Crédito deve crescer 15% este ano, com redução de ritmo em relação a 2012

25/06/2013 - 13h47

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O crédito continua a crescer no país, mas com moderação, de acordo com avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. A expectativa do BC é que o crédito apresente expansão de 15% este ano, contra 14% previstos em março. Essa expansão será menor do que a do ano passado (16,2%).

O aumento na projeção, em relação ao previsto em março, é explicado pela continuidade da expansão do crédito com recursos direcionados (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura). Para o crédito direcionado, a estimativa de crescimento do BC para o ano passou de 16% para 20%. No ano passado, o crédito direcionado cresceu 20,5% em relação a 2011.

De acordo com Maciel, os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o financiamento habitacional “são os principais responsáveis por essa revisão” nas projeções para o crédito direcionado.

Segundo Maciel, as famílias estão tomando mais crédito para investimentos, ou seja, financiamento habitacional, e reduzindo empréstimos para consumo. “O crédito para investimento mostra maior vigor”, disse. Além disso, de acordo com Maciel, há moderação nas modalidades de crédito com custo mais elevado, como cheque especial. “A gente observa, na parte de pessoa física, há uma certa migração de modalidades com taxas mais elevadas para outras com custo menor, o que é o caso do consignado [com desconto em folha de pagamento]”, disse.

Já a estimativa para a expansão do crédito com recursos livres caiu de 13% para 11%, este ano. Em 2012, o crédito livre apresentou crescimento de 13,9%.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, o crédito total do sistema financeiro deve chegar a 56%, contra 55% previstos em março. No ano passado, o crédito correspondeu a 53,5% do PIB.

Edição: José Romildo

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