Presentes de última hora animam vendas do comércio popular no centro do Rio

24/12/2013 - 16h37

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Faltando poucas horas para a ceia de Natal, milhares de cariocas ainda disputavam presentes nas lojas de comércio popular do centro histórico do Rio, que decidiram ficar abertas até pelo menos as 16h de hoje (24). O cansaço era nítido no rosto dos vendedores, que nos últimos dias enfrentaram uma verdadeira maratona, trabalhando inclusive durante o final de semana.

O presidente da Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), Enio Bittencourt, comemorou os resultados. “A cada ano que passa, aumenta mais o fluxo de clientes e as vendas. Nós tivemos um Natal muito bom em 2012 e este ano está sendo melhor ainda. Tivemos de 10% a 15% a mais de faturamento em relação ao ano passado. Ontem, recebemos mais de 1 milhão de pessoas nas nossas 11 ruas”, disse Enio.

A região da Saara concentra o comércio popular do centro do Rio, com 1.250 lojas e cerca de 10 mil empregados. “Contratamos mais mil [trabalhadores] extras para este Natal. Graças a Deus não tem crise aqui na Saara”, disse Enio, que há 25 anos preside a entidade.

A garantia dos lucros de última hora ocorre graças a clientes como a depiladora Juliana Figueiredo, que no meio da tarde ainda escolhia roupas em uma das gôndolas que ficam em frente às lojas: “Deixei para a última hora. Comprei tudo aqui na Saara”. O comerciante Francisco de Amorim também escolhia às pressas um par de sapatos para a esposa: “Saí do trabalho e só consegui vir agora”, justificou.

A multidão de consumidores é o ganha-pão do locutor Jair Oliveira dos Santos, que fica sentado em um banquinho, em frente à loja, anunciando por um microfone as ofertas do dia. “O movimento foi ótimo neste Natal. Muita gente comprando. Todo mundo deixa para a última hora. Enquanto tiver gente na rua, nós ficamos abertos”, disse Jair.

Edição: Davi Oliveira

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias, é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil