Candidato brasileiro à OMC intensifica campanha com viagens pela África

02/03/2013 - 14h45

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – No último mês de campanha para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, intensificou suas visitas a países na África. Desde o lançamento de sua candidatura, Azevêdo visitou países da América do Sul, do Caribe, da América Central e da Europa. Em Porto Príncipe, capital do Haiti, ele apresentou sua candidatura aos chanceleres dos 14 países da Comunidade do Caribe (Caricom).

O processo de escolha do diretor-geral da OMC é conduzido de tal maneira que se obtenha um nome de consenso. Não há voto. Na etapa atual, que se estenderá até 31 de março, os candidatos apresentam suas candidaturas aos governos de outros países.  

Além de Azevêdo, concorrem à direção-geral da OMC Alan John Kwadwo Kyerematen, de Gana; Anabel González, da Costa Rica; Mari Elka Pangestu, da Indonésia; Tim Groser, da Nova Zelândia; Amina C. Mohamed, do Quênia; Ahmad Thougan Hindawi, da Jordânia; Herminio Blanco, do México; e Taeho Bark, da Coreia do Sul.

A partir de abril, segundo as regras da OMC, um painel - formado pelos presidentes do Conselho-Geral, do Órgão de Solução de Controvérsias e do Órgão de Revisão de Políticas Comerciais da organização – coordenará rodadas de consultas informais entre os integrantes do órgão em busca de um candidato que tenha mais chances de obter o consenso. A definição final ocorre em 31 de maio.

O embaixador brasileiro é apontado como um dos mais preparados especialistas em política comercial do governo brasileiro. O comando da OMC é exercido pelo diretor-geral, presidente do órgão revisor e presidente do mecanismo de controvérsias.

Diplomata de carreira, Azevêdo é o representante permanente do Brasil na OMC, na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), no Conselho das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), e na União Internacional de Telecomunicações (UIT). Ele construiu sua carreira nas áreas de economia e de comércio internacional, em especial na resolução de litígios.

Edição: Andréa Quintiere

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