou no Programa Espacial Brasileiro e &eacute; presidente licenciado da Sociedade Brasileira de Progresso da Ci&ecirc;ncia (SBPC), assume a AEB imprimindo o papel de gestor din&acirc;mico em busca de resultados. &ldquo;O nosso neg&oacute;cio &eacute; fazejamento e n&atilde;o planejamento&rdquo;, afirmou. Raupp disse que passar&aacute; os primeiros 30 dias de sua gest&atilde;o conversando com os dirigentes de institutos de pesquisa e empresas para discutir a situa&ccedil;&atilde;o do programa, estabelecer metas e buscar &ldquo;sucessos intermedi&aacute;rios&rdquo;.</p> <p> Ao alcan&ccedil;ar o sucesso, Raupp espera renovar o est&iacute;mulo dos participantes do programa espacial e ganhar credibilidade na sociedade. Ele tamb&eacute;m quer aumentar a participa&ccedil;&atilde;o de empresas privadas nacionais e estrangeiras.</p> <p> Para o astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, o desafio da AEB ser&aacute; a integra&ccedil;&atilde;o da pesquisa e empresas em torno do programa. &ldquo;A integra&ccedil;&atilde;o &eacute; uma das coisas mais dif&iacute;ceis de se obter, no Brasil tamb&eacute;m&rdquo;. Pontes atualmente &eacute; pesquisador associado do Instituto de Estudos Avan&ccedil;ados da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) e trabalha na ag&ecirc;ncia espacial norte-americana Nasa, em Houston (Estados Unidos).</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em></p> acordo de salvaguarda AEB alcântara brasil centro de lançamento estados unidos foguetes Pesquisa e Inovação Programa Espcacial Brasileiro satélites Mon, 21 Mar 2011 22:17:38 +0000 lana 666375 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/