Museu Nacional de Belas Artes recebe doação de 205 obras de Portinari

12/01/2014 - 11h38

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), criado em 1937, comemora nesta segunda-feira (13) seus 77 anos com o recebimento de uma importante contribuição para seu acervo. Em solenidade às 11h, no salão nobre do museu, com a presença da ministra da Cultura, Marta Suplicy, a Finep (Agência Brasileira de Inovação, antiga Financiadora de Estudos e Projetos) assina a doação para o MNBA de 205 obras de sua coleção do pintor Candido Portinari.

A doação abrange pinturas, desenhos e gravuras e vai tornar o MNBA a instituição com o maior acervo público de obras de Portinari, em um total de 243 trabalhos. O museu carioca, que possui em seu acervo a tela Café (1935), entre outras obras de Portinari, já havia recebido, no ano passado, as doações de A primeira missa (1948), adquirida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) por R$ 5 milhões, e as quatro telas do artista que decoravam a Capela Mayrink, na Floresta da Tijuca.

De acordo com João Candido Portinari, filho do artista e responsável pela catalogação da obra do pai, a partir de agora figuram entre os acervos públicos mais importantes do pintor, depois do MNBA, o Museu de Arte de São Paulo (Masp), que detém a importante série Retirantes, e os Museus Castro Maya (Chácara do Céu e Museu do Açude), do Rio de Janeiro, que juntos, são donos de mais de 100 obras de Portinari.

As 205 obras que a Finep, empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, está entregando ao museu, deverão ser expostas ao público a partir do final de maio. Segundo o MNBA, a mostra ficará em cartaz até setembro deste ano.

O pintor nasceu em 30 de dezembro de 1903, em uma fazenda de café em Brodowski, no interior de São Paulo, onde teve uma infância pobre. Entre as obras mais importantes estão O Plantador de Café e os painéis Guerra e Paz, instalados na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Morreu em 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação provocada pelas tintas que usava.

Edição: Davi Oliveira

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