Brasil tem que se capacitar para fabricar produtos estratégicos, diz Dilma

13/08/2013 - 16h46

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (13), durante inauguração da unidade de biotecnologia do Laboratório Cristália, em Itapira (SP), que o país tem que se capacitar, dentro da Política de Desenvolvimento Produtivo, para fabricar todos os produtos estratégicos e reafirmou o compromisso do governo com empresas nacionais e estrangeiras que invistam no país, principalmente na área de inovação, considerada pela presidenta a nova fronteira econômica e do conhecimento do século 21.

“[Política de Desenvolvimento Produtivo] Implica a capacidade do Brasil de combinar as suas condições de produção interna, local, com a importação de partes que nos interessam, não porque nos foi imposto ou nos submetemos a ser uma parte subalterna da cadeia produtiva, mas porque optamos por isso quando nos convier”, disse Dilma. “Quero reafirmar o compromisso do governo com todas as empresas, muitas delas da área da saúde, que pesquisam, geram inovação, investem e geram emprego e renda no Brasil. Queremos, senhores empresários, ampliar essas parcerias, com empresas nacionais e internacionais, que aceitem o desafio de investir aqui no Brasil”, disse a presidenta

Dilma usou o Laboratório Cristália, que produz medicamentos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), como exemplo de parceria público-privada. “A Cristália é um complexo industrial 100% brasileiro e nos enche de orgulho porque vai fornecer medicamentos e matérias-primas para o nosso país e também exportar. Essa nova planta da divisão de biotecnbologia demonstra a capacidade do nosso país de atuar na fronteira do conhecimento e se credenciar como um dos grandes países produtores”.

A unidade de biotecnologia do laboratório produzirá hormônio de crescimento e Interferon, uma proteína usada no tratamento de doenças virais. Os investimentos chegaram a R$ 80 milhões, de acordo com a empresa, e a unidade vai integrar o complexo industrial farmacêutico, farmoquímico, biotecnológico e de pesquisa, desenvolvimento e inovação do grupo. O projeto teve financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Brasileira de Inovação (Finep), por meio de parceria público-privada.

A cerimônia também marcou a expansão da produção de remédios contra o câncer. Até 2014, a empresa pretende inaugurar uma fábrica de peptídeos, para a produção de medicamentos biológicos. A presidenta reforçou compromisso do governo no desenvolvimento de políticas de combate ao câncer e citou a vacina contra o HPV, vírus responsável por 90% dos casos de câncer do colo do útero no país, que será oferecida de graça, a partir do ano que vem, a meninas de 10 e 11 anos.

Edição: Carolina Pimentel

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