Vigilância sanitária russa libera exportação de carne de frigorífico de Mato Grosso do Sul

27/11/2013 - 20h18

Wellton Máximo*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) liberou a exportação de carne bovina do Frigorífico Minerva S.A., no município de Bataiporã (MS). De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a informação foi publicada hoje (27) no site oficial do órgão russo.

Agora, o ministério aguarda a entrega dos documentos pelas autoridades russas para permitir os embarques do estabelecimento. A liberação ocorreu depois de o governo brasileiro entregar às autoridades daquele país os documentos necessários para comprovar que foram corrigidos os problemas que motivaram a suspensão das vendas.

A unidade estava com restrições temporárias para embarque à Rússia desde outubro de 2012. O estabelecimento deve ser autorizado pelo Ministério da Agricultura a retomar as exportações ao mercado russo nos próximos dias. Com a liberação, aumentou para sete o número de frigoríficos que tiveram as restrições temporárias retiradas pelos russos neste mês.

Na última sexta-feira (22), o governo russo havia reabilitado duas unidades de produção de origem suína: Alibem, de Santo Ângelo (RS) – suspensa desde 2011, e Pamplona Alimentos, de Rio do Sul (SC) – suspensa desde 2012. Ainda este mês, outros três frigoríficos de carne bovina foram liberados: Mataboi (desde 2011), em Goiás; Marfrig (desde 2011), em Mato Grosso; e JBS (desde 2009), em Rondônia.

A Rússia é o segundo maior importador da carne bovina brasileira, atrás apenas de Hong Kong. Para mantê-la como mercado, o Brasil tem optado por adequar-se às exigências sanitárias do país, que são mais rigorosas do que as locais.

Após uma visita ao Brasil em julho, as autoridades russas enviaram relatório ao governo brasileiro em setembro avisando sobre a suspensão de nove unidades processadoras de carne bovina e uma de carne suína em diversos estados. Na ocasião, o Ministério da Agricultura disse que se uniria ao setor privado para fornecer dados aos russos e que o Brasil buscaria sanar as inconformidades com as normas sanitárias do país.

No mês passado, a Rússia havia liberado seis frigoríficos brasileiros para a exportação de carne bovina in natura e desossada. Esses estabelecimentos, no entanto, não tinham sido suspensos pelo governo russo, mas estavam exportando pela primeira vez ou retomando os embarques para o exterior depois de passarem algum tempo vendendo apenas para o mercado interno.

*Colaborou Mariana Branco

Edição: Juliana Andrade

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