Cabral vai pedir a Dilma R$ 2,5 bilhões para linha de metrô na região metropolitana do Rio

04/07/2013 - 18h33

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro- O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje (4) que pedirá a presidenta Dilma Rousseff R$ 2,5 bilhões para instalação de uma linha de metrô na região metropolitana. A nova linha atenderá a cerca de 2 milhões de moradores dos municípios de São Gonçalo, Itaboraí e Niterói. Uma reunião entre Dilma e Cabral está prevista para segunda-feira (8).

“Acabei de falar com a ministra [do Planejamento] Miriam Belchior. Na segunda-feira (8), vamos nos encontrar e vamos discutir investimentos do Orçamento Geral da União para este fim”, declarou. Segundo Cabral, o governo federal ainda não repassou recursos para mobilidade no Rio. “Todo o dinheiro que tem é investimento direto do estado ou via empréstimo”, disse.

De acordo com o governador, o estado tem arcado sozinho com as despesas relacionadas à ampliação dos sistemas de metrô, trem e barcas. Elas chegam a cerca de R$ 10 bilhões e devem ser sentidas a partir de 2014, com o funcionamento de novos equipamentos. Com a sinalização de Dilma de liberar e R$ 50 bilhões para mobilidade urbana, Cabral vê a chance de atender às reivindicações da população.

Em entrevista à imprensa, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, Cabral também disse que a União pode ajudar a liberar recursos estaduais para a mobilidade, reduzindo o juro da dívida dos estados com a União. “O pagamento da dívida dos estados é sufocante”, disse sobre a previsão de repassar R$ 7 bilhões este ano. Nas contas do governador, o indexador atual é “pernicioso e incompatível com o Brasil”.

Cabral quer que o governo federal aprove a proposta do Senado Federal permitindo aos estados abater da dívida com a União nos gastos com transporte (contando que não ultrapassem 30%) e aliviar o orçamento. “Pago rigorosamente, jamais falhei, não estou ameaçando moratória, [pedimos] apenas revisão”, disse. Para o governador, a mudança permitirá investimentos em custeio.

 

Edição: Aécio Amado

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