Média de ausência de voluntários na Copa das Confederações chega a 30%

27/06/2013 - 14h54

 

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A média de ausência dos voluntários da Copa das Confederações é 30%, segundo informações divulgadas hoje (27) pelo Comitê Organizador Local (COL) do torneio. De acordo com o gerente de Voluntariado do COL, Rodrigo Hermida, a média de faltas nos dias de jogo é menor (20%).

Segundo Hermida, alguns voluntários se inscreveram mas sequer se apresentaram para trabalhar, enquanto outros desistiram do trabalho, durante o evento. Ele lembra que voluntários também faltam por motivos pessoais, “mesmo se fossem pessoas contratadas [e remuneradas], haveria faltosos".

De acordo com o COL, 5.652 voluntários foram selecionados para trabalhar no evento, dos quais 265 vieram de outros países. Dados do COL mostram que 39% dos voluntários têm entre 16 e 25 anos e 38% têm entre 26 e 40 anos.

A jornalista e professora de educação física Mary Alves, moradora de Brasília, disse que faz trabalho voluntário desde os 13 anos de idade. Ela conta que conseguiu folga em um dos empregos e um substituto em outro para poder trabalhar durante a Copa no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. “Desde pequena vejo meu pai fazendo esse tipo de trabalho, se doando, querendo ajudar. Tive um bom exemplo dele”, disse.

A estudante Mariana Gomes disse que o voluntariado na Copa é uma importante experiência pessoal e profissional. “Dei sorte de ser alocada no Centro de Mídia, já que sou estudante de comunicação. Além disso, pude conhecer pessoas de outros países, como Polônia e México”, disse a voluntária.

Um dos estrangeiros que veio de longe para trabalhar de graça no evento é o industrial indiano Omprakash Mundra, proprietário de uma fábrica de aço na cidade de Calcutá. Mundra já trabalhou como voluntário em seis grandes eventos internacionais, sendo uma Olimpíada e uma Copa do Mundo. Na opinião do indiano, os preços dos hotéis são muito caros no Brasil e, nos grandes eventos, chegam a triplicar. “Os preços das comidas e bebidas são muito maiores do que na Índia”, acrescentou o empresário.

Edição: Denise Griesinger

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