CNA defende incentivo permanente e revisão do preço mínimo para o feijão

26/06/2013 - 11h39

 Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende a adoção de medidas que incentivem a produção nacional de feijão de forma definitiva. Para a entidade, a decisão temporária da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar a alíquota de importação do feijão “dificilmente vai conseguir amenizar a elevação dos preços do produto no mercado interno”.

Em nota, a CNA defendeu a revisão do preço mínimo de garantia do produto, baseado no custo de produção, com o intuito de garantir o equilíbrio entre oferta e demanda. Atualmente, o preço mínimo é R$ 72 por saca de 60 quilos. Segundo a confederação, o valor é abaixo do custo estimado que varia entre R$ 80 e R$ 100 por saca.

A entidade propõe, ainda, que haja investimento em pesquisa de cultivares mais produtivas e resistentes a pragas e doenças. Segundo a CNA, na temporada atual, a produtividade das lavouras em importantes regiões do país foi afetada pela ocorrência de mosca branca.

A confederação propõe, também, a adoção de medidas de estímulo à produção de feijão irrigado e a melhoria de seguro rural. Na avaliação da CNA, o aumento dos estoques nacionais de feijão, que se mantém em boa qualidade quando armazenado, é um dos itens da lista de propostas do setor produtivo para solucionar, de forma definitiva, o problema de abastecimento interno.

A confederação defende o estímulo de plantio de feijão em médias e grandes propriedades a partir dos instrumentos de apoio à comercialização, entre eles os contratos de opção e a Aquisições do Governo Federal (AGF).

A safra 2012/2013 é estimada em 2,84 milhões de toneladas. Para a CNA, enquanto a produção nacional tem caído nos últimos anos, o consumo é crescente e está estimado em 3,4 milhões de toneladas em 2013.

Segundo a CNA, o volume importado não consegue atender a 10% da demanda nacional. Além disso, o produto importado não é apreciado por grande parte dos brasileiros, que preferem o feijão-carioca (marrom). O produto importado é, na maior parte das vezes, preto.

Edição: Marcos Chagas

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