Juros sobem e consumidor reduz a procura por crédito

11/12/2013 - 10h00

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo- A quantidade de pessoas em busca de crédito caiu 7,9% em novembro comparado ao mês anterior e 5,5% sobre o mesmo período do ano passado. A medição feita por meio da pesquisa Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito mostra que, no acumulado de janeiro a novembro, houve crescimento de 2,7% na procura por financiamento. Em igual período de 2012, foi constatada queda de 3,4%.

Os economistas da Serasa Experian justificaram a queda entre outubro e novembro como sendo um efeito do ”repasse das sucessivas elevações da taxa básica de juros (taxa Selic) para o custo dos empréstimos, desencorajando os consumidores a expandir seus níveis de endividamento”. Os economistas também atribuíram a redução à menor quantidade de dias úteis: 20 dias (em novembro) ante 23 (em outubro).

Os consumidores de baixa renda, com ganhos até R$ 500/mês, foram os que menos buscaram crédito: houve um recuo de 8,9% neste segmento, seguido pela faixa entre R$ 500 e R$ 1.000 com declínio de 8,7%. Para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 mensais, a procura caiu 7,2% e na faixa entre R$ 2.000 e R$ 5.000, houve redução de 6,8%. Já quem tem renda entre R$ 5.000 e R$ 10.000 houve redução na busca equivalente a 6,5%. No caso de ganhos acima de R$ 10.000 por mês, a demanda teve queda de 7,7%.

No acumulado de janeiro a novembro, os consumidores com os menores rendimentos aumentaram a procura em 9,4%. Na segunda faixa de renda, a expansão atingiu 4,8%; na terceira faixa, ocorreu alta de 0,8%; na classe de renda seguinte, entre R$ 2.000 e R$ 5.000, foi verificada redução de 1,6%; acima deste valor até R$ 10 mil, declínio de 3,3% e entre os ganham mais de R$ 10 mil, queda de 2,6%.

Na comparação entre novembro e outubro, a demanda recuou em todas as regiões do país: Norte (-12,2%); Nordeste (-7,5%); Sudeste (-9,0%); Centro-Oeste (-6,5%) e Sul (-4,7%). Já no acumulado do ano, o Norte liderou o aumento da demanda com 12,6%, seguido pelo Nordeste (9,1%); Sul (4,3%) e Sudeste (0,1%). Em situação oposta, o Centro-Oeste teve queda de 3,3%.

Edição: José Romildo
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