BC e Febraban não comentam declaração do presidente do STF sobre leniência dos bancos com a lavagem de dinheiro

12/03/2013 - 21h59

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Banco Central (BC) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não se manifestaram formalmente sobre a declaração feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de que os bancos são lenientes no controle da abertura de contas e recebimento de transferências de dinheiro.

O professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Piscitelli, entende, porém, que a declaração do presidente do Supremo “é grave e séria” porque põe sob suspeição os papéis de regulação e fiscalização exercidos pelo BC, pela Receita Federal do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Piscitelli acha que a questão deve ter desdobramento, por se tratar de acusação feita pelo chefe de um dos Três Poderes [o Judiciário], e que no ano passado relatou a Ação Penal 470, o processo do mensalão, que resultou na condenação de 25 pessoas, das quais 21 por lavagem de dinheiro.

O professor da UnB evita comentários a respeito, até por não dispor de evidências veementes para tanto. Ressalta, contudo, que existe, atualmente, no Brasil, “uma facilidade muito grande de movimentação de capitais”. Uma liberalidade de entradas e saídas de dinheiro de difícil controle, ressaltou.

 

Edição: Aécio Amado

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