Venezuela anuncia plano de combate à violência

09/01/2014 - 21h02

Leandra Felipe
Correspondente Agência Brasil/EBC

Bogotá – O governo venezuelano anunciou que começará na próxima terça-feira (14) a revisar os planos regionais de segurança pública no país, a fim de estabelecer critérios nacionais de combate à violência. O anúncio foi feito hoje (9) pelo ministro de Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres. "Na terça, começaremos a revisão para que, dentro de um mês, tenhamos os planos em andamento e avançando. Dessa maneira, vamos começar a fase de supervisão e de envio dos recursos que cada região necessite para melhorar a segurança pública", disse Rodríguez Torres.

O que motivou a medida do governo foi a morte da atriz e ex-miss Venezuela Monica Spear, de 29 anos, assassinada segunda-feira (6), durante assalto em uma rodovia estadual. Monica e o marido foram mortos quando voltavam a Caracas de uma viagem de férias. A filha do casal, uma menina de 5 anos, também foi atingida por um dos disparos, mas está fora de perigo.

O crime comoveu o país. Houve protestos e missas na capital e em algumas cidades do interior. A criminalidade na Venezuela vem aumentando nos últimos anos – no ano passado, foram registrados mais de 24,6 mil assassinatos no país, mais que o dobro do total de dez anos atrás, conforme dados do governo.

Rodríguez Torres acrescentou que fará uma maratona pelo país e visitará dois estados por dia, para saber como os criminosos atuam em cada região do país.

Após a repercussão da morte da atriz, o presidente Nicolás Maduro disse que o incidente foi um "verdadeiro massacre" e afirmou que puniria com "mão de ferro" os assassinatos e homicídios. Ontem (8), Maduro convocou os ministros de estado para uma reunião no palácio presidencial. Também recebeu uma comitiva de artistas que foram pedir medidas na área de segurança pública.

Apesar do aumento da criminalidade no país nos últimos anos, os índices de pobreza e miséria diminuíram. De acordo com as Nações Unidas, o país é o menos desigual da América Latina, porém é um dos mais violentos do continente.

Edição: Denise Griesinger

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