Unasul pede respeito ao resultado eleitoral na Venezuela

19/04/2013 - 8h08

Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Bogotá – Depois de uma cúpula extraordinária para discutir a situação na Venezuela após as eleições presidenciais do último domingo (14), a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) pediu o respeito ao resultado do pleito. No encontro encerrado na madrugada de hoje (19), o bloco também reconheceu a importância de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter decidido verificar 100% das urnas eletrônicas, atendendo a pedido da oposição no país.

O presidente eleito, Nicolás Maduro, participou da reunião, convocada após os protestos e manifestações liderados pelo candidato derrotado e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. Após o encontro, os chefes de Estado apresentaram uma ata com cinco pontos de consenso. Além de reconhecer o CNE como órgão soberano para receber reclamações, a Unasul parabenizou o presidente eleito e disse que pretende cooperar para a solução dos problemas que possam afetar a democracia na região.

A Unasul irá designar uma missão observadora para acompanhar a investigação dos atos violentos ocorridos esta semana durante as manifestações que pediam a recontagem dos votos. O governo acusa a oposição de ser responsável pela morte de oito pessoas devido aos protestos.

Na ata, há também o pedido para que as partes políticas no país (governo e oposição) mantenham o clima de diálogo e de tolerância.

Participaram da reunião os presidentes Dilma Rousseff (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai), Evo Morales (Bolívia), Sebastián Piñera (Chile) e José Manuel Santos (Colômbia). O encontro foi convocada pelo presidente peruano, Ollanta Humala, responsável pela presidência pro tempore da Unasul.

O chefe de Estado peruano disse que cabe ao bloco promover a democracia e ajudar na solução dos problemas regionais.

A presidenta Dilma Rousseff e os demais chefes de Estado presentes na reunião viajarão à capital venezuelana para acompanhar a cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para as 13h no horário de Caracas (14h30, em Brasília).

Edição: Juliana Andrade

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