Defensoria Pública cobra moradias para desabrigados na serra do Rio

25/03/2013 - 20h11

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Dois anos depois das chuvas que arrasaram municípios da região serrana do Rio, dezenas de famílias que tiveram as casas destruídas ou interditadas ainda esperam por um lar, denunciou a coordenadora da Defensoria Pública Estadual em Petrópolis, Cristiana Mendes.

Ela disse que ainda há famílias mal alojadas desde as fortes chuvas de 2011, que atingiram a região deixando mais de 900 mortos.

“A situação de 2011 persiste até agora, porque nenhuma casa foi construída, nem pelo estado nem pelo município. Não há uma política habitacional definitiva, principalmente no Vale do Cuiabá, o mais atingido na época. Desta vez, foram afetados os bairros mais centrais, como o Quitandinha e o Independência”, disse Cristiana.

A defensora percorreu hoje (25) abrigos e locais atingidos pela última chuva em Petropólis para verificar a situação de quem precisou sair de casa. “A finalidade é diagnosticar alguns problemas que estão ocorrendo nos abrigos e pontos de apoio da cidade. Embora o município tenha se organizado e iniciado o cadastramento de todas essas famílias, nem todas elas foram atendidas por esses organismos municipais e pelo estado do Rio de Janeiro”, destacou a defensora pública.

O vice-governador do Rio, e então secretário de Obras em 2011, Luiz Fernando Pezão, sustentou que diversas obras foram feitas na serra, mas que há dificuldade de se achar terrenos propícios para grandes projetos habitacionais. “Nós já fizemos 63 encostas, construímos mais de 70 pontes, estamos fazendo a dragagem de rios. É dinheiro nosso e do governo federal. Está tudo sendo aplicado, temos prestação de contas de tudo. Vamos entregar, a partir de abril, entre apartamentos e casas, 320 moradias só em Nova Friburgo. Mas a topografia é muito difícil. Somente agora conseguimos liberar um terreno em Petrópolis, dos quatro que a gente quer. Se fosse fácil, já haveria muitos empreendimentos habitacionais”, disse o vice-governador.

Edição: Carolina Pimentel

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