Falta de mão de obra qualificada é um dos principais obstáculos à inovação na indústria

05/12/2013 - 10h38

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A falta de pessoal qualificado constitui um dos principais obstáculos à inovação tecnológica na indústria. De acordo com a Pesquisa de Inovação Tecnológica 2011 (Pintec), 72,5% das empresas do setor atribuíram importância alta ou média para o problema. O item foi superado apenas por custos elevados (81,7%).
 
Divulgada hoje (5), a Pintec é um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que tem por objetivo construir indicadores setoriais das atividades de inovação das empresas do setor de indústria, e indicadores nacionais das atividades de inovação nas empresas dos setores de eletricidade e gás e de serviços selecionados – que tem como referência o período 2009-2011.

Nas quatro edições anteriores da Pintec, os principais problemas e obstáculos eram de ordem econômica como ficou constatado à época junto às empresas. “Nas pesquisas anteriores tiveram destaque aquelas dificuldades representadas pelos elevados custos de se inovar, não só pela escassez de fontes apropriadas de financiamento como também pelos riscos econômicos excessivos”.

Numa análise retrospectiva, a falta de pessoal qualificado se mostra como gargalo para o avanço da inovação tecnológica. Na Pintec 2005 (2003-2005) a falta de mão de obra qualificada foi o sexto problema apontado como relevante para a indústria. Em 2008 (2006-2008) o item ocupou a terceira posição. “Esta tendência foi reforçada na Pintec 2011, dado que esta edição marca, pela primeira vez, a identificação de uma dificuldade de natureza não estritamente econômica entre as duas mais importantes indicadas pelas empresas inovadoras do setor de Indústria: 72,5% destas atribuíram importância alta ou média à falta de pessoal qualificado”.

Esse obstáculo é superado apenas pelo item custo, assinalado como gargalo a ser superado por 81,7% das empresas da indústria. Em terceiro lugar estão riscos (71,3%), seguido por escassez de fontes de financiamento (63,1%).

Segundo o IBGE, os elevados custos também foram apontados como obstáculos para o setor de Serviços (81,5%) e Eletricidade e Gás (83,2%).

Edição: Denise Griesinger
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