Projeto que regulamenta lotéricas passa em comissão do Senado

10/09/2013 - 13h15

Karine Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de cinco anos de espera, os donos das cerca de 12 mil casas lotéricas do país estão a um passo de ver o setor regulamentado. Nesta terça-feira (10), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou por unanimidade o texto que, segundo os permissionários da atividade que acompanharam a votação, traz segurança jurídica ao setor.

Durante a votação, os senadores destacaram a importância das casas lotéricas, especialmente nos municípios brasileiros que não são assistidos pela rede bancária. A proposta – o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 40/2013 - será votada agora em regime de urgência no plenário da Casa e, se for aprovada sem mudanças, segue para sanção presidencial.

Além de estabelecer que o prazo de vigência das permissões passa a ser 20 anos, prorrogáveis por igual período, e que a seleção do permissionário será feita por licitação, o projeto mantém as atuais regras de remuneração: comissão estipulada pela Caixa sobre o preço de venda das apostas, deduzidos os repasses previstos em lei.

Outro ponto definido pelo projeto é que todo o ônus do transporte e da segurança privada de valores e documentos lotéricos ficará com a Caixa.

Para o presidente da Federação Brasileira das Empresas Lotéricas (Febralot), Roger Benac, a falta de regulamentação traz insegurança e impede que os empresários do setor invistam nos negócios. “A nossa categoria é regida atualmente por circulares da Caixa, que nós temos frequentemente que negociar. Vamos conversar com os senadores para que a votação no plenário seja marcada logo”, ressaltou.

Pela proposta, a Caixa Econômica Federal mantém a exclusividade nos contratos firmados com as casas lotéricas para que elas sejam correspondentes bancários. O texto também garante à Caixa, como outorgante dos serviços lotéricos, a opção de exigir que os permissionários atuem em atividades acessórias com exclusividade, inclusive serviços bancários, e proíbe que eles assumam obrigações idênticas com outras instituições financeiras.

Edição: Davi Oliveira

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