Governo diz que inflação cederá nos próximos meses

28/05/2013 - 18h28

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, declarou hoje (28) que a inflação cederá nos próximos meses. Segundo a ministra, é prioridade da presidenta Dilma Rousseff garantir o crescimento do investimento público e privado, com controle da inflação. Para Miriam,
 "é possível ter as duas coisas" (crescimento e controle da inflação).

Ela disse acreditar que a meta do governo de crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano pode ser cumprida. Miriam Belchior argumentou que a pressão inflacionária tem causas externas e, por isso, a alta nos preços deve dar uma trégua. "Se não fosse por um choque externo de alimentos, estaríamos no centro da meta", disse.

A avaliação da ministra é que a inflação cederá. "De qualquer forma o governo está atento. O controle da inflação é preocupação absoluta da presidenta [Dilma Rousseff] e toda sua equipe de governo”. Miriam Belchior deu as declarações em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento do Congresso para tratar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o período de 2014.

Segundo a ministra, a execução das duas etapas do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e as concessões para infraestrutura de portos, aeroportos e ferrovias mostram o compromisso do governo com investimentos. “Ao contrário do que alguns insistem, o PAC tem uma execução bastante elevada. Nós executamos 94,1% dos recursos do PAC 1, lançado em 2010. Do PAC 2, até dezembro do ano passado, executamos 48%, que é mais ou menos a metade dos recursos na metade do tempo de execução”, disse. “Além do investimento público, há uma série de medidas para alavancar o investimento privado”. Miriam Belchior citou como exemplo as desonerações concedidas ao setor privado.

A LDO para o ano de 2014 estima crescimento de 4,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) e variação de 4,5% da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Também estabelece um salário mínimo de R$ 719,48 contra os R$ 678 atuais. O projeto que será apreciado pelo Congresso prevê ainda possibilidade de abatimento de R$ 67 bilhões da meta de 167,4 bilhões do superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) para investimentos do PAC e desonerações de tributos.

Edição: Fábio Massalli// matéria atualizada às 18h55 para inclusão de informações no primeiro e segundo parágrafos

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