Reajuste autorizado para preços de medicamentos vai prejudicar empresas, diz sindicato

04/04/2013 - 10h31

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma) questionou hoje (4) o reajuste de até 6,31% autorizado para medicamentos vendidos em todo o país. Em nota, a entidade diz que o governo aplicou “um discutível cálculo de produtividade, que reduz o índice de reajuste e prejudica muitas empresas, ao impedi-las de repor o aumento de custos de produção do período”.

Segundo nota do Sindusfarma, desde 2011, a indústria farmacêutica enfrenta pressões de custo, sobretudo com pessoal, insumos e matérias-primas importadas, cujas cotações internacionais subiram no ano passado e ficaram mais elevadas por causa da desvalorização do real. “Até agora, o setor absorveu esse impacto mas, em contrapartida, experimentou queda de rentabilidade”, ressalta o sindicato.

No comunicado, a entidade destaca que, se todas as apresentações de medicamentos forem reajustadas pelos índices máximos autorizados, o aumento médio ponderado chegará a 4,59% e a variação de preços dos medicamentos ficará abaixo da inflação geral.  Em 2012, segundo o Sindusfarma, os medicamentos subiram 4,11% em média, enquanto a inflação geral foi de 5,84%.

“É sempre importante esclarecer que o reajuste atualiza a tabela de Preços Máximos ao Consumidor [PMC] e não gera aumentos automáticos nem imediatos nas farmácias e drogarias. Em regra, há um período de ajuste, que dura de dois a três meses. As primeiras variações de preço registram-se em junho ou julho, quando começam as reposições de estoques, já que o varejo costuma antecipar compras antes da entrada em vigor do reajuste.”

Edição: Juliana Andrade

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil