PM permanece na área externa da Câmara Municipal do Rio para impedir acampamento de manifestantes

17/10/2013 - 13h55

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Guarda Municipal e a Polícia Militar permanecem na escadaria do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio, para impedir que manifestantes do movimento Ocupa Câmara voltem a acampar no local, na manhã de hoje (17).

Funcionários da Casa ainda limpam a escadaria onde os manifestantes estavam acampados há três meses, mas o expediente na Câmara é normal. A ocupação começou após a conturbada votação que elegeu os integrantes da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) dos Ônibus, em agosto, e terminou na terça-feira (15) com a retirada dos manifestantes por policiais militares após o protesto dos profissionais de educação no centro da capital fluminense.

Os guardas municipais que estão posicionados em frente à Câmara de Vereadores são do Grupamento de Operações Especiais da corporação. O responsável pelos agentes, o tenente João Luiz Martins, disse que os guardas estão no local “para preservar a ordem pública”. Já os policiais militares são lotados no Batalhão da Maré, na zona norte.

“Os professores não trouxeram nenhum problema. Eles estão no direito de fazer manifestação. Mas os black blocs, os vândalos, não podemos deixar agir. Estamos aqui para não deixar que eles voltem, para impedir novos saques e depredações”, disse o subtenente Paulo Moraes.

Único manifestante na Cinelândia, na manhã de hoje, o deficiente físico Edson Rosa, de 43 anos, exibia cartazes pedindo a liberdade dos 84 manifestantes presos nos confrontos com a PM na noite do dia 15 e encaminhados aos presídios ontem (16). “Eu estou aqui porque vim defender meus amigos. Eu estava aqui no protesto e eles prenderam todo mundo, sem que estivessem fazendo nada. Eu estou aqui desde o começo [da ocupação] com várias placas do Amarildo”.

A Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) informou, em nota, que sete garis participaram da limpeza da Câmara Municipal, concluída ontem. No entanto, as pichações que foram feitas em locais mais alto não foram retiradas. A Comlurb ainda informou que as lixeiras que haviam sido retiradas antes do protesto dos profissionais de educação foram recolocadas no local.

As agências bancárias que tiveram a fachada destruída continuam com tapumes, mas estão abertas ao público.

Edição: Davi Oliveira

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