Favelas cariocas ocupadas ontem recebem mutirão de serviços

04/03/2013 - 13h04

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Um dia após a ocupação policial no complexo de favelas do Caju e da Barreira do Vasco, na zona norte da capital fluminense, a prefeitura inicia hoje (4) um mutirão especial para melhorar as atuais condições de conservação nas duas comunidades.

A população contará com serviços de limpeza de entulhos em rios e canais, coleta de lixo, recuperação da rede elétrica e acolhimento de usuários de drogas, que serão encaminhados para abrigos da prefeitura.

De acordo com o secretário de Conservação do município, Marcos Belchior, a chegada de serviços básicos às comunidades representa um renascimento. "O que nós estamos vendo hoje nessas comunidades é uma revolução. Antigamente, o poder público não conseguia chegar a essas áreas por motivos óbvios, e durante anos a população ficou carente desses serviços primários. Nós vimos nos olhos das pessoas a esperança de um recomeço", disse Belchior.

Desde as primeiras horas da manhã, 160 homens trabalham com o apoio de quatro caminhões com equipamentos para desobstruir ralos e galerias de esgoto. A Companhia Municipal de Energia e Iluminação da Prefeitura (Rioluz) está com oito caminhões com cestos aéreos, cinco kombis, um caminhão-baú e mais de 50 homens atuando nas comunidades.

Já a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) disponibilizou 80 funcionários, três ônibus, sete caminhões e quatro pás mecânicas para auxiliar na limpeza da região. A operação, até o momento, já recolheu mais de 25 toneladas de lixo. Dez guardas municipais também participam da operação.

Durante a tomada das favelas no domingo (3), a polícia prendeu 16 suspeitos. A ação teve, em números atualizados, o apoio de 1.820 agentes das policias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, que atuaram em 17 viaturas. No total, foram apreendidos 93 kg de pasta-base para fabricação de cocaína, além de armas e munições.

A Secretaria de Segurança confirmou a instalação da 31ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo do Caju, mas esclareceu que ainda não há prazo para a entrega da unidade.

Edição: Davi Oliveira

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