Meninos entre 13 e 15 anos iniciam vida sexual mais cedo que meninas

19/06/2013 - 11h16

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Meninos entre 13 e 15 anos iniciam a vida sexual mais cedo que as meninas na mesma faixa etária. E, na maioria das vezes, tanto eles quanto elas não abrem mão do preservativo. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que entrevistou aproximadamente 110 mil alunos do Ensino Fundamental.

De acordo a pesquisa, feita em 2012, 28,7% dos estudantes na faixa de idade entre 13 e 15 anos já tiveram relação sexual. Do total de meninos que responderam ao questionário, 40,1% já passaram pela experiência, sendo que entre as meninas 18,2% disseram que sim. Em relação ao uso do preservativo, 75,3% contaram ter usado a camisinha na última vez.

Na avaliação da pesquisa, ações de educação sexual na escola e campanhas educativas do governo, além do envolvimento da família na educação dos adolescentes são apontados como os principais fatores de proteção contra o comportamento sexual de risco. Eles ajudam na orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e na prevenção uma gravidez indesejada.

A pesquisa do IBGE mostrou ainda que em 2012 cerca de 90% dos alunos afirmaram ter recebido informações sobre DST nas escolas, tanto na rede pública quanto na privada. Nas regiões Sul, Norte e Nordeste, o número que respondeu sim a esse item é maior. Nos colégios, 69,7% também disseram que foram orientados sobre como obter preservativos gratuitamente na rede de saúde.

Os dados sobre iniciação sexual coletados pelo IBGE com base em entrevistadas a estudantes de todo o país é semelhante aos encontrados em pesquisas com jovens da Organização Mundial da Saúde (OMS) em outras regiões do mundo.

Edição: Talita Cavalcante

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil