Compra de plano de saúde não deve ser feita por impulso, alerta ANS

15/03/2013 - 9h02

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Apesar da constante exposição do consumidor a anúncios de operadoras, a compra de planos de saúde, particulares ou coletivos, não deve ser feita por impulso, segundo orientação do secretário executivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), João Luis Barroca.

Em entrevista à Agência Brasil, ele lembrou que a ANS lançou nesta semana o Guia Prático de Planos de Saúde. A ideia é orientar quem já é beneficiário de algum plano e também quem pensa em contratar uma operadora pela primeira vez.

“Esse guia detalha de maneira simples, direta e com linguagem bastante acessível o que deve ser observado na hora de contratar um plano para você ou sua empresa. A ideia é reduzir o número de surpresas ruins”, disse.

Segundo Barroca, entre os itens que merecem maior atenção do consumidor estão a rede credenciada e a abrangência do plano (nacional ou regional). Também é importante verificar se no contrato está prevista a coparticipação (quando o beneficiário paga parte dos procedimentos) e a cobrança de valores diferentes, conforme a faixa etária do beneficiário.

“Se você viaja muito pelo Brasil, deve escolher um plano com rede no país inteiro. Se está mais preocupado com uma assistência regionalizada, deve estudar alternativas de planos regionais. O que é importante é que não há e não pode haver exclusão de nenhuma doença”, ressaltou. Ele lembrou que a cobertura de procedimentos mínimos é revisada pela agência a cada dois anos.

Em caso de dúvida, do consumidor, a orientação do secretário executivo é que ele acesse o guia, disponível no site da agência, ou entre em contato com o Disque ANS (08007019656).

“Temos a clareza de que o lado mais frágil dessa relação é o consumidor e a agência se coloca ao lado dele para que, mais bem informado, faça melhores compras”, disse Barroca. Ele destacou que o Brasil é um dos países com legislação mais avançada na defesa dos direitos do consumidor em relação a planos de saúde. “Temos que celebrar e continuar nos esforçando cada vez mais para dar o apoio que os consumidores necessitam.”

Edição: Tereza Barbosa

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