OMC encerra hoje penúltima etapa para a escolha do novo diretor-geral

25/04/2013 - 11h44

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Organização Mundial do Comércio (OMC) encerra hoje (25) a segunda e penúltima etapa do processo de escolha do futuro diretor-geral do órgão. O candidato brasileiro ao cargo, o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, concorre com quatro candidatos: Herminio Blanco (México), Taeho Bark (Coreia do Sul), Mari Elka Pangestu (Indonésia) e Tim Groser (Nova Zelândia). A decisão final é esperada para o dia 29 de maio.

A escolha do novo diretor-geral da OMC é feita quando um nome obtiver mais apoio entre os integrantes da organização. O processo é conduzido de tal maneira que se obtenha um nome de consenso. Não há voto. A escolha ocorre em três etapas. Cada um dos 159 países que integram o órgão vota em quatro nomes.

Desde o lançamento de sua candidatura, em 28 de dezembro de 2012, Azevêdo foi a 46 países-membros da organização para apresentar suas propostas. Ele esteve na América do Sul, na Europa, na América Central, no Caribe e na África, assim como na Ásia, na América do Norte e no Oriente Médio.

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que um dos principais desafios da OMC é vencer a paralisação do processo envolvendo a Rodada de Doha – que reúne representantes dos 159 países em busca de medidas para reduzir as barreiras comerciais.

“Nós estamos muito empenhados nessa candidatura. O candidato [Azevêdo] reúne todas as qualificações. A Rodada Doha está paralisada desde 2008. Há um sentimento de que vale a pena ressuscitá-la”, destacou o chanceler. “Buscar resultados em áreas específicas exige conhecimento das negociações e não se adquire esse preparo e conhecimento do dia para noite, assim como a liderança capaz de produzir resultados.”

Patriota ressaltou que a candidatura de Azevêdo surgiu, no final do ano passado, depois de ele conversar com representantes de vários países. “[Azevêdo] é percebido por todos. O Brasil decidiu lançar essa candidatura, no final de 2012, porque fomos encorajados por muitos tipos de países desenvolvimento e em desenvolvimento. O mais prudente é não fazer prognóstico. Ele reúne todas qualidades”, disse ele.

Edição: Juliana Andrade

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