Campo de Libra exigirá a construção de novos petroleiros

12/01/2014 - 17h34

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A intensificação das operações de exploração e produção de petróleo na área do pré-sal da Bacia de Santos, principalmente com o início das atividades no Campo de Libra, levará a Transpetro - o braço logístico da Petrobras – a lançar uma terceira fase do Programa de Modernização da Frota de Petroleiros da Petroleiros (Promef 3).

A informação é do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, ao fazer um balanço do andamento do programa em entrevista à Agência Brasil. “Com a intensificação da produção a partir do pré-sal nós vamos precisar de mais petroleiros. E, com está necessidade, certamente vai acontecer o Promef 3”, disse.

Machado ressaltou que somente para o desenvolvimento da produção do Campo de Libra, que integra a sessão onerosa de capitalização da Petrobras, licitado no final do ano passado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), será necessária a construção entre 12 e 18 plataformas de petróleo e de cerca de 60 barcos de apoio.

“Para transportar todo esse petróleo que essas plataformas produzirão, há a necessidade de mais petroleiros. Um país que sai de uma produção de 2 milhões para 6 milhões de barris por dia vai certamente precisar de muito mais petroleiros”, destacou Machado.

O presidente da Transpetro ressaltou o fato de a maior parte da produção de petróleo no país ser em alto-mar, o que exige todo um trabalho de logística para escoar o óleo, fazer com que ele chegue aos pontos de refino, ou mesmo a outros países – no caso do excedente ser exportado.

“Nós precisaremos cada vez de mais navios para transportar esse petróleo”, disse o presidente da Transpetro. Ele ressaltou que a subsidiária ainda não tem definição sobre o assunto e muito menos data determinada para a sua implementação.

“Não há data marcada para o lançamento [de um novo Promef], o que se tem é a certeza da necessidade de se dar continuidade ao programa e de ampliação e desenvolvimento da indústria naval brasileira”, admitiu Sérgio Machado.

Edição: Marcos Chagas

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