São Paulo recebe 243 médicos para atuar na periferia

06/03/2013 - 0h43

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O município de São Paulo terá, a partir de hoje (5), mais 34 médicos para atuar em unidades básicas de Saúde da periferia da cidade e em áreas remotas. Em todo o estado de São Paulo são 243 profissionais em 102 municípios. Os médicos fazem parte do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), do Ministério da Saúde.

O Provab prevê que todos os médicos façam um curso de especialização em saúde da família durante 12 meses e garante uma bolsa no valor de R$ 8 mil mensais. Durante o período, os médicos terão de atender nas periferias das cidades e em áreas remotas, o que inclui, segundo o edital de abertura, populações rurais, quilombolas, indígenas e de assentamentos. Se o médico for bem avaliado durante o processo, poderá receber um acréscimo de 10% na sua pontuação nas provas de residência médica.

“Acreditamos que isso muda a formação do médico e o aprimora para cuidar de forma mais humanizada das pessoas. Ele vai ter uma experiência que não recebeu durante a formação médica, que é acompanhar de forma continuada uma pessoa que ele está recomendando um medicamento: como que essa pessoa reage, como é a condição da casa dessa pessoa, a condição de trabalho”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha após a cerimônia de recebimento dos médicos.

Em todo o País, o Provab terá a participação em 2013 de 4.392 médicos, em 1.407 municípios. No ano passado, foram apenas 380 médicos inscritos. “Eu quero uma residência que é bem concorrida, as notas são em torno de 7 a 8. Uma pessoa que tira 7, mais 10%, ele estará bem classificado. Então o médico tem que participar, senão ele acaba não conseguindo fazer seu concurso de especialização” disse o médico Diego Ferreira, que irá participar do Provab, formado pela Faculdade de Medicina de Valença (RJ).

Os médicos inscritos no programa terão sua atuação supervisionada por universidades e hospitais de ensino credenciados pelo Ministério da Educação (MEC). A avaliação será feita de três formas: pelo supervisor (50% da nota), pelo gestor e pela equipe na qual ele atuará (30%), e por autoavaliação (20% ). Somente os médicos que cumprirem as atividades estabelecidas pelo programa e receberem nota mínima 7 terão pontuação adicional de 10% nos exames de residência médica, conforme resolução da Comissão Nacional de Residência Médica.

Edição: Fábio Massalli

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