Engenheiro diz que R&G Projeto não executou obra na região de adutora rompida

01/08/2013 - 19h16

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Polícia Civil ouviu hoje (1º) dois dos responsáveis pela empresa de engenharia R&G Projeto sobre obras feitas  perto da Estrada do Mendanha, em Campo Grande, onde uma adutora rompeu-se terça-feira (30), inundando uma extensa área. Uma menina de 3 anos morreu e 17 pessoas ficaram feridas no incidente, que deixou dezenas de pessoas desabrigadas e desalojadas. Sócio majoritário da R&G Projeto, o engenheiro civil Kléber Ribeiro, negou que a empresa tenha sido responsável pela execução da obra.

Segundo Ribeiro, a empresa só realizou um projeto estrutural. “A estrutura ainda não foi feita. A R&G Projeto é responsável, única e exclusivamente por projetos estruturais. Nós não fazemos obras, não fazemos levantamentos topográficos ou terraplanagem. Fomos contratados para fazer uma casa de máquinas anexa à estrutura existente da Guaracamp [fábrica de bebidas]”, disse o engenheiro.

Ele explicou que o projeto de sua empresa era referente à construção de uma casa de máquinas de refrigeração,cujas obras ainda não  tinham começado. “O projeto foi desenvolvido de fevereiro a março deste ano e a obra ainda não começou a ser executada.”

Sobre as máquinas em um terreno próximo à área onde se rompeu a adutora, Ribeiro disse que não sabe a quem pertencem e que não está envolvido com o licenciamento de obras. “A parte de licenciamento é responsabilidade de quem vai fazer a obra, eu só faço projeto”, reforçou.

Na próxima segunda-feira (5), os representantes da R&G Projeto voltarão à 35ª Delegacia de Polícia (DP) para entregar um documento, que segundo Ribeiro, mostra que a empresa não tem envolvimento com a execução da obra próxima à Estrada do Mendanha. “Segunda-feira voltaremos com a cópia de um contrato social, que mostra que a firma só faz projetos e consultoria”, disse o engenheiro.

Pelo segundo dia seguido, os donos da empresa Guaracamp não compareceram à DP para prestar esclarecimentos. A reportagem da Agência Brasil tentou entrar em contato com a empresa, mas não obteve resposta.

Edição: Nádia Franco

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